Sua Única Opção 2 - O namoro

Capítulo 5 : Ryokan


Partiram para o ryokan/ spa de águas termais fora da capital. Demoraram poucas horas para chegar a cidade que abrigava o local; se depararam com uma fina chuva fora dos planos.

—Sabia que eu devia ter assumido o volante . - Syaoran abraçava a namorada dispersando seu meio-sorriso malévolo exclusivamente ao motorista. - É a terceira vez que passamos em frente a essa padaria, Eriol.

— Estamos num desvio de rota planejado, já estamos na rua certa, só estou procurando a entrada. - Eriol acionava o botão do GPS, revendo a rota.

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—Tínhamos passado a trajetória no computador antes, como foi esquecer? - O chinês cruzou os braços, numa expressão vitoriosa.

— A chuva nos atrasou e está dificultando o reconhecimento dos pontos de referência. Não se esqueça que viemos muito bem até agora, senhor ingrato. - Tomoyo o ameaçou com o olhar.

" Chegada ao destino"

Eriol parou o carro no estacionamento do local amplo e imponente. A construção tradicional fora mantida e alguns toques adicionais de luxo foram incorporados.

Amplos jardins, acomodações espaçosas se revesando , sempre com muitos metros de distância umas das outras. Fontes jorravam, complementando a magnitude dos gramados, caramanchões e ofurôs protegidos por folhagens, vidros e toques decorativos com flores.

Check in feito, todos tiveram um breve tour pelos 3 centros diferentes de spa e , por fim, as piscinas termais e ofurôs com vários níveis de tamanho e/ou privacidade.

— Bem, então nossa suíte é a dos Jasmins. - Eriol sorriu para Tomoyo, com o chaveiro em mãos.

— A nossa é uma coincidência incrível, não minha flor de cerejeira? - O rapaz pousou um delicado beijo no canto dos lábios de Sakura, com seu cartão magnético de estampa de flor de cerejeira em mãos.

— Ah sim, uma coincidência bem planejada desde o momento da reserva, eu diria. - Sakura retribuiu o mesmo beijo.

— Vamos tomar o café da manhã juntos antes de nos acomodarmos? - Tomoyo ladeou a prima, a puxando de lado.

— Penso que é uma boa alternativa, porque alguém aqui está morrendo de fome, como ele fez questão de dizer umas dez vezes dentro do carro antes de chegarmos - Eriol deu um amigável soco no ombro do amigo, que dava um sorriso enviesado.

—Bom , como eu acordo muito cedo para treinar, ao contrário do senhor sedentário - Eles continuaram a caminhar se machucando com socos revesados. - Todos os dias a essas horas eu já estou devidamente alimentado.

— Em outras palavras, o senhor maníaco por horários vai me dar muito trabalho ainda. - Sakura olhou graciosamente para trás, de onde os rapazes as seguiam restaurante adentro - Porque ainda por cima fica de mau humor quando não come.

—Ah, o Eriol fica assim quando quer dormir - Tomoyo também riu do rapaz, o espiando por trás de seu ombro. - Fica mudo, o que é muito raro, e começa a fazer birra.- Ela acariciou o face do rapaz. - Esses nossos homens viram meninos muitas vezes, Sakura.

—E qual não vira? - A moça de olhos verdes cutucou enquanto Syaoran sentava-se ao seu lado.

Todos estavam numa construção tradicional, onde se sentavam em futons em volta de uma mesa quadrada e baixa.Os garçons começavam a dispor inúmeras opções de consumo para o café-da-manhã do animado quarteto.

— Pois vocês são bem mimadas todo mês, na tpm nada amigável que nos acompanha, não podem se esquecer disso. - Eriol encarava estreitamente sua namorada - E são muito bem paparicadas, não? - Ele a encarou charmosamente questionador.

