Trilhando o Próprio Caminho

Começo de namoro, garoto nada egoísta


— A sua mãe ligou duas vezes. Disse que não consegue falar com você no seu celular.

— Hmmm. – Edward respondeu sem vontade quando entrava em sua sala. Claro que tinha visto as ligações da mãe, mas a estava evitando propositadamente.

— Ela pediu que retornasse assim que possível.

— Obrigado, Sarah. – Impaciente, entrou em sua sala e sentou-se debruçando-se sobre a mesa.

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Remoía o encontro com a Rose e a Bella de mais cedo todo o tempo. Agora a mãe queria tentar induzi-lo a aceitar aquela reunião familiar que lhe era desagradável. Ergueu-se e decidido discou para a mãe. Se estivesse realmente empenhada não iria deixa-lo em paz durante todo o dia.

— Oi, filho! Que bom que pôde retornar.

— Oi, mãe. – Disse já esperando o óbvio que viria em seguida.

— Como tem passado? – Era nítido que era mesmo o que queria saber. Esme tinha sido sim uma mãe atenciosa.

— Estou bem. Como estão as coisas? – Lamentou logo em seguida ter feito aquela pergunta porque sabia que era a deixa para que entrasse no assunto.

— Está tudo bem. Estão todos bem. Seu pai estava um pouco resfriado, mas está melhor. – Edward não disse nada, não queria saber sobre Carlisle. – Pode passar aqui amanhã? Eu iria ficar muito feliz.

— Não podemos nos encontrar em algum lugar depois como fizemos no ano passado? – Edward a lembrou.

— Filho, faz muito tempo que não vem aqui. Sei que é um esforço para você, mas pode fazer isso por mim? É o meu aniversário.

— Parece que agora está apelando para o sentimental. Seria a idade avançando?

— Pode ser, estou bem sentimental nesses últimos tempos. Com certeza tem a ver com a chegada desta data. – A voz de Esme era nostálgica e fez o filho também ter recordações do passado. Sua mão foi até os seus cabelos acobreados, despenteando-os um pouco mais. Estava querendo se livrar das sensações que o visitavam.

— Mãe...

— Eu sei, eu sei que é difícil para você. Eu tento entender, já que só posso supor algumas. Mesmo sendo a sua mãe, você nunca me dizia muito desde pequeno. Edward, eu quase nunca disse isso, mas para mim também foi difícil...

— Não precisa dizer, eu sabia. Estava na cara. – Disse amargurado com as lembranças.

— Ainda é, mesmo que pense que não.

— Como, como pode ser difícil para você agora? Não era o que queria? – Era um pouco mais do que amargura agora, uma pequena vontade de machuca-la. Claro que se arrependia logo em seguida.

— Não pode ser fácil, já que a minha família está dividia. Já que há esse muro entre vocês, entre nós. – A voz do outro lado já não era nostálgica, mas sim melancólica. – Por favor, venha. Fique alguns minutos. – Edward pensou que ela não o deixaria ir apenas depois de poucos minutos.

— Tudo bem, mãe.

— Ah, filho, que bom! – Nada de tristeza, sentia a alegria dela do outro lado.

— Tudo bem, tenho que desligar agora. Até mais. – Ele desligou antes que ela falasse mais. Tinha que processar aquilo tudo, pois estaria de frente com eles depois de um tempo.

Mais uma vez tinha sido influenciado pela mãe. Simplesmente não podia evitar algumas vezes. Mesmo querendo sumir naquele momento, deveria suportar, já que não gostava de não cumprir o que dizia. Esme sabia muito bem disso, ela sabia e por isso o fez dizer que ia.

— Oi, Sarah. Você está elegante como sempre. Precisa me contar o segredo de estar cada vez melhor toda vez que venho aqui. – Era o Emm que chegava. Tinha certeza de que também com a missão de fazê-lo ir ao aniversário.

— Você mesmo disse, é segredo. – Ouviu o som alto da voz de Sarah. Ela estava de bom humor por ser elogiada.

— Tem razão. Não deve dizer, mas posso tentar descobrir.

— Ah, não saberá. – Edward levantou-se e abriu a porta. Os dois olharam ao mesmo tempo em sua direção, ainda cheios de alegria. Emm estava com parte do corpo sobre a mesa e ficou de pé. – O meu chefe não me elogia com frequência.

