Sua Única Opção 2 - O namoro

Cap 6 : Encontros e Tensões


Após o entardecer retornaram aos aposentos e resolveram se unir à uma sessão happy hour no quarto de Tomoyo e Eriol. A não ser pelo esquema de cores, pouquíssimas coisas eram diferentes entre os apartamentos dos casais, incluindo pufes gigantes e confortáveis, já ocupados pelas moças.

— Pois eu acho que poderia morar aqui. – Tomoyo observava a paisagem enquanto sorvia mais um gole de seu saquê morno. – Olha esse horizonte. – A testa ligeiramente franzida dava um ar comicamente intrigado a ela. – Pra que mais na vida?

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Os rapazes riram baixo, sentados na mesa de tampo de vidro próxima, em confortáveis cadeiras.

— Pois podemos nos mudar pra cá, meu amor – Eriol piscou ,brincalhão. – Abandone os negócios com a sua prima e eu deixo o Syao arranjar outro braço direito. Pronto, resolvido.

— Boa essa sua confiança em deixar um emprego que paga tão bem com um patrão , e amigo, tão excelente. – Syaoran estreitou o olhar e brindou com o rapaz. – Só te desejo boa sorte, vai precisar para conseguir morar aqui para sempre.

— Ou então vocês dois viram os donos daqui e teremos um lugar para passar férias e feriados gratuitos para sempre! – Sakura levantou um brinde com Syaoran, que estava ao seu lado, sorridente.

— Ah que prima mais interesseira, meu Deus. – Tomoyo suspirou profundamente, se apoiando no joelho do namorado ao seu lado. – Seu amigo não está muito atrás, Eriol. – O drama da expressão de desapontamento dela era impagável.

— Só queremos a felicidade de nosso casal de amigos favorito, não Sakura? – A japonesa abriu um sorriso 18 quilates enquanto ele enchia os copos de todos com mais saquê.

— Claro que sim. – Ela recebeu sua dose, encarando o chinês.

As amêndoas das íris dele a hipnotizaram mais uma vez, a impedindo de prestar a atenção a qualquer outra coisa no mundo.Sakura prendeu a respiração alguns segundos e quase não se lembrou que segurava um recipiente delicado.Por pouco não o derrubou.

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Noite adentro rapazes e moças se separaram para frequentar o onsen : o banho em àguas termais quentes, com propriedades medicinais e relaxantes.

Sakura tomava cuidado com a prima, que estava um pouco mais relaxada do que o normal; teve que ajuda-la a sair do yukata e a se limpar antes de entrar na piscina natural.

— Tomoyo, aproveite a chance pra recuperar um pouco da sobriedade. – Sakura olhava o arranjo das pedras ao redor, entrando devagar e segurando de leve o braço da prima. – Fique aqui, no raso.

Tomoyo respirou fundo, se soltou da prima e obedeceu. Pegou sua toalha, enrolou e colocou atrás de seu pescoço.

— Talvez eu tire um cochilo rápido. – Ela se ajeitou confortavelmente. – Aproveitando que estamos só nós aqui, mesmo. – Ela sorriu de leve. – Posso mesmo ter exagerado um pouquinho. – E fez um gesto mínimo com os dedos, mostrando a quantia.

Sakura riu.

— Um pouquinho é muita bondade sua, Moyo. – Sakura andava pela piscina natural, olhando cada folhagem e cada canto dos limites da ala feminina.

Cascatas, hidromassagem e até mesmo aquários podiam ser vistos como parte da decoração.

— Se estiver preocupado com ela, creio que conseguimos chama-las daqui mesmo – Syaoran explorava os arredores da ala masculina do onsen. – A divisão é feita por esse banco de pedras, com certeza tem uma brecha em algum canto. – Ele olhou mais atentamente para o paredão à sua frente.

— Tomoyo está sob supervisão de Sakura, não tenho com o que me preocupar; está pra nascer alguém mais responsável ou preocupado do que ela. – Eriol recostava os ombros, afundando ais seu corpo na água quente. – E também não acho uma boa ideia que ela te pegue a espiando, Xiao.

O chinês deu as costas para as rochas e encarou o rosto malicioso do amigo.

— Definitivamente seria uma péssima conduta. – E passou os dedos pelos cabelos rebeldes, num meio sorriso; riram baixo enquanto Syaoran afundava sua cabeça, tentando dissipar suas vontades e pensamentos mundanos.

