Sistema Prisma

Diário de Bordo: 10


Capítulo 10 – Dia rural

— Thuarr, você já preparou o que levar à nossa aventura entre mãe e filho? Oh, você deve ter o equivalente à quantidade aproximada da renda total de nosso vilarejo.

Aqui estava eu, mexendo em minha bagagem dentro da mochila que ganhei durante o tutorial... Porém, seria um insulto chamá-la disso. Uma sacola ordinária feita com tecido fino e frágil, que pode se rasgar facilmente, e amarrado com um cordão preto. Algumas linhas de costura moldavam esse pano vermelho muito escuro... Deixando-a no formato de uma mochila de aproximadamente 40 cm de tamanho.

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Enfim, eu precisava checar as poucas coisas que eu tinha armazenadas dentro dela...

Enquanto eu mexia em minha bolsa preparando o pouco que tenho, minha "mãe", Arr, veio me auxiliar. Hoje eu vou perambular com ela, ao que parece. Eu acho que ela sentiu um pouco de ciúmes por ontem. Então devo fazer as vontades dessa mulher "mimada e misteriosa".

Hoje eu serei "arrastado" pela minha "mãe". O motivo alegado para isso é que ontem "papai" esteve o dia comigo. Então hoje é a vez da "mamãe". É direito dela monopolizar o filho um pouco. Já que até os "filhotes" brincaram comigo a tarde toda...

Naturalmente ela assustou-se um pouco pela pequena “riqueza” que eu possuía. Tantos cristais coloridos... A “moeda” desse mundo. Mesmo assim... Eu gastei quase tudo na compra desse planeta. E eu vim parar logo em um vilarejo que sofre de escassez... Ainda assim, preciso ser grato por ter vindo parar aqui.

Eu surgi no "Melhor Vilarejo" que existia neste planeta. Possivelmente o único que abrigava as misturas entre raças de [Humanos] e [Meio-animais].

Pelo pouco que ouvi nesses dois dias, as raças são individualistas e querem a própria [Liberdade].

Por isso, esse povo é o mais estranho entre os vários vilarejos espalhados por este território em questão.

Eu sou um garoto. Eu gosto da ideia de me aventurar, caçar e ganhar "Xp". Eu quero realizar missões e eventos fornecidos pelas histórias dos NPCs. Porém, eu me simpatizei com esse povo. Eu imagino que sequer faz algumas horas que o hábito este mundo. O tempo da Realidade é diferente do tempo do Jogo.

Enfim. Esse é o meu segundo dia sobrevivendo nestas terras, como eu disse.

Nós saímos logo pelo início da manhã. Muitas pessoas também estavam indo pelo mesmo caminho, eu acho.

Estávamos seguindo o leito do córrego agora... Demoramos uns trinta minutos nessa longa caminhada.

O vento frio e a paisagem rústica me deram novamente a sensação de que isso é [Real]. Eu não sei expressar direito esse sentimento.

— Chegamos, filho. Bem-vindo ao meu trabalho no campo de plantações.

#Continua...