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— Não pode continuar mentindo assim, Sarah. Hoje mesmo lhe disse que preciso que continue comigo.

— Você elogia o meu trabalho. – Virou o rosto para o seu amigo.

— Eu reparei que você cortou o cabelo e lhe disse que ficou ótimo.

— Isso foi a dois meses. Mulheres precisam de elogios mais constantes.

— Eu devo anotar isso. – Emm apontou brincalhão para ela.

— Está namorando? – Sarah perguntou.

— Eu... – Emm gaguejou enquanto coçava a nuca e olhava sem graça para Edward. – Eu...

— Parece que está.

— Deixo-o em paz, Sarah. Venha, Emm. – Edward o salvou por pouco tempo, já que estava ali para duas missões importantes. Talvez não saísse com vida daquela sala. – Você perdeu o seu tempo vindo aqui. – Disse ao sentar-se. Emm ganhou uma expressão confusa ao sentar também.

— Porque?

— Não veio por causa do aniversário amanhã?

— Sim, claro. Não me diga que realmente não irá.

— Eu vou.

— A Rose me disse que te chamou e... O que? – Emm parou só naquele momento entendido que ele tinha dito “Eu vou” e não “Eu não vou.”.

— Isso mesmo. A minha mãe me ligou e me convenceu.

— Isso é uma ótima notícia. A Esme e a Rose ficarão muito felizes.

— É? – Disse um pouco desdenhando. – Isso é um exagero. Elas têm grandes expectativas quanto essa família e eu acho incrível como gostam de ficar imersas nessas ilusões.

— Não são ilusões. A sua família é legal.

— Legal?

— Aquilo passou. O que importa é o agora. Agora a sua família é legal. Só falta você. – Edward soltou o ar com um riso nervoso.

— Não me enche o saco.

— Só espero que não perceba a família que tem tarde demais.

— Impossível. – Disse sem humor.

— Então tá. Como quiser. – Emm esfregou as palmas das mãos algumas vezes em suas cochas. – Olha, eu chamei a Rose para sair, um encontro. Vamos ver o que vai dar. Estou decidido. Vim apenas te avisar por que o considero um amigo de verdade.

— Eu agradeço a consideração.

— Só isso? – Esperava por mais, claro.

— O que quer que eu diga?

— Como irmão, você teria o que dizer sim e como amigo também.

— Ah... Não sou próximo a ela para dizer algo como um irmão. E como amigo, eu já lhe disse que não é tão interessante namorar universitárias. Cheias de problemas, você já está estável, é uma burrice.

— Você é mesmo idiota. Já disse isso hoje? Eu sinto que devo dizer isso para você no mínimo 20 vezes ao dia. Idiota. – Emm se levantou parecendo chateado.

— Emm! – Ele parou.

— O que? – Olhou de lado para o amigo ainda carrancudo.

— Vamos pedalar hoje?

— É claro. – Disse sério.

— Emm! – O chamou novamente fazendo-o parar já perto da porta.

— O que é?!

— Parabéns pelo namoro. – Emm não conseguiu prender o sorriso de contentamento.

— Valeu!

***

— Eu nem sei porque eu aceitei, mas agora que fiz isso, podemos ir todos? – Bella falava com um pouco de receio dos amigos não aceitarem já que estava um pouco abatidos.

— Acho que seria uma boa ideia. Conhecer gente nova, ver os nossos novos amigos. Seria bom variar. – Jas estava sendo atencioso. Tentava mostrar a esposa que deveria superar.

— Acha mesmo? –Alie perguntou ao marido.

— Sim, no mínimo comerá coisas gostosas que não foi você mesma quem cozinhou. – Brincou.

— Gostei da panqueca que fez hoje. – Sorriu um pouco.

— Aposto que terá coisas mais gostosas.

— Alie, será divertido. Edward foi convidado, mas disse que não iria. Então será ótimo.

— Tudo bem, vamos então.

— Onde ela mora, mamãe?

— Eu ainda não sei, Theo, mas a Rose ficou de me enviar todos os detalhes. – Theo veio sentar em seu colo. Bella sorriu, porque mesmo dizendo que era crescido e agindo como um rapazinho, ele as vezes esquecia de manter a pose e ainda fazia aquele tipo de coisa.

— Terá outra criança lá?

— Eu não sei. – Bella fez uma careta desculpando-se com a falta de informação.