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Não demorou muito tempo até que se vestissem em seus yukatas novamente e fossem agora até o quarto e Sakura e Syaoran, para comerem juntos o jantar servido no quarto.

Era uma variedade de pratos tradicionais e delicados, um banquete para os olhos e para o corpo.

Logo estavam sentados na espaçosa varanda, as estrelas caprichando em seu brilho, a lua crescente pairando no céu. Todos satisfeitos e progressivamente sonolentos.

Tomoyo e Eriol ocupavam um canto com um sofá de cisal envernizado e estofado elegantemente num tecido verde-escuro; ela estava com a cabeça no ombro dele, olhos fechados e sono leve. Ele a abraçava de lado , sua face tocando os cabelos dela.

— Moyo – ele decidiu sussurrar levemente. – Vamos pro nosso quarto? – Ele afagava os cabelos dela.

Vagarosamente ela ensaiou abrir os olhos, mas desistiu no meio do caminho. Simplesmente acenou a cabeça positivamente.

Eriol se conteve em sorrir e ajeita-la em seus braços enquanto levantava, ele já a tinha habilidosamente em seu colo.

Observando a cena, Sakura se adiantou e se colocou ao lado deles.

— Bela habilidade . – Ela olhou da prima para o rapaz. – Creio que já não seja a primeira tentativa? – Ela arqueou uma sobrancelha sabichona.

— Não é. – Ele segurou o riso, caminhando para a porta.

Syaoran abriu a porta para o amigo.

— Obrigado Syao; boa noite aos dois. – E uma piscadela mal-intencionada fechou a despedida entre o inglês e o casal, que fechou a porta atrás dele.

Sakura não evitou respirar levemente mais fundo.Afinal estava mesmo sozinha...

Com ele.

Syaoran voltou para a varanda e passou a olhar para o céu e Sakura se colocou ao lado dele.

– Não sei pra onde olho - Ele apoiava o queixo em sua mão fechada, expressão sonhadora. - A competição está grande. – Ele passou a olhar o rosto da japonesa que exibia um belo e pequeno sorriso nos lábios.

— Pois eu acho o mesmo. – Ela olhou o rosto dele e espiou rapidamente as constelações, voltando seus olhos para suas mãos que estavam se entrelaçando ; estava dando o máximo de si para ser o mais natural possível com ele. Mas o leve tom avermelhado no rosto mostrava que ainda estava indo um pouco contra sua natureza tímida.

— Vamos unir essas beldades numa foto noturna , então? – Ele retirou o celular do bolso e a abraçou, buscando um ângulo apropriado.

Um sorriso discreto dela e um galanteador dele. O clique estava feito.

Ambos examinaram o resultado.

— Tá ótimo; que tal mais uma? – Ele arqueou a sobrancelha, em uma dúvida amistosa, celular a postos.

— Claro. - Ela assentiu, se arrumando novamente.

De súbito ele começou a fazer cócegas, e ela tentou se vingar , em vão; ele cutucou levemente a barriga e das costelas dela, que já não conseguia parar de rir e nem se desvencilhar dos dedos dele.

— Para, para ,por favor, para! – Ela secava lágrimas, estapeando as mãos dele. – Chega de tortura. – Se endireitou, ainda rindo.

— Ok, eu paro . – Ele se afastou de leve e se reposicionou ao lado dela, a abraçando . - Respire fundo e diga “xis” agora. – Ele retomou o celular em sua mão, sorriu abertamente e ela fez o mesmo, já mostrando um largo sorriso descontraído.

Ambos voltaram a checar a foto.

— Agora temos a versão tímida e a extrovertida. – Syaoran mostrou a ela e voltou a guardar o celular em seu bolso, a olhando divertido.

— E qual você prefere? – Sakura apoiava um dos cotovelos no corrimão da varanda, ainda de frente a ele, tentando firmar o olhar na face do namorado; a leve brisa estava jogando algumas mechas de seu cabelo para trás.

— Pergunta impossível de responder. – Ele a encarava com o olhar sorridente. - Em ambas fotos você está presente e mostrando um lado diferente seu; não tenho um preferido. – Ele agora ajeitava algumas mechas do cabelo dela. – O que me importa é que seja você.

Aos poucos ficaram mais sérios e concentrados um no outro.