— Principalmente quando ficam com vontade de comer coisas estranhas , em qualquer hora. – Syaoran tinha um meio sorriso enquanto notava a mesa sendo servida com variados alimentos tentadores; já buscava seus hashis. - Somos muito complacentes com vocês e suas vontades. Fico pensando o que vai ser quando estiverem grávidas. - Ele elegantemente começou a provar seu missoshiro.

Tomoyo engoliu seu peixe assado de uma vez, Eriol quase deixou cair sua tigela de arroz e Sakura ficou roxa, terminando seu chá.

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— Ah, olha aqui, eles tem várias atividades - Sakura pegou um panfleto enquanto caminhava ao lado do namorado e observou - Caminhada, passeios a cavalo, quadra de tênis , pesca...É mais moderno do que eu pensava para um ryokan , sem dúvidas - Ela sorriu com toda felicidade, de braços dados com o chinês.

— Bom, pra podermos fazer tudo isso precisamos nos arrumar e desempacotar primeiro. - Eriol apontou as placas que indicavam as direções dos quartos.

As instalações se assemelhavam muito aos prédios tradicionais e simultaneamente aos modernos, cercados de riachos e jardins por todos os lados. A diferença neste local era que os quartos eram distantes um do outro, separados por unidades que se interligavam somente por longos corredores de pisos de madeira.

—Ah, é bom colocarmos nossos yukatas também. - Tomoyo se abanou de leve.

Continuaram a andar mais alguns metros e chegaram ao das Sakuras.

— Chegamos. A de vocês é mais para baixo, continuando... - Syaoran apontava mais para frente.

— Ok, nos vemos logo então . - O outro casal continuou a caminhar enquanto Sakura e Syaoran iam caminhando para a porta de entrada.

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Ela tropeçou no primeiro degrau, devaneando.

—Tudo bem? – Syaoran apoiou as costas da moça, preocupado.

—Tudo, só me distraí um pouco. – Ela tentou focar melhor os pensamentos, sem muito sucesso.

Só conseguia pensar que nada a prepararia para dormir por vários dias com o namorado chinês galante, de olhos avelã sedutores, físico atraente e tudo mais para acabar com qualquer vestígio de racionalidade.

"Ele só está abrindo a porta, Sakura, controle-se!" – A moça fechou os olhos e respirou fundo,bufando, tentando domar seus pensamentos.

— Tem certeza que está tudo bem? – Ele carregava as malas ainda a olhando; a moça acenou que sim com a cabeça, vigorosamente.

Ele se conformou com essa resposta pelo momento.

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Ambos se surpreenderam quando entraram e viram a amplitude do local.

— Uau. - Sakura arregalou ligeiramente os olhos.

— Grande . - Ele carregava as malas cruzando o espaço da entrada da sala . – E tem uma vista privilegiada de uma parte do jardim com uma árvore em plena florada, na beira de um córrego calmo.

Sakura se adiantou e parou atrás dele.

— Realmente, nunca vi nada mais lindo. - Ela sorriu observando as montanhas ao fundo e, olhando ao seu redor, notou o espaço com uma mesa quadrada com cobertas internas saindo da parte de baixo( usada nas estações mais frias) para refeições; mais ao fundo dois gigantes e confortáveis futons que os abrigariam para dormir logo mais à noite.

— Fico contente que tenha gostado. – Ele se voltou para ela e a levou pela cintura até a exclusiva varanda, onde se sentaram , quase conseguindo tocar os pés na água. – Mas preciso te dizer que você não deve se sentir obrigada a dormir aqui comigo; vou entender se não quiser. – Ele parecia querer realmente ler a mente dela agora. – Eu sei que você pode estar se sentindo pressionada e só quero que você faça o que quiser quando quiser. - Ele percebia certa surpresa no olhar dela, junto a certo nervosismo.

Ela se virou totalmente para ele, encarou seus olhos.

—Muito obrigada por isso. - Ela acariciava o rosto dele com as costas dos dedos. - Você me percebe tão bem que chega a ser sobrenatural.

