Sua Única Opção 2 - O namoro

Capitulo 3 : Ligação


C3 : Ligação

Estava sempre com o pensamento nele; se distraía, irritava e suspirava, alternadamente, sentindo a distância afeta-la.A separação física, o que obviamente era remediado pelo veloz jatinho dos Li, tirava sempre o melhor dela. Mais alguns meses haviam se passado e continuavam a se ver de sexta a domingo.

As questões que ainda a atormentavam eram : seria possível que pudesse manter seus sentimentos, anseios, paciência e vontade de vê-lo caso ele simplesmente não pudesse chegar ao seu lado com tanta frequência? E ele, por sua vez, continuaria tão dedicado a ela mesmo dependendo de algumas visitas mensais?

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— Neuroses de uma madrugada insone, na minha humilde opinião. - Nakuru abocanhava um pedaço de bolo de morangos na sala do apartamento da cunhada. - Vocês se amam, já não estão se vendo há meses e ainda assim continuam apaixonados um pelo outro, não? Pra que ficar supondo coisas que só te fazem mal? Pra mim é sofrer à toa. - A moça cerrou os olhos, encerrando seu ponto de vista e voltando a se ocupar com seu doce.

— Pois eu acho muito romântico que você se preocupe que seu amor perdure acima de qualquer situação. - Tomoyo cortava seu pedaço e habilidosamente colocava em seu prato. - Mas eu também penso que não é bom alimentar este tipo de pensamento, Saki.

— Eu já pensei em tudo isso meninas, as noites andam sendo longas. - A japonesa largou seu garfo sobre seu pedaço de bolo , desanimada, com um fraco sorriso. - Até já falei como Syao sobre essas minhas ideias pessoalmente; mês passado se não me engano.- Um brilho novo permeou seu olhar, um sorriso inegável dos olhos até os lábios.

— E ele ? - Nakuru e Tomoyo focaram o rosto de Sakura.

— Ele olhou para mim, colocou as duas mãos no meu rosto, – Ela usou o rosto de Tomoyo entre suas mãos para replicar a cena. - , respirou fundo, abriu um sorriso e disse – Ela pigarreou antes de começar, os olhos fixos nos olhos da prima que fazia o papel de si mesma na cena que descrevia. - " Nem que eu perdesse a memória você sairia da minha mente e do meu coração; demorei mais de vinte anos pra te encontrar e não pretendo te perder de modo algum." - Sakura ainda mantinha as mãos no rosto da prima, de olhar enternecido ao ouvir a fala.

— E ainda se preocupa com o que , mulher? - A secretária afastou seu prato energicamente – Ele está cego de amor, faz uma declaração inspirada...Pra mim esse casamento chega antes que o esperado, isso sim. - A morena piscou alegremente para a Kinomoto.

— E olha que desgrudar dele é tarefa quase impossível, seja física ou virtualmente - Tomoyo cobriu um riso malicioso com uma das mãos . – Vocês estão cada vez mais inseparáveis, sem sombra de dúvidas.

Sakura brincava com o garfo no pratinho do bolo, um sorriso saudoso, pensando na veracidade do que sua amiga acabava de dizer.

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— Sofrível, é o máximo que posso dizer. - Syaoran esvoaçou sua cabeleira acotovelado em sua mesa de trabalho. - Essa situação está simplesmente me massacrando.

— Você está falando da agilização da nova conta ou em ficar quase um mês longe da amada Kinomoto? - Eriol parava de andar pela ampla sala para se sentar na poltrona de couro negro à frente do amigo. - Falamos misturando os dois assuntos, nem sei mais. - Ele sorriu.

— A conta nova tá resolvida, já passamos por esse assunto. - O rapaz de cabelos castanhos deu a volta em sua mesa e se sentou em sua alta poltrona de couro marrom. - Estou ansioso pela filial de Tokyo Eriol; quando vamos inaugurar logo o prédio? Da última vez que chequei estava tudo pronto. Então porque ainda estamos aqui, tão longe do Japão? - O rapaz mexia em alguns papéis, os arrumando como se procurasse algo.