— Eu nunca sei o que dizer quando você me elogia assim. – A japonesa confessou, mirando brevemente os pés. – Gostaria de retribuir à altura... – Ela voltou a olha-lo, já recebendo uma carícia no rosto vinda dele; pegou a mão forte dele e o encarou bravamente. – Meu muito romântico e atencioso namorado. – Sorriu minimamente, já sentindo sua face esquentar de novo.

— Não precisa dizer nada. – Um passo a frente e a moça já estava sendo envolta pelos braços dele, ambos engatando um beijo sem chance de deixa-los respirar um pouco mais.

Estavam dando vazão a um lado de seu relacionamento que ainda permanecia não totalmente explorado, e Syaoran estava disposto a deixa-la cada vez mais confortável nessa área.

Os beijos acabaram se dissipando, mas Syaoran queria dar continuidade; desse modo ele prolongou um abraço, suavemente a virou de costas e começou a massagear a junção de seu pescoço e seus ombros.

— Tanta tensão nesses ombros delicados - Ele repousou beijos suaves em seus ombros, seu pescoço, nuca...Muito devagar. – Chega a ser inapropriado.

—S-Syaoran- A respiração dela tornou-se mais superficial, seus olhos fechados, coração palpitando.

— Sim, minha Sakura? – Ele falou rouca e vagarosamente num tom baixo em seu ouvido. – O que você deseja?

TRRRIIIIMMMM

O telefone tocava aos berros. Sakura pulou em seu lugar, segurando seu peito; Syaoran soltou um suspiro frustrado e foi atender a linha interna.

— Alô - Syaoran observava uma Sakura quase imóvel na sacada.

— Yukito-san? – Uma voz feminina parecia temerosa do outro lado da linha.

— Ah...O que? – O tom de sua voz era frustrado, quase um grunhido.- Não há Yukito algum aqui; quem fala é Li Syaoran – Ele se continha numa voz grave um tanto impaciente.

— Ah, mil perdões, alguém o enviou ao quarto errado e achamos que poderíamos encontra-lo aí.Desculpe a intromissão, tomaremos conta do assunto.Tenha uma boa noite.

Sakura o olhava a alguns passos.

— Algo errado? – Ela já se dirigia para a área com os futons, como se os avaliasse. – Era da recepção?

Antes que ele respondesse, batidas foram ouvidas na porta.Sakura, que estava mais próxima, foi atender e deu de cara com...

— Yukito? – Ela se ajeitou em seu lugar e sorriu alegremente. – O que faz aqui? – O simpático sorriso o interrogava.

— Boa noite, Sakura. – Ele meneou ligeiramente a cabeça para o lado, como se observasse algo repentinamente interessante, seu sorriso gentil presente. – Mas que surpresa agradável ! – Ele sorria ternamente, ainda assim a olhando com atenção por debaixo da armação de seus óculos. – Uma coincidência estarmos no mesmo lugar ao mesmo tempo.

— Pois não me chamam pra festa? – Syaoran abriu mais a porta e surgiu atrás de Sakura, fazendo com que o sorriso de Yukito virasse somente um traço meio amargo – Boa noite, Yukito-san; a recepção te deu o número do quarto errado e ligou aqui atrás de você. – O rapaz não fazia muito esforço para soar simpático, suas palavras saíram mais automáticas; tinha pressa para que Yukito se retirasse o mais rápido possível.

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— Ah, que pena; sempre fico nesse quarto quando venho aqui. – Ele ajeitou a armação dos óculos em seu rosto. – Os donos daqui são meus amigos de longa data, fui o responsável pela arquitetura e o design desse hotel alguns anos atrás. – Ele alisou o batente da porta, como se ameaçasse entrar. – Espero que estejam gostando do quarto.

Sakura não conteve a admiração.

— Fez um esplêndido trabalho, adoramos o quarto , não é Syaoran? – Ela olhou brevemente para o namorado, tentando faze-lo perder a expressão assassina no rosto por alguns instantes. – Parabéns pela competência.

— Sim, deve ter demorado muito tempo com os detalhes, está tudo bem feito. – Syaoran não negava sua racionalidade, apesar da antipatia que sentia. – Quem sabe posso recomenda-lo para alguns empreendimentos uma hora dessas.

— Muito obrigado, agradeceria muito poder fazer novos contatos de trabalho. – Yukito agradeceu seu olhar afável. – Pode me contatar através de Sakura.... Já peguei seu telefone novo com o Toya. – O alto rapaz deu uma piscadela divertida para Sakura, em tom e confidência.

