Diversus

Nova proposta...


Já fazia dois meses que Evan estava de volta à vida de super herói, agora ele era conhecido como Diversus e tinha a foto estampada na capa de todas as revistas e jornais. Porém, conforme o final do ano ia chegando, ele agora tentava enfrentar um novo problema: levar uma vida dupla, pois sua mãe havia conseguido para ele uma vaga na faculdade de Rebekah, mas como ele ia conciliar os estudos com a vida de herói?

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— Olha Evan, a polícia tá correndo desesperada! - falou Rebekah.

Evan apenas assentiu.

— Você não vai com eles? - ele negou com a cabeça - Por quê?

— Não saímos faz três dias. - suspirou ele.

— Não tem problema, quando você estiver livre é só bater na minha janela que eu irei te atender e sairemos. - sorriu ela.

— Sério?

— Sim, é sério. Agora vai lá e salve a cidade... Diversus.

Evan sentiu Rebekah lhe dar um selinho demorado e sorriu torto novamente, correu até um beco e colocou sua bandana que lhe cobria quase todo o rosto, tirou a roupa de estudante e guardou na mochila a jogando num canto e com seu uniforme todo preto, foi até a viatura de polícia e com ela, começou a aventura heróica.

Logo chegaram numa praça, onde viaturas pararam e os policiais olharam para o telão.

Atenção senhoras e senhores, por muito tempo a NASA confirmou o fim do mundo erroneamente, mas dessa vez temos a presença ao vivo de um asteroide gigante em rota de colisão com nosso planeta no final da tarde de hoje. Essas imagens capturadas numa das sondas enviadas para o espaço mostram o exato momento em que o meteoro passa perto dela e mostra o quão grande é esse meteoro.

Evan sabia que precisava fazer alguma coisa, a pedra gigante estava entrando na atmosfera da Terra e isso era claramente visto de la de baixo, a enorme bola de fogo se aproximava.

Todos olharam para o gigante meteoro e Evan sabia o que tinha que fazer. Abrindo suas asas negras que agora estavam duas vezes maiores, ele já ia se preparando para ir em direção à enorme pedra quando um policial o parou.

— Espere Diversus! - disse ele, o entregando algo que parecia uma máscara de ar.

— Isso é para quando você estiver lá em cima ter ar suficiente para respirar. - afirmou outro policial, Evan assentiu e colocou o tal aparelho e começou a voar na direção do meteoro.

— Gente, eu não acho que é uma boa ideia. - disse Mariana, olhando a televisão na casa de Rebekah.

— Por quê não amiga? - perguntou Rebekah.

— Se ele socar, chutar ou golpear o troço de qualquer maneira, vai causar uma explosão tão grande que poderá fazer uma fumaça tóxica para nós, lembra da catástrofe em Chernobyl?

— Calma, ele é o Diversus, ele vai dar um jeito. - insistiu Rebekah.

— Já sei, vamos fazer uma oração para que dê tudo certo. - sugeriu Tita e as duas concordaram. As três amigas deram as mãos e começaram a rezar.

Enquanto isso, Evan, enquanto sobrevoava na direção do meteoro a quinze mil pés de altitude, começou a ver um filme passando diante dos seus olhos, como se ele tivesse a sensação de que morreria.

Não precisa fazer tudo isso para me deixar orgulhosa, você já me dá orgulho de ser sua mãe por tudo o que faz, você já é o meu herói - sua mãe lhe disse certa vez.

Não importa quem você seja ou o que você faz, eu sempre irei te amar. - falou Rebekah.

— E eu... amo... vocês duas... - sussurrou ele, antes de dar um soco no meteoro que, ao invés de explodir, foi jogado para trás e desviou a rota para fora do planeta, desviando a rota para fora da galáxia.

— ISSOOOOO!!! CONSEGUIU!!! - comemorou um policial.

— Boa Diversus! - aplaudiu outro.

As pessoas na calçada, que viam aquela cena, também comemoraram, Diversus havia as salvo novamente.

— Deu certo. - comemorou Tita abraçando Rebekah e Mariana.

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Diversus sorriu e voou para baixo, acenando para todos e voando de volta pra casa.

Ao final do dia, como prometido, ele foi até a casa de Rebekah, onde assistiram filme e Rebekah lhe ensinou algumas coisas do que estava aprendendo.

Não demorou muito e Rebekah pegou no sono ali mesmo na escrivaninha, Evan a colocou na cama quando ouviu um pigarreio e olhou pra porta, seria Tânia? Aproximou-se da porta e não viu ninguém, a casa estava toda apagada, mas Evan conseguia enxergar no completo breu, então percebeu que não havia ninguém, olhou então pela janela e percebeu algo estranho, um brilho que não devia estar ali.

— Justo hoje deus supremo? - suspirou ele se dando conta de quem era.

— Por favor Diversus, me chame de Jeff. - pediu ele.

— Jeff? Por quê? - ele franziu a testa.

— Eu percebi que você detesta o nome original, então me chame por um mais simples e fácil. Ou prefere Dé?

— Tanto faz, o que o senhor quer?

— Bem, como você já sabe, estive focado em escolher algumas pessoas para se tornarem poderosos iguais a você, mas se você bem lembra, foi trabalhoso demais até você se acostumar com os poderes, aprender a controlá-los e se tornar realmente um herói. Pois bem, agora, encontrei algumas pessoas de bom coração que moram em lugares diferentes e longe daqui, portanto, devido á distância, eu não sou Jesus então não consigo tomar conta de todos ao mesmo tempo, por isso, vim aqui pedir sua ajuda para recrutá-los. - explicou ele.

— Como assim? De que modo eu irei servir de ajuda para você?

— Bom, com seus poderes e habilidades, você pode pará-los, ache uma forma de conter eles e assim os convença a usar seus poderes para o caminho do bem, pois é isso que o mundo está precisando, não é mesmo? Em pleno século 21 não é possível que o mal esteja dominando cinquenta por cento do Universo inteiro.

— Mas... eu, não sei... Se eu for, terei que largar a faculdade, iria recomeçar minha vida agora. - suspirou Evan.

— Calma Diversus, estou querendo o seu bem, irei dar um jeitinho nisso para não prejudicar você. Não confia em mim?

— Confio, mas... não sei.

Houve um tempo de silêncio, Evan olhou para os seus pés sujos de lama até que ouviu-se uma voz novamente.

— Bem, pense com carinho e me responda. Te dou no máximo vinte e quatro horas para responder, se quiser consulte sua família e amigos, mas de qualquer forma, pense...

E assim, ele sumiu no ar novamente e o céu voltou a ficar como antes. Evan caminhou até o lado da cama de Rebekah e se ajoelhou, enqunto acariciava seu cabelo, aquela proposta não saía da sua cabeça.

— Eu não posso perguntar pra ela, nem para minha mãe, todos vão dizer pra eu negar, até minha mãe. Preciso pensar sozinho, mas isso é tão confuso. - sussurrou ele.

Derrotado e cansado, saiu do quarto de Rebekah e foi pra casa, onde depois de um banho relaxante, deitou e dormiu, ele precisava pensar com carinho na proposta dele, o mundo realmente estava correndo perigo como afirmara ou ele só tava blefando? Era muito estranho pois ele nem mostrou os "recrutas".

Pensando assim, deitou-se na cama e dormiu.