Trilhando o Próprio Caminho

Atendendo ao telefonema, o ego dilacerado


— Vamos chamar o Theo para irmos embora. – Bella avançou corajosamente e pegou o seu aparelho da mão dele. Diferente do que imaginava, Edward manteve-se segurando o aparelho, impedindo-a de levá-lo.

Bella ergueu as sobrancelhas surpresa à medida que o olhar dele se transformava em algo como um desafio. Estava claro que levaria aquilo até o fim. Esperava uma resposta que não chegou, pois ela não abriu a boca.

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— Então, vocês se encontraram? Damon te procurou? – Não iria deixar passar porque sentia que estava certo.

— Tem certeza que quer ter essa conversa aqui? – Perguntou ainda segurando o aparelho com ele.

— Parece que irei me desgostar ao saber da verdade. – Edward continuou olhando para ela buscando a verdade. Bella não disse nada, não estava querendo continuar a conversa. O celular tocou novamente e os dois viram que se tratava do mesmo número. – Atenda. – Pediu Edward olhando para o número e depois soltando o aparelho.

— O que? – Bella pensou não ter entendido. Talvez o mais certo seria dizer para não o atender.

— Atenda. – Seu tom de comando soou mais firme pela sala.

— Eu que devo decidir. – Respondeu se sentindo chateada por ter usado aquele tom.

Ele não pareceu afetado pela sua resposta malcriada. Parecia ainda mais decidido diante da situação.

— É, você deve decidir e parece que decidiu dar o seu número para aquela cara. – Era o Edward que acusava sem dó de volta à sua frente. O celular parou de vibrar, aquilo a estava enlouquecendo.

— Eu só fiz isso porque ele descobriu sobre o Theo. – Revidou ainda mais chateada.

— O que disse? – Edward viu a confirmação na expressão derrotada que ela fez. – Como isso aconteceu? – Bella se afastou dele ansiosa, com as mãos na cintura. – Não faz isso, precisa me contar esse tipo de coisa.

— Como se conta esse tipo de coisa sem provocar reações ruins? – Olhou para ele apavorada com a possibilidade de tudo piorar dali para frente. – Você está reagindo assim só por saber que nos encontramos novamente.

— Não é apenas isso, você não me contou e agora ele tem o seu número. – Disse também chateado. – De qualquer forma, você tem que confiar em mim. Se continuar escondendo essas coisas, aí sim pode piorar tudo.

— Eu não escondi, só não sabia como dizer. – Defendeu-se.

— Então me diz, diz de qualquer maneira agora. – A fez parar de andar de um lado para o outro segurando em seus ombros.

— Aconteceu ontem à noite quando o Theo e eu fomos até a praça, o Damon apareceu. Theo estava jogando com uns amigos e o Damon soube de tudo na hora.

— O que ele estava fazendo lá? – Sentiu a inquietação de saber sobre aquilo subir como uma chama. No mínimo, não era algo agradável para se ouvir.

— Ele nos seguiu naquele dia em que nos encontramos pela primeira vez. – Mais uma vez o celular insistia ao mesmo tempo em que Edward sentava novamente, aborrecido demais como tudo estava acontecendo para responder imediatamente.

— E Theo?

— Não sei o quanto ele ouviu, mas parece que suspeita de algo.

— Claro que suspeita. – Edward confirmou. - Precisa atender, saber o que ele quer ou isso não vai parar. – Agora não era uma ordem, mas uma sugestão sincera.

— Eu sei.

— Vamos fazer isso juntos. – Edward havia caminhado de volta para ela rapidamente como se pretendesse resgatá-la de algo. Bella sentiu os dedos que pousavam em seus ombros, moverem-se em quase uma massagem para lhe passar segurança.

— Tudo bem. – Concordou. – Alô. – Atendeu ao telefonema buscando no rosto do homem a sua frente um apoio para suportar o que quer que fosse que Damon dissesse.

— Até que enfim! – Bradou irado. – Até quando pretendia me ignorar?

— Não estava ignorando, Damon.

— Sabia muito bem de que era eu ligando, enviei mensagens também. Isso quase a tarde toda. – Continuou reclamando, externando toda a sua indignação e frustração por ser tratado daquela forma. – Temos um assunto sério para resolver.

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— Estou ouvindo. – Disse tentando ser mais receptiva para resolver aquela situação.

— Precisamos nos encontrar e conversar. Só nós dois. – Deixou clara a sua intenção.