— Não importa. – Ele disse.

— A gente se diverte mesmo sem outra criança. – Jas ergueu a sua mão e Theo levantou-se para ir bater com a sua na dele. – Isso!

— Fico aliviada que aceitaram ir. Depois que eu disse que sim, por causa do Edward... – Bella calou-se, pois notou que Theo estava bem atento.

— Quem é o Edward que está falando?

— Ele é apenas o meu chefe. Vamos, temos que ir agora. – Foi a sua vez de levantar e sair pela tangente com o filho que estava com a curiosidade aguçada.

Dormiram cedo, Bella traçou todos os passos daquele dia para que tudo coubesse em seu dia antes de começar a se preparar para o aniversário. Assim que acabou as suas atividades domésticas, enviou uma mensagem para Rose e perguntou sobre o gosto de Esme.

Rose entendeu que a amiga queria presentear a mãe e garantiu que Esme não ligaria para aquilo. Ela não precisava comprar nada, apenas a presença seria suficiente. Bella insistiu, mas não tirou muita coisa da Rose que estava sem querer dizer.

Levando o seu filho, Bella foi rapidamente em um shopping próximo para comprar um presente. Bella decidiu-se por um par de brincos discretos. Eram simples, mas bem bonitos. Como não sabia o estilo da Esme, aquele parecia se encaixar em qualquer um.

Antes de sair, teve que deixar o filho brincar em um parque instalado dentro do shopping. Antes era raro poder deixa-lo se divertir naqueles lugares. Bella vivia contando moedas e lhe cortava o coração ver o Theo olhar com olhos longos para as crianças lá dentro. Como a situação financeira deles estava melhor, não custava nada deixa-lo se divertir um pouco.

No entanto, demorou-se mais do que havia pensado. Chegou correndo com a Alice quase pronta ralhando com os dois. Bella correu para dar um banho no filho e enquanto ele se vestia, foi tomar o seu. Penteou os cabelos negros do Theo e os seus. Pôs um pouco de maquiagem, alguns acessórios nada escolhidos, apenas os foi colocando no corpo. Pediu para o filho pegar o presente enquanto ela arrumava uma pequena bolsa com seus documentos. Saíram apressados encontrando o casal na porta da casa deles esperando os dois.

— Acha que ela vai gostar? – Alice mostrou o arranjo de lírios que tinha nas mãos para presentear a aniversariante.

— Acho que sim.

— O que compraram?

— Um par de brincos. Eu não sabia o que dar e você roubou a minha ideia. – Bella passou pelos dois e desceram juntos.

— Brincos são bons presentes para uma mulher.

Seguindo o GPS, chegaram a casa dos Cullen. Eram uma casa localizada em um bairro residencial de pessoas dotadas de poder aquisitivo melhor. Eram casas bem dividias e muradas, todas com piscinas e jardins. Apesar da casa não ser a das maiores, era bem aconchegante.

— Que bom que vieram! – Rose estava recebendo-os na porta e os abraçava.

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— Por favor, entrem. – Uma jovem e linda senhora estava ao lado deles sorrindo. Bella imediatamente percebeu as inúmeras semelhanças com Edward. Com certeza, era a mãe dele.

— Agradecemos o convite, Senhora Cullen. – Chutou, Bella.

— Eu que agradeço a presença. Me chame de Esme. – A cumprimentou com beijos no rosto, assim como Alice, Jasper e acariciou longamente os cabelos de Theo. – Você deve ser o Theo.

— Sim.

— Você é um menino muito bonito e parece muito esperto. – Theo sorriu tímido.

— Espero que goste, Esme. – Bella lhe entregou o presente. Sem rodeios ela abriu a pequena caixinha e ficou encantada.

— Já gostei, são lindos.

— Deixa eu ver. – Rose puxou a mão da mãe um pouco para ver o presente.

— São bem bonitos, fazem o estilo dela.

— Não precisa, Bella, mas eu amei.

— Também são para a senhora. – Alice mostrou-lhe os lírios que Esme pegou encantada. Sentiu um pouco do cheiro das flores e ficou maravilhada.

— Foram lindos presentes, irei apreciá-los. Por favor, acompanhem a Rose até a piscina, vamos jantar lá fora. Guardarei os presentes e já irei também.

Vamos. – Rose pegou a mão do Theo e seguiu na frente.

