P.O.V Do Beck

Jade: - Você está muito calado. - Me encarou.

Beck: - Só estou pensando. - Suspirei.

Jade: - Sobre o quê? Posso saber? - Curiosidade a atingiu.

A olhei e abri um pequeno sorriso.

Beck: - Sobre nós. - Minha voz saiu suave, embora eu hesitasse.

Com apenas aquela menção, sobre eu estar pensando em nós, Jade me olhou surpresa.

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Estávamos na barraca dela, com nossas lanternas acesas, conversando em voz baixa.

Beck: - Tenho medo... Medo de decepcionar você... Agora é diferente, e você sabe... Deixou de ser apenas minha amiga, para se tornar muito mais que uma amiga... Isso me assusta. - Confessei.

Estava sendo sincero, e aquilo me preocupava e muito.

Jade: - Não tenha medo de me machucar. Eu quero isso. Quero ficar com você. Mesmo se não der certo, faremos disso uma experiência, e você sempre vai ser importante para mim... - Tocou meu rosto, fechei os olhos sentindo seu toque. - Não se preocupe com o que pode acontecer ou não, deixe as incertezas de lado, foca aqui no agora, estamos juntos e é isto que importa. - Abriu o coração, sendo franca.

A encarei, pude mergulhar na imensidão azul-cristalina, o tom me lembrava uma lagoa.

Só abri a boca para beijá-la, nossas línguas se entrelaçaram, minhas mãos firmes na sua cintura, segurando seu corpo contra o meu.

Fui a deitando sobre o saco de dormir, ficando por cima dela, minha boca sedenta devorando a sua num beijo avassalador.

Apertou meus ombros, eu estava entre suas pernas, as mãos tocando sua cintura, os quadris, e por fim as coxas macias...

O ar foi ficando escasso, tivemos que parar o beijo, meus lábios formigavam, alisei suas costas, Jade passou a beijar meu pescoço, me deixando todo arrepiado.

Toquei seus cabelos macios, segurando os fios, sua boca roçou na minha garganta e eu arfei, gostando da sensação que nunca havia sentido antes.

Com nenhuma garota... Jade estava me proporcionando aquilo.

[...]

P.O.V Do Freddie

Freddie: - Ai! - Exclamei quando Sam mordeu minha bochecha.

Aquilo doeu... A loirinha apenas riu.

Sam: - Deixa de ser molenga, Benson! - Bateu na minha cabeça.

Freddie: - Ei, mas você me mordeu! - Reclamei.

Sam: - Foi só uma mordidinha. - Sorriu inocentemente.

Freddie: - E ainda por cima me bateu! - Acrescentei.

Sam: - Frouxo! - Estava me provocando?

Freddie: - Olha, olha, eu posso rebater, hein! - Avisei.

Sam: - Vai me bater ou me morder? - Sorriu travessa.

A encarei, Sam piscou e colocou a pontinha da língua para fora, passando pelo lábio inferior.

Sam: - Você não teria coragem! - Era mais uma de suas provocações.

Freddie: - É melhor não duvidar. - Alertei.

Sam: - Ui, cão que ladra não morde! Fala, fala, fala, mas não faz nada! É um nerd frouxo mesmo! - Me cutucou com o dedão do pé.

Estávamos na minha barraca.

Ela era pequena, ágil e forte, mas eu ainda tinha uma vantagem, não fiquei planejando, agi logo antes que ela pudesse reagir...

Virei seu corpo, deixando-a de bruços e segurei seus pulsos, a imobilizando, Sam tentou se virar, se debateu um pouquinho...

Sam: - Merda... Você me pegou de guarda baixa, agora me solta. - Pediu.

Freddie: - Não! - Falei.

Sam estava sob meu domínio e confesso que eu estava me divertindo com a situação.

Sam: - Quando eu me soltar vai ser pior, vai ter troco, Benson. Agora para de palhaçada e saia de cima de mim! - Ordenou.

Eu estava sobre ela, mas não com o meu peso todo em cima dela. Ergui mais um pouco o corpo, para que eu pudesse fazer o que pretendia.

Consegui segurar firme seus pulsos apenas com uma mão, com cuidado para não machucá-la. Me afastei com o objetivo de fazer o que eu tinha em mente.

Sam: - Oh! - Exclamou quando eu desferi um tapa em seu bumbum.

Me senti feliz o com o feito, até mesmo um pouco vingado.

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De repente, a loirinha começou a rir. A soltei confuso, ela virou para mim com o rosto vermelho e colocou as mãos na boca abafando uma gargalhada.

Freddie: - O que foi? - Franzi o cenho.

Sam: - O que foi aquele tapinha? Ai, Benson, quando for bater na minha bunda, bate para que eu ao menos possa sentir, seu tapinha não fez nem cócegas! - Ela disse toda risonha.

Estava zombando da minha cara... Como sempre.

[...]

P.O.V Da Jade

Beck começou a percorrer as mãos por meu corpo, cintura, quadris, coxas, tocou minha barriga por baixo da minha blusa. Os dedos compridos e ágeis chegaram nos meus seios, especificamente no meu seio direito, aproveitando que eu estava sem sutiã. A palma de sua mão se encaixou ali, me envolvendo, arrepios percorreram meu corpo que ardia com o toque ousado.

