Sistema Prisma

Diário de Bordo: 06


Capítulo 06 - Começo do mundo. II

A claridade era bem forte. Eu me senti ofuscado e nauseado... Tudo estava girando e girando. Um zumbido grudento no ouvido. O que eu estava fazendo, mesmo?

Eu só me lembro de um arco-íris de cores cintilantes... E...

[Que você tenha um excelente jogo].

[Thuarr, o destino deste mundo está aos teus cuidados].

— Hã?! Ui... Minha cabeça dói. Eu estou... Eu vou... Blergh... Ahhh... Eu não estou me sentindo muito bem... Mas... Eu também não estou me sentindo doente. Eu acho que caí ou bati a cabeça... Mas... Eeeeehhhh? Cadê a escola? Eu estou em uma cama? Um colchonete? E tem um cheiro de mofo... Ugh. À propósito, que lugar é esse? Não parece ser a enfermaria ou minha casa... Se eu observar bem... Uma “oca”?

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Apesar de estar ainda um pouco zonzo, eu entendi algumas coisas. Primeiro... Eu não estava mais na escola. Eu não me lembro de ter saído de lá. Segundo... Tudo ao meu redor possui aspectos mais rudimentares, simplistas. As paredes e o teto foram feitos baseados em estruturas rurais e bem antigas. E terceiro...

— Por que eu estou em um lugar estranho desses?

Todavia, eu não tive tempo para ficar amedrontado, pois um par de braços pequenos me apertaram o pescoço por trás. Se não fosse pelo meu estado debilitado, a minha reação teria sido mais do que um simples pânico...

— Oh, o irmão acordou! Pai, mãe! Vamos, ele está aqui!

— Irmão!!!

— Nosso irmão...!

— Mas, o que...?!

Para confirmar quaisquer dúvidas, eu não tenho irmãos. Muito menos três deles!

— Ei, garoto! Você acordou...

— Ah, ele está bem?

— Vamos ouvi-lo.

Diante da minha pessoa estavam dois adultos particularmente comuns (e inexplicavelmente familiares) de aparência boa e três crianças, as quais eu citei antes, de pele um pouco bronzeadas. Uma herança do lado materno... Dois meninos “normais” e uma menina que tinha uma característica bem estranha para um humano... Ela tinha orelhas de gato, mas não daquelas artificiais que muitas mulheres usam com tiaras... Aquilo era biológico, orgânico, e se mexia. E era um tanto quanto “fofo”.

— Irmão, o que foi? Minhas orelhas estão sujas por acaso?

— Ah, n-não. Eu só achei elas... Bonitas. Eu acho...

— Oh... O irmão está me elogiando. Estou feliz!

— Eba!

— Parabéns, irmã!

— Uh-uh... E as minhas?

— Un... ugh! Ahn?

Diferente das orelhas felpudas, mas parecidas com uma história provinda de livros de fantasia... O homem adulto que me parecia completamente normal, de repente, passou por uma mutação indescritível!

— Miau... Miau. Eu sou “fofo”, também?

Sim...

Não haveria como me enganar.

Aquele homem de estatura mediana e pele clara, uma pessoa normal e “grande”, de repente encolheu! E sumiu...! E um gato surgiu em seu lugar. E o gato miou e falou!!!

— V-você é um gato de verdade?!

— Miau. Eu posso ser. Eu posso não ser. E eu posso “ser e não ser”, ao mesmo tempo! E, por falar nisso... Eu acho as TUAS orelhas muito fofas, miau.

— Huhuhu... Eu gosto da maciez delas! E elas “brilham”. Energia espectral! Você possui muito talento.

Foi a vez da mulher começar a me confundir! Mas, que coisa tosca é essa? Eu sou um gato, também? Será que eu posso “encolher”?

Espere um pouco...

— Eu... Eu me lembro! [Império Livre]. Eu estou aqui? É de verdade? Caramba, eu não posso acreditar no quão realista isso é!

— Então você sabe o que houve...

— Irmão deve ter ficado confuso por culpa do fluxo.

— Sim, sim. Mas ele está bem agora...

— Você pode se mexer? Eu quero te levar um pouco para fora... Um pouco de ar fresco lhe faria bem.

— Boa ideia, irmão precisa se ajustar.

Com essa troca de comunicações, eu entendi... Eles são os “nativos”. E eu sou o “personagem”.

A minha pesquisa começou neste mundo.

— Eu estou jogando agora...

.

.

.

#Continua...