Uma mesa longa de jantar foi posta, com cadeiras igualmente ornamentadas. Pratos delicadamente pintados à mão estavam dispostos, ao lado de uma linda prataria e taças decoradas.

— Lindo. – Bella disse ao ver aquilo.

— A mamãe gosta de receber visitas. – Rose respondeu a surpresa da Bella.

— Vocês são ricos? – Theo perguntou pegando Bella de surpresa, já que não sabia que o filho já possuía aquele tipo de parâmetros de estilo de vida.

— O papai tem alguns investimentos então ele tem um pouco de dinheiro. – Bella não sabia se a resposta tinha sido adequada para um menino de 8 anos e riu de Rose.

— Que foi?

— Nada, Rose. Não sei se ele sabe o que são investimentos. – Disse baixinho.

— Ah...

— Para mim, vocês são ricos. – Jas declarou. – E que bom que o Emm já está aqui.

— Oi, pessoal. Que bom que chegaram. – Emm se afastou de um senhor e foi falar com eles. – Venham, este é o pai da Rose.

— Oi, como vão? É um prazer recebe-los. Espero que gostem da noite. – Ele parecia ter quase a mesma idade da Esme e como ela era igualmente bonito. Os cabelos louros estavam devidamente penteados e alinhados. Totalmente diferentes da bagunça que são os cabelos do Edward. Se deu conta que novamente estava comparando, procurando vestígios de reconhecimento de traços que indicassem que eram pais do Edward.

— Oi, Senhor Cullen. – Jas foi o primeiro a dizer. – Agradecemos o convite.

— Por favor, Senhor não. Sou o Carlisle.

— Ali estão os convidados. – Esme chegava com um casal de idosos.

— Sogros! – Carlisle alegrou-se. – Pensei que haviam pegado no sono. – Ele tinha deixado os dois a um longo tempo em uma sala assistindo tevê e foi conversar com o Emm e a sua esposa.

O rapaz estava dizendo que começaria a sair com a sua filha e gostaria de pedir a sua permissão. Ele não podia recusar, sendo Emm quem era. Nunca havia abandonado o Edward, um amigo leal. Um jovem pé no chão e atencioso.

— Vovó, vovô. – Rose os apresentou. Os dois adoraram ver uma criança ali.

— Não está na hora do Edward nos dar um neto como esse menino? – Irina, uma senhora fofa, perguntou para o marido Demetri.

— Hoje em dia eles querem ter filhos cada vez mais tarde. – Respondeu.

— Mas ela parece bem jovem. – Irina observou.

— Logo Edward nos dará belos netos. Não fique tão preocupada. – Esme mudou o foco, não queria que Bella se sentisse incomodada.

— Quando soube que você viria, preparei algumas coisas que sei que meninos da sua idade gostam.

— De comer? – Theo perguntou ligeiro.

— Também, mas agora quero lhe mostrar outras coisas.

- Sério? – Theo se animou.

— Venha comigo. – Theo olhou para a mãe em uma pergunta muda. Bella fez que sim com a cabeça e só depois se deixou ser conduzido por Esme.

Carlisle serviu um pouco de bebida para todos. Jasper recusou, dizendo que iria dirigir em seguida.

— Porque não dormem aí? A casa tem espaço, assim podem apreciar a bebida. – Carlisle disse simplesmente.

— Não queremos abusar. – Recusou delicadamente.

— Pensem bem, é uma ótima proposta. – Insistiu.

— Obrigado.

Esme estava lá em cima com o Theo. Quando a Rose lhe falou do filho de 8 anos da Bella, recolheu os brinquedos de Edward de quando ele tinha aquela idade e os colocou em seu antigo quarto.

— Uau, brinquedos! Eu não conheço esses brinquedos. – Reparou.

— Eram do meu filho. São mais antigos que você então provavelmente não conheça alguns. São pouco, na época não comprava tantos brinquedos para ele.

— Porque não? Vocês não são ricos? Ricos tem muitos dinheiros.

— Sim, temos um pouco, mas na época não. – Brinque um pouco aqui. Fique à vontade. Trarei algo para você beber. – Esme olhou mais uma vez para trás, vendo o menino conhecendo aqueles brinquedos e recordando do seu próprio filho.