— Papelada burocrática de iniciação, Syao. Mas se pensar bem, alguns meses pra uma estrutura dessas estar conclusa, estamos falando em um excepcional tempo recorde, se quer saber. - O inglês se acomodava na poltrona, brincando com os nós dos dedos. - Posso saber o porquê de tanta angústia?

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— Um mês longe dela já está causando desastres, você sabe bem disso. Dá pra ver no meu humor. Eu mesmo não estou me aguentando mais. - Ele fechou uma pasta com maior violência do que necessário.

— Sim, notavelmente perceptível, inclusive na semana passada, na reunião do final do dia. – O amigo riu abafado, se recordando da cena. – Eu sou capaz de jurar que vi um funcionário tremendo de medo - Um sorrisinho debochado pousou em seus lábios. - Nada saudável, na minha opinião.

— Mas já voltei ao meu estado de controle depois de ter conversado com ela por esses dias. - Ele pareceu relaxar mais em sua cadeira.

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FLASHBACK ON

Não conseguia se concentrar direito nos assuntos relevantes, havia ficado muito tempo sem visitá-la, seus ânimos estavam à flor da pele. As redes estavam mudas da parte da moça.

Falavam-se semanalmente pelo telefone em chamadas de vídeo, mas a percebia ausente em seu costumeiro espírito alegre e falador.

— Está tudo bem MESMO com você? - O rapaz estava sentado na cama com seu notebook no colo e o celular em mãos. – Parece um pouco deprimida.

— É , não ando com muito ânimo, pra ser sincera. – Ela olhou para o chão, sorriso amarelo. - Meus afazeres também me tomam bastante tempo ... - No Japão a moça de olhos menta estava parada na varanda, sua bata azul ao vento, encarando a face preocupada do chinês.

—Não sente vontade de falar comigo? - Ele se mexeu desconfortável com a conclusão que havia tomado, a olhava com sedento por saber a resposta.

— Claro que não é isso. – Ela se embraveceu brevemente. – A culpa é dessa saudade horrenda que eu ando de você... - Sua voz caiu dois tons; se dominou para não deixar sua timidez interferir em sua honestidade. - Eu sei que você não pode ficar vindo aqui toda hora, que tem negócios urgentes aí pra resolver e tudo mais... – Ela fez um esforço para conter o embargo de sua voz.

— Está irritada? - A expressão de sua face agora era de dor. Levantou-se de sua cama e partiu para a própria varanda. Precisava caminhar para dispersar sua angústia.

— Triste é a palavra certa. Eu me afastei um pouco para não te influenciar ;ia me sentir culpada em te fazer deixar tudo e vir correndo. - Respirou fundo para que ele não notasse sua voz lacrimosa.Sorriu minimamente.

— Não se preocupe em me influenciar, estou totalmente louco de vontade de te ver já faz muito tempo - Ele riu de leve. – Tempo demais para suportar. – Ele passou os dedos entre seus fios rebeldes, cansado.

— Pois então vou te perguntar quando chega a cada minuto... Aliás, quando mesmo? - Ela agora caminhava pelo quarto,mais animada e sorridente.

—Surpresa. Estou repleto delas, pra falar o mínimo. - Ele fez questão de enrouquecer um pouco seu tom de voz, com direito àquele olhar estreito intimidador.

— Estarei esperando por todas elas então. - Ela sussurrou de leve, como sempre fazia em suas despedidas telefônicas. – Beijo,te amo, Syaoran.

— Até logo. Beijo,te amo. - Ele fazia igual, desligando devagar.

FLASHBACK OFF

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— Então Eriol, neste fim de semana nada me segura. Pronto? – Syaoran acabava de arrumar sua pasta, começando a sair detrás da mesa.