— Sim, podemos nos encontrar para conversar. – Claro que Edward não iria gostar de ouvir aquelas palavras, mesmo parecendo decidido. Viu o exato segundo em que ele vacilou, o canto do seu lábio superior ergueu um pouco, mostrando desgosto.

— O quanto antes melhor. Hoje. – Declarou.

— Hoje? – O nervosismo foi ao extremo e o coração de Bella disparou enlouquecido.

— Sim, não há motivo para adiarmos isso. Vamos nos encontrar daqui a duas horas.

— Daqui a duas horas? Você está brincando?

— Não estou. Não ando de bom humor. Te pego em sua casa daqui a duas horas.

— Prefiro ir por conta própria me encontrar com você, basta me dizer onde. – Bella o ouviu rir com a sua resposta.

— Como quiser. – Disse com certo desdém. Damon lhe disse o nome de um café que não ficava tão longe de sua casa, mas não era um café popular. Era discreto e de um pouco mais de requinte. Bella entendeu que ele queria privacidade.

— Tudo bem.

— Não tente fugir de novo. – Avisou antes de desligar.

— E então? – Edward perguntou com interesse.

— Você ouviu, ele quer conversar. Daqui a duas horas nos encontraremos. – Bella enviou uma mensagem rápida para a amiga Alice, pedindo que lhe fizesse o favor de olhar o Theo por algum tempo e que já estavam chegando.

— Para quem está enviando a mensagem?

— Alice. Pedindo que fique com o Theo. – Respondeu e pretendia chamar o Theo, mas Edward a segurou.

— Espere. Vou levá-la até esse encontro, não precisa correr.

— O Theo pode ficar aqui também. – Sugeriu. – A minha mãe não vai se importar.

— Não vamos exagerar na primeira visita. – Franziu a testa para a ideia. – Preciso encontrar o meu filho em casa quando voltar desse encontro.

— Entendo.

— Vamos. – Fez isso não porque estava decidida, mas para sentir-se mais forte, pegou a mão de Edward e caminharam assim até encontrarem o Theo.

A despedida foi demorada, Theo não queria desgrudar das duas e nem as duas pareciam com pressa de deixa-lo ir e sempre voltavam para algum assunto. Um tempo depois, após muitas promessas de voltarem a se verem e planos para um futuro próximo, rumaram para a casa de Bella.

Alice e Jasper já estavam esperando por eles, mas foi só quando viu a amiga que percebeu que aquele pedido nada tinha a ver com o casal querendo passar um tempo sozinhos como imaginou, era algo sério que estava acontecendo.

— Vem aqui. – Alice a chamou baixinho e foram para a cozinha, para longe dos três.

— Damon. – Respondeu ao olhar inquisidor da amiga.

— Damon? O que isso quer dizer?

— Ele viu o Theo ontem quando estávamos na pracinha e deduziu tudo.

— Ele estava te seguindo? – Alice nunca gostou muito do Damon, e logo tinha a tendência de pensar o pior sobre ele.

— Ele disse que fez isso apenas uma vez, mas a questão é que veio aparentemente conversar comigo e viu a nós dois. – Alice estava preocupada pela amiga e pelo Theo.

— E porque tem que sair assim?

— Ele quer conversar, agora. – Bella cobriu o rosto, sentia que podai chorar.

— Não, não chore agora. – Fazendo que sim com a cabeça ainda mantendo as mãos cobrindo o rosto, respirava fundo. – Isso, respire. Theo vai se preocupar se você chorar e não pode ir parecendo mal nessa conversa.

— Eu sei. – Engoliu as lágrimas que eram doloridas e encarou a amiga.

— Edward vai com você?

— Damon quer uma conversa a sós, mas Edward vai me levar. – Alice se balançou um pouco ansiosa por aquele cenário nada favorável da amiga.

— Sei que é uma conversa para terem, mas não sei se é uma boa ideia estarem sozinhos. Ele te manipulou muito antes e não sei se você está imune a isso.

— Alice é claro que estou.

— Mesmo? – Bella se sentiu ofendida e não respondeu tornando a sua expressão séria. – Não faça essa cara, bem que a senhora sabe porque estou insistindo. – Então Alice se aproximou dela e olhou para os lados certificando-se de não estavam sendo ouvidas. – Aquela história de sentir o coração disparar não me deixa tranquila.

— Você disse para focar no Edward e estou fazendo isso.

— Tudo bem. Vocês têm um assunto para tratar que é o Theo. Não tem mais como fugir disso.