Deixei escapar um ofego, sua boca foi de encontro a minha, a língua habilidosa procurando a minha, ele me beijava avidamente, desesperado por meu beijo e quando o senti roçando entre minhas pernas, tive a certeza de que ele estava excitado.

Oliver estava excitado, roçando o corpo no meu enquanto acariciava meu seio.

Comecei a ficar tensa, nervosa, e por fim, travei quando senti a mão que alisava minha coxa indo para a minha região mais íntima, tentei fechar as pernas e como não deu, eu o empurrei.

Meu amigo saiu de cima de mim, o clima acabou num piscar de olhos, ele passou as mãos pelo cabelo e eu desviei o olhar.

Meu corpo estava quente, o coração palpitando, minhas mãos tremiam de leve... Amarelei quando ele tentou avançar com as coisas.

Beck: - Me desculpa... O clima estava bom, pensei que quisesse. - Ele estava mesmo arrependido?

Jade: - Me desculpa você, fui eu que acabei com todo o clima... Eu estava gostando, mas só que...

Beck: - Entendo, Jay. - Me interrompeu. - Não precisa se desculpar, você ainda não se sente pronta e eu vou respeitar isso. - Disse compreensivo.

Jade: - Valeu. - Agradeci.

Ajeitei minha blusa, ainda sentindo meu corpo formigar, meu seio ainda quente por conta de seus toques, era como se eu tivesse um pouco febril.

A sensação de ser tocada daquela forma foi... Foi incrível.

Nunca me senti tão desejada.

Jade: - Deita aqui. - O chamei.

Ele sorriu para mim e se aconchegou ao meu lado, me puxando para ele, deitei a cabeça no seu ombro e fechei os olhos apreciando o seu toque em meu cabelo.

Eu não permitia nenhuma outra pessoa tocando no meu cabelo, ele sempre foi o único com essa permissão.

[...]

P.O.V Da Sam

Freddie deitou, apoiando a cabeça sobre os braços cruzados, olhando para cima, me aproximei para vê-lo de perto e ele fechou os olhos, seu maxilar estava travado, eu sorri e não hesitei em tocá-lo.

Freddie: - Me deixa, Puckett! - Ui estava bravinho.

Sam: - Oh, o bebê ficou emburradinho? - Passei a mão por seu topete.

Freddie: - Para com isso! Não bagunça o meu cabelo! - Abriu os olhos e afastou minha mão. - Você é muito irritante sabia? - Sentou me olhando com raiva.

Sam: - Foi mal, eu só estava brincando. - Falei. - Não precisa ficar assim. - Tentei roubar um selinho para ver se ele amolecia e a gente pudesse ficar de boas.

Freddie virou o rosto, recusando meu selinho, recuei me sentindo rejeitada.

Freddie: - É melhor ir para sua barraca, já está tarde. Se formos pegos aqui, seremos mandados embora, e vai ser sua culpa. - Disse com certa frieza.

Sam: - Diz logo que não gosta de mim. Se sente que está sendo sufocado ou obrigado a ficar comigo, fala logo. Não precisa ficar me tratando assim! - Eu estava tremendo, meus olhos ardiam e tive que segurar o choro.

O silêncio caiu entre nós, nos encaramos.

Freddie: - Ei, não fale isso. Não chore. - Tocou meu rosto quando as primeiras lágrimas rolaram.

Sam: - Você gosta da Valerie, né? - Afastei sua mão.

Freddie: - Não. - Negou.

Sam: - Não minta para mim! - O choro veio com tudo, não pude controlar.

Freddie: - Me perdoa, Sam, não chora. - Tentou me tocar.

Sam: - Você está livre para ficar com a Valerie, a gente nunca daria certo mesmo... - Esfreguei meu rosto com manga do meu moletom.

Freddie: - Está acabando comigo? - Perguntou com a voz rouca.

Nos encaramos de novo, seus olhos marejaram.

Sam: - Gosto de você, e é por isso que quero que seja feliz, você merece uma garota carinhosa que te trate bem, que não seja irritante e nem grossa, e que...

Freddie: - Sam, é sério que você não percebe que eu também estou apaixonado por você? Caramba, pode me encher de pancadas, pode me irritar, encher o saco, pode me apelidar, me morder e até descontar sua raiva em mim, mesmo que eu fique bravo, mesmo que eu fale coisas na hora da raiva, saiba que nada disso importa, eu quero ficar com você e não vou abrir mão disso. - Me surpreendeu.

Sam: - É sério? - Minha voz saiu baixa, embargada.

Freddie: - Ainda duvida? Vem cá. - Me chamou.

Sentindo uma tremenda emoção e a felicidade mais pura, me joguei em seus braços.

Freddie: - Sinto muito, não queria te fazer chorar. - Beijou minha cabeça.

Sam: - Ainda vai ter troco... - Funguei.

Talvez uma valetona como eu e um nerd como ele pudessem dar certo, afinal de contas.