—Assim que quiser partir me chame, estou de malas prontas. - Ele sorriu, se levantou e saiu atrás do amigo, a passos largos.

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Sakura entrava na pequena e repleta padaria perto de seu apartamento com a prima a seu lado.

— Eu sinto, Moyo. - A moça de cabelos avermelhados examinava de perto uma tortinha. – E praticamente exigi que ele viesse logo depois de nossa conversa dessa semana. – Ela sorriu, meio culpada.

A prima acabou pedindo dois sonhos.

— E a que horas ele aparece, consegue sentir também? – A moça sorria.

— Quer os números da loteria junto com essa? - Sakura riu e pediu a tortinha de cerejas e brownie de chocolate.

— Brownie? Não é muito sua cara... - Tomoyo pegava a sacola e se dirigia para fora do estabelecimento junto com a amiga-prima-sócia-irmã.

Ela sorriu olhando para suas próprias sacolas.

- Nesse friozinho com um chá fica perfeito e a tempo pro café da manhã . – Sakura andava animada.

—Você está começando a me assustar, sabia? - Ambas estavam já paradas no saguão, esperando o elevador.

—Larga de ser boba. - Ela desempacotou suas coisas, guardando o brownie ao lado do forno. - Ele ama chocolate. - Ela sorriu abertamente, colocando a toalha na mesa da cozinha enquanto a prima se encarregava do chá.

— Pois conversei ontem com o Eriol e ele quase me deixou escapar que vinham mesmo. - As ondas acinzentadas do cabelo sacudiram de leve quando ela passou com rapidez para pegar as xícaras.

— Ele bem que mente melhor pessoalmente né, confessa. - Sakura acabava de arrumar a mesa, colocando os talheres. A moça se sentou e arrastou a cadeira para que a prima fizesse o mesmo.

—Ah, mistérios de Eriol. - Tomoyo sorriu benevolente. - Ele tem aquela expressão do gato de Alice no país das maravilhas, isso não recomenda muita confiança. – A prima concordou com um veemente aceno positivo de cabeça. - Mas é preciso tempo pra ver ele com seu verdadeiro olhar. - O tilintar das colherinhas nas xícaras se fazia presente, enquanto as moças esfriavam o chá de hortelã.

— Mas e você? - A Kinomoto arregalou levemente os olhos, interrogando a prima. - Digo, e vocês, qual o programa para os próximos dias?

— Iremos a um ryokan e...Ai. - Tapou sua boca velozmente, se impedindo de continuar. – Esquece. – Olhar dela era de desespero disfarçado, agora, com indiferença.

— Hm, tá bom então; não vou perguntar se esse programa vai ser de casal, porque já está nessa sua cara de terror por ter acabado com a surpresa. - Os risos invadiram a sala da casa.

Num sobressalto ouviram a campainha. Olharam-se, sorriram, arrumaram os cabelos pela última vez e se ladearam para abrir a porta.

— Bom dia meu amor! - Sakura se dependurou no namorado com todas as forças, o abraçando forte e se apoiando em seu pescoço. - Sabia que não ia demorar. – Encarou a face do chinês amorosamente, olhos brilhando.

— Olá, minha Sakura - Ele tomou os lábios da namorada e a beijou longamente. Parou devagar, se afastando, encontrando seus olhos cor de menta novamente.- Se eu soubesse dessa recepção tinha saído muito antes da China. – Continuou observando o lindo sorriso dela. - Foi o idiota do Eriol que passou a informação pra Tomoyo né? - Ele olhou de lado para o amigo.

Presenciou uma cena similar a sua, ele com Tomoyo enlaçada pela cintura, a beijando com todas as forças.

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— Deixa pra lá. Soco a cara dele depois. Vamos tomar café então? - Ele balançou uma sacola de delicatessen e arrastou sua mala para dentro.

Eriol e Tomoyo ouviram o movimento e se separaram, entrando logo após Sakura e Syaoran.