Syaoran precisou respirar um pouco mais fundo; agora seus braços estavam cruzados à frente de seu corpo.

— Sem dúvidas, vou fazer isso sem demora. – Syoran abraçou a namorada de lado. – Então boa noite.

Sakura o olhou rapidamente, um tanto confusa pelo chinês estar cortando a conversa nesse instante.

— Ah, sim, desculpe a intromissão novamente. Boa noite aos dois e até breve. – Yukito se curvou rapidamente, olhando mais uma vez para o rosto de Sakura antes de sair e a seguir voltando para a recepção do ryokan.

— Não dá pra acreditar nesse sujeito– Ele apoiou um dos braços em sua cintura, numa pose imponente, a outra mão bagunçou seu cabelo castanho. – Continua sendo cara-de-pau e te devorando com os olhos.

Respirou audivelmente fundo dessa vez.

— Calma, Syaoran, ele só estava sendo simpático,vai. – Sakura voltou à àrea dos futons, tentando arruma-los.

— Simpatia,claro. – Syaoran ajudava Sakura com as arrumações dos futons, batendo um pouco mais forte do que o necessário nos travesseiros . – Não é isso, Sakura; é pura cobiça. – E se sentou em um dos futons.

Ela não evitou arregalar os olhos com a afirmação. Respirou um pouco mais fundo e se colocou atrás dele, com os joelhos apoiados no futon, o segurando pelos ombros e começando a massagea-los.

— E quem está tenso aqui agora, hein? – Ela sorriu por detrás dele. – Eu acho sua imaginação um tanto fértil demais, Li Xiao Lang.

Ele abriu um meio sorriso e se virou de frente a ela, segurando suas mãos .

— Você só está negando o fato para acalmar meus ânimos,eu sei . – Ele arrumou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela, a olhando. - Não pode ser que você esteja sendo tão ingênua quanto ao poder de atração que você tem... – Ele desceu uma das mãos para afagar o rosto dela, os olhos dançando nas íris menta.

Ela engoliu seco.Uma palavra seria muito difícil de ser dita agora.Simplesmente cedeu aos impulsos e reclinou seu pescoço, o encontrando no meio do caminho; ambos empenhados em retomar o contato que havia sendo interrompido anteriormente.

Foi em questão de minutos que o sentiu retirando suas peças de roupa entre beijos e ela mesma o havia ajudado a passar seus braços para fora de sua camisa; gradualmente estavam se posicionando entre os lençóis já com as suas últimas peças de roupa.

— Agora sim. – A voz dele soou muito mais rouca do que o normal no ouvido dela, que sentia os pelos de sua nuca se levantarem. – Vou ter uma excelente noite depois de tanto tempo ...- Ele já pousava leves beijos em seu colo, já guiando-se para as costas dela a fim de libertá-la de seu sutiã branco rendado. – Quero que você também tenha. – E logo a mão dele começou e descer pela barriga dela lentamente, ladeando sua coxa e chegando na borda da costura de sua calcinha azul clara.

— Syaoran... – Um sussurro baixo era o que conseguia emitir enquanto , em certo desespero, afagava o abdômen definido do rapaz acima de si, tentando livra-lo também de sua derradeira e última peça de roupa, uma samba-canção de seda na cor preta.

A confusão que o calor do toque dele provocava estava sempre presente; não sabia como lidar, ainda , com as sensações físicas que se manifestavam quando entravam em contato íntimo.

— Você está gostando, minha Sakura? – Ele capturou o lóbulo de uma das orelhas dela levemente com os lábios, um ligeiro riso rouco. – Está tentando me despir, olha que atrevimento. – Ele afundou o nariz no pescoço dela, ela engoliu uma respiração profunda, somente conseguindo abrir seus olhos nesse momento.

Sorria com um brilho de desejo no olhar.

— Eu já consegui. – Ela pegou a peça de seda e mostrou a ele, quase com uma expressão vitoriosa.

— Eu também. – Ele arqueou uma sobrancelha e mostrou a lingerie branca, genuinamente convencido. – Podemos continuar os trabalhos por aqui , agora? – Ele alongou seu torso sobre ela como um gato se espreguiçando.

Ela esticou os braços para cima, meio que se alongando ainda deitada, se endireitando, o encarando com ansiedade.

— Podemos sim. – Ela estendeu os braços para envolver o pescoço dele e voltaram a se beijar ardentemente.

Nesse momento ela percebeu que não conseguiria ir dormir tão cedo.