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Blaise & Pansy: o "eu te amo"


O silêncio se fazia presente e Pansy não sabia como reagir.

Blaise, que ainda parecia pensativo demais para o seu bem, estava sentado na poltrona confortável do salão comunal. A caneca com chá de hortelã jazia na mesinha, provavelmente havia esfriado.

Assim como o clima daquela noite.

Ela apenas deixou seus ombros caírem um pouco, desmontando a pose que sempre carregava fora de seu círculo íntimo, e rumou até a enorme janela com visto para o lago negro. Sentou-se ali, resolvendo ignorar as três palavrinhas que saíram de sua boca mais cedo naquele dia. Da mesma forma que Zabini pareceu fazer.

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Já passava da meia-noite e logo teriam de subir para seus quartos, mas a falta de resposta parecia corrê-la por dentro. Como uma maldição.

Garota tola, pensava consigo mesmo, ele jamais sentiria de volta.

— Pansy? — chamou, notando que a sonserina apenas resmungou de volta, sem se mover — Estou indo dormir.

— Certo.

Blaise suspirou, caminhando até estar ao lado da melhor amiga.

— Você vai ficar aí?

— Não, eu vou depois.

— Não quer ouvir o que tenho a dizer? — questionou, sentando-se — Só precisava organizar meus pensamentos. Era muita coisa.

O olhar que recebeu pareceu derreter seu coração, além de colocar todas as peças do quebra-cabeças em seus devidos lugares. Levou a ponta do dedo indicador até o meio da testa dela, observando quando Pansy girou os olhos, tentando acompanhar o movimento.

— Eu também — suspirou, passando o braço pelos ombros magros dela — Você é uma das pessoas que me mantém minha mente sã. É meu porto seguro, a única que quero abraçar e manter perto. Sentir seu cheiro, seu corpo. Você, Pansy.

— Você também...? — perguntou um tanto abobalhada, umedecendo os lábios secos com a ponta da língua.

— Eu também amo você, Pansy.

Um riso baixinho deixou os lábios dela, antes de gruda-los aos de Blaise.

— Por momentos pensei que talvez fosse apenas, você sabe, um devaneio. Nunca mais faça isso comigo.

— Fazer o que? — piscou os olhos, deixando um beijinho na ponta do nariz arrebitado — Cara de buldogue, você deveria ver o tanto que falo sobre você para Draco e Marcus — riu, recebendo uma cotovelada.

— Idiota.

— Mas você me ama mesmo assim, então... — provocou, recebendo mais uma cotovelada.

— É, eu amo você mesmo assim.