Edward abriu ainda mais a porta que estava aberta e a fechou atrás dele, segurando uma sacola em uma das mãos. Olhou em volta a sua mãe havia redecorado. Tinha ouvido sobre isso algumas vezes quando se falaram por telefone. Parecia que Esme sempre teve um bom gosto e isso ficou mais claro depois que se casou e se tornou a mais nova Senhora Cullen.

Rose havia dito que o jantar seria na piscina, estava indo para lá, mas sentiu vontade de entrar no seu antigo quarto. A porta estava entreaberta, um garoto estava no carpete no meio do quarto com brinquedos que já foram dele em um tempo longe daquele, mas que ele havia se recordado apenas agora.

— Olá. – Disse um pouco incerto. Ao olhar para ele o garoto balançou seus cachos escuros e revelou olhos redondos e de cor avelã. – Você deve ser o Theo. – O menino disse que sim com a cabeça, um pouco desconfiado. Edward sentia-se estranho, apesar dele ser fisicamente totalmente diferente dele, era como ver uma outra versão sua. Era como se ver ali naquele chão brincando. Claro, quando havia mudado para aquela casa já era mais velho que Theo. – Sou o Edward.

— Edward, como o nome da pessoa que escreveu ali. – Ele apontou para a escrivaninha onde estava escrito o seu nome.

— Sim.

— Você deve ser a mesma pessoa. – Concluiu. – São seus? – Apontou para os brinquedos.

— Foram um dia.

— É porque é adulto e não brinca mais com eles? A mamãe é adulta e brinca. A tia Alie e o tio Jas também. Estou tentando ensinar a Rose e o Emm. – Edward não sabia o motivo real, mas riu com sinceridade. – Porque está rindo?

— É porque você é... você é... com certeza uma daquelas crianças espertas e fofas. Claro que seria filho da Bella. – Aquilo saiu de maneira impensada e ele mesmo ficou tentando analisar o que tinha acabado de falar.

— Conhece a mamãe? Você é o mesmo Edward que é o chefe dela?

— A sua mãe já falou de mim? – Edward entrou com a sacola ainda em mãos e agachou perto dele.

— Sim.

— O que ela disse?

— Que você é o chefe dela. – Disse simplesmente voltando a sua atenção para o boneca em suas mãos.

— E o que mais?

— Eu não me lembro. – Lembrava sim de algumas coisas, mas não sabia se podia falar, ainda mais para aquele homem.

— Sério?

— Não lembro, não importa o quanto tente. – Disse sem esboçar nenhum esforço dessa tentativa. Edward riu novamente.

— Se você é o filho da Esme, então a Rose é a sua irmã? – Edward engoliu em seco. – Sim, é, vocês são irmão. Eu não tenho nenhum irmão ou irmã.

— E gostaria de ter?

— Sim, deve ser bom.

— Garotos na sua idade não costumam ser egoístas? Ter um irmão ou irmã significa dividir. Além do mais, tem que haver coisas para se dividir. Se não tiver, como será? – Naquele instante, ele se rendeu e sentou completamente no carpete, pôs a sacola de lado e começou a ajuda-lo a pontar o castelo com os blocos. – Não vê? É um problema.

— Acho que posso dividir mesmo não tendo muito. – Edward parou o que estava fazendo e olhou para o rosto angelical daquele garoto a sua frente. Sim, era mesmo filho da Bella. – Isso só é bonito na teoria. – Edward tateou o seu bolso e retirou o celular que vibrava. – Sim?

— Edward, não vem?

— Já estou aqui, mãe. – Disse irritado pela impaciência dela.

— Aqui? Onde? Porque não entrou?

— Estou aqui dentro, no meu antigo quarto. – Respondeu, levantando-se.

— Já vai? – Theo perguntou.

— Estou indo, mãe.

— Está com o Theo? – Ele desligou e voltou-se para o garoto.

— Tenho que falar com os adultos agora.

Edward caminhou para fora do quarto e ficou surpreso com o garoto do seu lado. Talvez ele quisesse voltar para a companhia da mãe então não disse nada. Estava relaxado, estava precisando daquilo, pois travou lutas terríveis até estar ali. Theo o ajudou a aliviar a tensão, mas algo ressurgia quando viu a família reunida.

Bella soube que Edward iria apenas no momento em que Esme disse que ligaria para verificar onde ele estava. Havia ficado intranquila e tudo intensificou quando viu o filho caminhando lado a lado a ele. Aquilo lhe passava uma mensagem, mas não sabia qual.