— Na verdade eu só estou indo porque não quero que ele apareça aqui do nada e mexa com o Theo. Mas estou preocupada, pois se por acaso o Damon tiver interesse no meu filho e quiser levá-lo... eu vou ficar despedaçada. Não quero que isso aconteça. – As lágrimas voltaram a surgir, mas ela as deteve.

— Não, não pense isso. Não, isso não pode acontecer. – Alice a abraçou querendo consolar-se também depois de pensar na ideia.

— Tenho que ir. – Disse Bella.

— Vai dar tudo certo. – Garantiu.

— Comporte-se, está bem? – Bella deu um beijo estalado em Theo.

— Sim, eu vou me comportar. Volte logo. – Theo beijou a mãe também. – Você também, Edward. Volte logo.

— Claro. - Os dois saíram de casa em seguida.

Bella arriscou uma olhadela para Edward depois de estarem no carro em silencio por um longo tempo.

— Você está muito quieto. – A resposta foi silenciosa, um gesto afirmativo de cabeça para confirmar a quietude. – Já está arrependido? – O olhar interrogador caiu sobre ela. – De querer um relacionamento com uma mãe solteira. Existe o filho e o ex dela.

— Theo não é um problema, pelo contrário. – Cortou o silêncio para defender o Theo. – E vamos lidar com o Damon. Isso não invalida todo o resto que vivemos e tudo o que viveremos. – Bella queria muito acreditar naquilo, mas o seu temor era ainda maior do que a sua fé no momento. – Chegamos.

Bella estava sentindo frio nas mãos e uma pequena camada de suor se formava nas palmas. Disfarçadamente limpou-as nas pernas, mas Edward as segurou sabendo o que ela fazia. Estavam diante do café em que Damon havia marcado e parecia tudo calmo no ambiente.

— Obrigada por me trazer. – Agradeceu.

Bella puxou-o a nuca de Edward com uma das mãos e o beijou longamente. Saiu do carro ainda com o coração vacilando, insegura de como iria proceder porque não fazia ideia de como aquilo seguiria. Olhou para trás quando ouviu a porta bater quando Edward saiu também do carro e parou ao seu lado.

— O que foi?

— Entrarei também.

— Não, isso pode piorar as coisas. – Explicou. – Damon pode agir por impulso vendo você comigo.

— Eu quero que ele veja que não está sozinha. Não vou deixa-la com um cara desconhecido que esta aparentemente nervoso. – Pegou a mão suada e fria e começou a caminhar com passos decididos, só parando depois de atravessar a porta.

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Edward foi o primeiro a ver o Damon que passou a mão pelos cabelos negros ao vê-los juntos. Sentiu o que parecia ira se avolumar em sua garganta ao notar as mãos dadas dos dois a sua frente.

Damon encarou Edward com expressão de poucos amigos. Lentamente levantou da cadeira, estava espumando de raiva. Foi assim que passou a sua atenção para Bella. Vestida tão lindamente, maquiada, nunca esteve tão linda como naquele momento e estava de mãos dadas com outro.

— Eu deixei claro que a conversa seria apenas entre nós dois. – As palavras mau saiam pelos lábios cerrados pela ira iminente.

— Eu... – Bella gaguejou.

— Eu quis acompanhar a Bella até aqui. Algum problema? – Edward estava provocando o Damon, Bella conhecia esse lado dele.

— Eu acho que não entendi bem o tipo de relacionamento que vocês têm.

— Somos companheiros. – Edward respondeu.

— Companheiros? – Damon achou um pouco divertido, sabia que estava sendo provocado.

— Sim, somos um casal.

— Ah.... Não moram juntos, não é mesmo?

— Andou espreitando bem a nossa vida, mas tem razão, não moramos juntos. Ainda não. – Completou.

— Vamos sentar e conversar. – Bella pediu sentindo que aquilo poderia acabar muito mal.

— Eu não quero que ele fique. – Damon parecia irredutível.

— Damon, Edward está comigo...

— Então vamos parar por aqui, Bella. E sozinho pensarei em como agir daqui para frente. – Foi como uma ameaça que a gelou.

— Você é muito divertido.

— Edward, não provoca.

— Como? – Voltou-se chateado com o que ela disse.

— Venha aqui. – Bella o chamou de volta para fora o café enquanto Damon sentava-se novamente ainda explodindo pela intromissão.

— Eu sei que vai me pedir para ir embora, porque acredita na ameaça dele.

