Novo Amanhecer

Capitulo 01


“Eu era um vampiro e ela era o sangue mais doce que eu havia cheirado em oitenta anos.” – Edward Cullen – Midnight Sun.

Mais um dia, um novo amanhecer na minha triste e vazia existência. A raiva, o cansaço, a saudade e a solidão eram os únicos sentimentos que preenchiam a minha vida, se é que posso chamar isso de vida.

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Como é fácil ser humano, porque a dor e a tristeza podem acabar a qualquer momento! Já eu não posso fazer nada além de passar meus dias lamentando minha “sorte” de ser trocado por um cachorro. Embora eu soubesse que a disputa seria difícil, jamais pensei que perderia.

Jacob sempre fora a pedra do meu sapato, até pensei que pudéssemos ser amigos, mas agora vejo que isso seria impossível. As palavras de Bella ainda ecoam na minha mente com clareza, jamais esquecerei a agonia em seus olhos, a frieza em suas palavras e a certeza de suas escolhas, que estampavam seu rosto.

O som de sua voz a cada palavra era como se uma adaga afiada cravasse em meu coração, não podia acreditar no que ela estava fazendo comigo depois de tê-la pedido em casamento, jurado meu amor eterno. Não, ela tinha que ter um motivo, algo a mais, mas ao fim de tudo, eu simplesmente precisei virar as costas e sair de Forks para nunca mais voltar.

Bella foi clara e decidida no que disse:

Edward, eu o amo, mas não posso ficar com você. Não sei o que eu estava pensando quando acreditei que poderia passar a eternidade ao seu lado, vendo meus entes queridos desaparecerem ao longo dos anos, enquanto eu viveria sempre jovem, forte e talvez sedenta. Não posso viver com a culpa de abandoná-los. Sem contar Jacob, ele se sacrificou por mim e eu também o amo. Acho que o amo mais do que eu imaginava.

Bella, eu não... – tentei...

Deixe-me continuar Edward, preciso fazer isso agora, não me interrompa, não complique ainda mais esse momento de coragem que estou tendo! Eu sei que você e sua família também se sacrificaram por mim, mas a culpa é sua! Se você não tivesse me aceitado no seu mundo perigoso, essas situações todas não teriam acontecido. Desculpe-me, mas agora sei o que Rosalie quis dizer quando ela dizia que eu tenho escolha! E eu escolho o Jacob. Ele é meu sol, e eu tenho certeza que a vida com ele seria mais calma.

Mas e os Volturis? – Perguntei sem saber mais o que dizer.

Eles entenderão. Se precisar irei até eles. Farei o que for possível para que tudo isso acabe de vez. Eu quero que você vá emboraenunca mais volte a Forks, me prometa isso! Se você me ama como diz, deixe-me viver a minha vida. Eu preciso que você prometa Edward que não vai mais voltar e também que não irá aos Volturis ou fazer qualquer coisa para irritá-los! Prometa Edward!? – vociferou ela, ordenando que eu aceitasse e prometesse.

Eu... Eu... Prometo! – falei sem nem entender o que ela dizia. Na verdade eu nem sequer ouvia mais o que ela dizia.

Obrigada, um dia você vai entender. Talvez um dia eu possa explicar melhor! Confie em mim, será melhor para todos. – Disse-me ela por fim, enquanto tocava meus lábios pela ultima vez e me abandonando para sempre.

Eu fiquei ali, petrificado, mudo, sem conseguir assimilar qualquer reação, ou emitir alguma palavra, enquanto Bella se afastava, rumo a Aldeia dos lobos. Ao mesmo tempo em que eu queria gritar, implorar, agarrá-la, outra parte me dizia que era melhor assim. E foi essa parte que venceu naquele momento.


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Os anos seguintes passaram rastejando, aos poucos meus parentes foram seguindo a sua vida, embora preocupados comigo.

Alice, devido à proximidade com os moradores de La Push, não conseguia mais nem ver Charlie, muito menos a Bella, então parou de tentar e resolveu seguir a sua vida com Jasper. Eles resolveram lançar uma grife e trabalham em hospitais psiquiátricos nas horas vagas. Os poderes “calmantes” de Jasper e a alegria contagiante de Alice ajudam à pacientes a superar seus traumas.

Rosalie e Emmet sempre estão casando, em países diferentes, e há alguns anos “adotaram” um recém-criado, um menino de dez anos, que sobreviveu a um ataque inexplicado na Finlândia. Eles têm certa dificuldade, mas estão se esforçando muito para que Maurice aprenda os hábitos incomuns dos “vegetarianos”, e posso afirmar que estão se saindo muito bem. Fico feliz por eles, e também porque com Maurice tomando todo o seu tempo, Rosalie não pode mais ficar me recriminando e repetindo: “eu te avisei” todas as (poucas) vezes que me vê.

Esme e Carlisle se desdobram com a nova rotina de avós de primeira viagem, os pacientes de Jasper, os desfiles de Alice, as trapalhadas de Emmet e as brigas com Rosalie.

Carlisle ainda tem seus projetos e pesquisas no desenvolvimento de um sangue “falso”, que sacie nossa sede e nos mantenha em “forma”, numa eventual luta, embora, particularmente, prefira estar bem fraco, se precisar lutar, assim talvez eu possa dar cabo à minha dor!

Agora nós tínhamos reuniões de família, todos os domingos. Hoje por exemplo todos estão na sala vendo um vídeo que Rose fez de Maurice. Aliás, mais um vídeo, já que ela tem verdadeira loucura por gravar cada segundo da sua nova vida como mãe!

Carlisle ainda tenta me animar, convidando-me para suas viagens, e às vezes me coloco como sua cobaia, em procedimentos menos “evasivos”. Eu sempre torço para que algo dê errado, mas ele é um ótimo médico, e um cientista absolutamente notável, para meu azar!

A pedido de Esme, ou melhor, pela súplica de Esme, não fui morar sozinho, mas sempre que posso viajo, fico alguns meses fora, com a condição de ligar ao menos uma vez por dia. Por conta da minha última crise, em que tentei provocar os Volturis, minha família fica o tempo todo ligada nos meus passos, Alice é meu GPS de plantão.

Não quero magoá-los então tento disfarçar minha dor, fingindo estar bem, mas no fundo todos sabem que nunca mais serei o mesmo.

Mesmo assim, como disse, todos seguiram suas vidas, menos eu... Quis voltar a Forks várias vezes, mas eu prometi a ela e a Jacob que me manteria longe da vida deles, que respeitaria a sua escolha. E no fundo sei que eles estavam certos, seria melhor para eles não sentir minha presença.

Nunca soube se os Volturis a procuraram, ou se ela foi até eles, porque inexplicavelmente, tanto eu como a minha família fomos banidos, proibidos de pisarmos em Voltera.

Hoje Bella faz 25 anos. Queria ligar, saber como está, mas não posso, nem sei o que diria, melhor manter a distancia, embora meus pensamentos estejam sempre com ela, meu mundo sempre será Bella!

A batida de porta de carro me tirou do mundo onde eu estava e me trouxe de volta ao presente. Atentei-me ao som de passos na escada e logo a campanhia tocou.

— Bella?! – foi o que ouvi mesmo sem saber se Esme gritou ou apenas pensou. ...