Little Angel

Capítulo 1 - Juntos como uma família


Haviam pessoas azaradas e havia Jace Wayland.

Um Wayland que nem Wayland mais era, ou nunca fora, e sim um Morgenstern.

Já decidira parar de acompanhar suas mudanças de sobrenome, pois lhe dava dor de cabeça.

E por isso se focava nos fatos, e o principal fato sobre sua pessoa era que era muito azarado. Muito azarado mesmo.

Se houvesse uma escala de azar, a sua possivelmente estaria na estratosfera.

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Viu seu falcão de estimação ter o pescoço quebrado por motivo algum, o pai ser queimado vivo e assassinado, tinha uma relacionamento complicado atualmente com seu parabatai, seu pai voltou dos mortos e aparentemente seu pai era o próprio assassino do seu pai (isso ainda lhe dava calafrios) e por fim, para fechar com chave de ouro, descobriu que a garota por quem se apaixonara era na verdade sua irmã.

É, sua vida não poderia ser mais complicada e traumatizante porque tudo, absolutamente tudo de ruim que poderia acontecer com alguém, sempre acontecia com ele primeiro.

Era como se houvesse uma conspiração mundial onde todos se sentavam e planejavam os piores jeitos de acabar com a sua vida em tempo recorde. E esse pensamento lhe fez rir.

— Por que está rindo, princesinha? Estou pegando leve com você? - um dos capangas de seu pai se irritou com sua risada.

Como resposta, Jace se limitou em cuspir sangue no rosto dele em retaliação. Era infantil, admitia. Mas não havia muito o que pudesse fazer ali em meio a uma surra enquanto estava pendurado por correntes e sem sua estele.

— Basta! - Valentim ordenou, ao se aproximar do filho e lhe dar uma expressão decepcionada, que atingiu Jace em cheio, apesar dele negar isso até a morte. — Jonathan, Jonathan. Olha o que me obrigada a fazer com você. - Seu pai falou ao acariciar seu rosto antes de soltá-lo. — Eles o deixaram fracos, imprudente e desobediente - E ele não pôde evitar se encolher um pouco, pois sabia as punições que sofreria por não obedecer, e seu corpo já estava exausto -, mas eu vou cuidar disso, Jonathan. Vou desfazer e tudo vai voltar a ser como era antes, filho. Descanse um pouco e se limpe. Nos vemos mais tarde.

Jace só suspirou aliviado quando sentiu sua runa de cura ser ativada, e em poucos segundos estava dormindo, completamente exausto.

Não sabia quanto tempo havia passado quando foi acordado por outro capanga que, e um jato frio de mangueira, lhe informou que seu pai o esperava. Vestiu uma muda de roupas secas que e ele lhe foi dada e que consistia em uma camisa de mangas compridas cinza e uma calça surrada que já tinham visto dias melhores. Não havia sapatos ou meias, o que não ajudava em nada no frio.

Seguiu o capanga, viu seu pai sorrindo enquanto provava um molho vermelho, como fazia quando era pequeno e Jace lhe deixava orgulhoso. Era um prêmio.

— Jonathan! - Seu pai lhe cumprimentou feliz. — Prove isso aqui e me diga se não está divino.

— Não acredito que acha que pode me comprar com uma merda de um espaguete. - Chiou e se afastou. Congelou quando viu seu pai estreitando os olhos.

— Isso não é jeito de falar em frente na frente das visitas, Jonathan. Ainda mais quando a visita é uma criança impressionável. - Valentim ralhou com o filho, antes de sorrir docemente para a pequena feiticeira que estava sentada à mesa, tomando um enorme milkshake. — Essa é a Madzie, minha nova amiga. - Valentim a apresentou e Jace sentiu um enorme cubo de gelo no estômago porque agora não era mais só ele que seria punido. E conhecia seu pai o suficiente para reconhecer, agora na fase adulta, de que ele não era companhia para qualquer criança.

— O que ela está fazendo aqui?

— Viu, Madzie? Isso é o que eu comentei antes sobre o meu filho. Ele não consegue apreciar que nossa família esteja reunida novamente. Não entende o quanto isso é precioso, mas você entende não é? - Valentim falou e abraçou a menina, com um sorriso enorme. — Se me ajudar a trazer meu filho de volta como combinamos, eu te ajudo a trazer a sua vovó também.

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Jace tentou correr, mas não conseguiu antes de ver a menina sorrir com suas pequenas mãos começarem brilhando. E em poucos segundos, uma dor alucinante percorreu todo o seu corpo.

Era como se estivesse sendo prensado, espremido.

Tudo girou e quando finalmente parou, Jace vomitou o pouco que comeu no dia anterior e teria ido ao chão se seu pai não tivesse lhe segurado.

— Que bagunça você fez, Jonathan. - Seu pai reclamou, e o colocou sentado à mesa, de frente à menina, que torceu o nariz para o cheiro ruim do vômito e o fez sumir com uma mexida de mão.

Seu pai então começou a servir os dois, como se nada tivesse acontecido, e só então Jace passou a notar as diferenças no local. Em como tudo parecia diferente. maior.

A menina Madzie não parecia tão pequena. Pelo contrário até, parecia maior que ele próprio. Seu pai então virava um gigante. Quando olhou para suas próprias mãos, ele entendeu: não era que tudo parecia maior, e sim ele que parecia pequeno demais.

— O que você fez? - perguntou à meninas com um fio de voz, e se encolheu quando sentiu a mão do pai na sua nuca.

— Agora estamos juntos novamente, Jonathan. Como uma família.