Ele alisava as mechas avermelhadas , sorrindo com a frase dela.

— Às vezes acho que realmente temos algo mais forte do que imaginamos. – Ele entrelaçou seus dedos com os dela, a encarando com o olhar hipnotizante. – Não sei se você sente o mesmo, mas eu sinto que estamos nos reencontrando.

Ela não sabia se falava ou se controlava sua respiração.

— Eu também me sinto assim, Syaoran. – Ela olhou para suas mãos entrelaçadas e a seguir para o rosto dele, no momento numa expressão terna. – E agradeço aos céus por termos nos encontrado.

E sorriram simultaneamente, emendando um demorado beijo.

TRIMTRIM

O telefone presente no quarto tocou.

Se olharam em dúvida. Syaoran foi até a entrada do quarto atender.

— Pois não? – O rapaz suspirou, visivelmente frustrado, enquanto via uma Sakura ligeiramente envergonhada se levantar e ir explorar o resto do ambiente.

— Xiao vocês conseguem nos encontrar em 10 minutos para irmos juntos explorar o local?. – Syaoran repetiu a pergunta para Sakura, em meio-sussurro.

Ela acenou a cabeça positivamente, já vasculhando os armários para achar um par de yukatas, sendo um masculino e um feminino.

— Combinado Eriol; até. - Ele desligou o aparelho e foi em direção a ela.

— Aqui estão . – Ela estendeu as roupas, dando a ele a parte dele. - Saiu rapidamente do aposento.

— E eu vou ficar aqui só imaginar essa cena na minha cabeça...- Ele suspirou alto.

Sakura ouviu a fala dele, que havia sido propositalmente alta para que ela ouvisse enquanto se vestia. Ela replicou de porta fechada, procurando uma boa opção para se trocar.

— Hei! Cadê o mister sem pressão? - Ela riu de leve ao final, acabando de ajustar a roupa.

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—Amei o meu quarto . E você? – Tomoyo estava mais animada do que nunca.

— Achei enorme,não esperava por isso. – Sakura se abanava levemente com um leque provido pelo hotel enquanto observava os arredores.

As árvores da propriedade estava começando sua florada, o tempo estava ligeiramente acinzentado, porém abafado e úmido. Nada que prejudicasse a paisagem bucólica.

Passearam pelas dependências e compareceram a um curso rápido sobre a cerimônia do chá : Eriol dominou rapidamente os movimentos precisos e delicados; Tomoyo serviu a todos com perfeição; Sakura quase derrubou uma porcelana aparentemente muito fina e antiga ( fato esse que lhe rendeu um rubor encabulado pelo rosto); já Syaoran chegou muito próximo às habilidades de Eriol, não fosse a rigidez um pouco excessiva de sua empunhadura.

À tarde, após terem almoçado e passado por um tratamento de escalda-pés, todos se vestiram em jeans e camiseta a fim de aproveitar uma breve aula de equitação e uma cavalgada de quase uma hora; Syaoran e Eriol pareciam muito confortáveis; Sakura pegou o jeito rápido. Tomoyo superou a todos, indo pra pista de obstáculos.

— Havia me esquecido que você chegou a competir por um tempo. – Sakura retirava o capacete de proteção, arrumando o cabelo.

— Até que senti falta. – Tomoyo copiou a prima. – Mas deixo só para os fins de semana agora.

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Ambas pararam para olhar os rapazes chegando.

— Moyo , você sente um... – Sakura se apoiava na cerca, admirando o embalo do chinês, o sorriso confiante dele exclusivo para os olhos dela. – Ah, ela suspirou. – Não sei, um...

— Calorzinho vendo eles cavalgarem? – Tomoyo também se aproximou, observando o molejo de Eriol ir cessando, enquanto o olhar dele a media de forma declarada. – E como não?

Ambas se olharam e riram baixo de forma discreta, se abanando levemente .