Zara

Filho


Apesar das compras, minha humana comia pouco. Sempre chorando. Estava me acostumando à rotina de fazê-la parar pedindo cafuné.

"Você precisa comer pra procurar emprego." A humana mais velha comentou quando minha humana dispensou o almoço.

"Não seria o contrário?" minha humana brincou.

"No seu caso, não. Você está mais magra... Vou parar de comer também..." a humana mais velha brincou.

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"Isso não é engraçado!"

"E como acha que me sinto vendo minha filha pedir migalhas pra um... Para aquele garoto?"

Ela não respondeu. Olhou pra mim batendo nas coxas me chamando. Apoiei as patas nela e ela começou a me acarinhar.

"Eu sinto que ele vai..."

"Perceber que tudo o que fez foi errado? E vocês vão voltar tranquilamente depois de tudo?"

"Mãe, ele realmente não é obrigado a assumir..."

"Ele é sim! Você não fez sozinha! Só porque ele comprou a pílula isso não é 'fazer a parte dele'"

"E eu vou fazer o que?"

Ambas ficaram quietas. O clima parecia tenso. Miei e minha humana me olhou.

"Sabe que se eu estiver grávida vou ter me afastar de você, não é, Soquete?" minha humana sorriu.

Ela não estava prenha. Pela graça do Pai, não!