A Line in the Sand

Capítulo único


Nem sempre reparam em mim, mas sei que nunca me perdem de vista e sentem a minha ausência quando não apareço. Sou necessário e imprescindível, mas entre mim e eles é como se existisse uma fronteira. Uma linha desenhada na areia que não se vê.

Estou sempre calado, apontam-me esse defeito.

Gosto de pensar. Gosto de observar.

Somos um grupo e somos todos tão diferentes.

Adoro saborear a nossa amizade nas pequenas idiossincrasias. O ruído e o silêncio, o fogo e o gelo, a pressa e o vagar.

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Estou atrás da minha bateria, protegido por essa barreira que me rodeia de paredes confortáveis e reconhecíveis. Isolado e quieto.

O Joe estala os dedos e pede-me que lhe mostre o que tenho hoje. Começo, então, batendo freneticamente as baquetas sobre os tambores, os bombos e os pratos.

A linha na areia. Isolo-me no ritmo barulhento que produzo e sei que é o meu mundo.

Os meus amigos habitam esse lugar, comigo.

Eles sabem que gosto deles assim? Desta maneira especial, entre a indiferença e a dependência?

Acho que sim. Todos nós navegamos nos sentimentos antagónicos que nos caracterizam e repuxam – somos essa entidade única, estranha, ambígua, complexa composta por seis cabeças.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.