— E eu não devo acreditar? – Disse assustada. – Como você disse, Damon é uma pessoa desconhecida. Não quero magoar o meu filho. Por favor... – Pediu.

— Sentarei em outra mesa. Não estou tranquilo, Bella, você tem que entender também. – Rebateu e a fez considerar.

— Tudo bem.

— Bella, fique firme e se sentir confusa, olhe para mim. – Pediu e Bella assentiu.

Entraram juntos, mas se separaram lá dentro. Edward sentou-se em uma mesa um pouco mais afastada e Bella sentou-se de frente para Damon.

— Esse cara é um intrometido, um boçal. O que ele ainda faz aqui?

— Edward está apenas preocupado. Somos um casal. – Aquilo fez Damon bufar agitado.

— Um casal. – Repetiu. – Desde quando?

— Você não precisa saber. – Se Bella tivesse a mesma mentalidade que antes, pensaria que Damon estava com ciúmes, estava fazendo os mesmos trejeitos de quando era acometido por esse sentimento antigamente.

— Preocupado estou eu por você com esse cara. – Olhou atravessada até onde Edward estava, Bella também, porque estava cada vez mais parecido com ciúmes.

— Não fale como se eu fosse uma criança.

— Uma criança. É por isso que estamos aqui. – Damon tocou a campainha na mesa e logo um atendente veio pegar os pedidos. – Por favor, um Americano e um Cappuccino. Quer algo para comer?

— Não, obrigada. – Bella se irritou pelo fato dele pedir por ela e de acertar, lembrando-se do tipo de café que gostava. Mesmo sob pressão do momento, aquele tipo de coisa reavivava algumas lembranças que mantinha escondidas até então.

— Tudo bem, então. É só isso.

— Por favor, aguardem e logo trarei o pedido de vocês.

— Obrigado. – Damon voltou a olhá-la e Bella buscou desviar daqueles olhos claros que pareciam de alguma forma ainda conhecê-la.

Edward estava adiante fazendo o seu pedido e retribuindo o seu olhar. Ele estava incomodado, claro que estaria. Era uma situação atípica e que não gostaria de repetir.

— Você nunca pensou em revelar a verdade? – Bella olhou para baixo pensativa. – Isso é um não?

— Não. Eu nunca pensei em te dizer sobre o Theo.

— Se eu não te conhecesse diria que foi uma vingança por não ter dito sobre o meu noivado com a Katherine.

— Não, Damon. – Bella sentiu voltando toda a sua indignação passada quando descobriu que era a amante. E não ajudava Damon estar ali quase zombando daquilo. – Eu só não queria ter a minha vida nem a vida do meu filho entrelaçada a sua. Para mim, foi o suficiente.

— Mas agora você aparece com um filho de oito anos como uma bomba na minha vida! – Soltou sem pensar.

— Não fale como se eu tivesse feito de propósito. Foi você o único a me procurar.

— Te procurei porque me arrependi de como tudo aconteceu. Eu te magoei na época, eu sei. Não era a minha intenção. – Lamentou.

— Não, a sua intenção era continuar me fazendo de boba até que se cansasse.

— Não, Bella. – Damon pegou em sua mão sobre a mesa e mesmo que ela puxasse, ele a manteve e olhou em seus olhos. – Eu realmente te amei e queria que ficássemos juntos. Procurei por você depois que saiu de nossa casa, mas não te achei. Pensei em te deixar em paz, já que era o que queria, mas sempre mantive a ideia de que um dia nos reencontraríamos. – Bella pensou que mesmo fracamente havia pensado algumas vezes na hipótese de Damon a encontrar e pedir que ficassem juntos depois que se separaram. Aquilo era uma ilusão, por isso puxou a sua mão.

— Damon, eu não vim aqui para falarmos do que passou. Só quero deixar claro que não precisa ser presente na vida do Theo, não precisa reconhecê-lo nem nada. Viva a sua vida como se não soubesse disso.

— Você não quer que eu o reconheça como filho? – Aquilo abriu uma ferida no seu ego. Bella estava dizendo e mostrando mais uma vez que não precisava dele, nem mesmo de seus pensamentos, sentimentos ou consideração.

— Não espero que faça. Tudo esteve bem até agora.

— Está dizendo que não teve nenhum problema? – Duvidou.

— Não tente falar como se soubesse de tudo. Tivemos nossos momentos mais difíceis, mas sempre fomos nós dois.

— Poderia ter sido nós três? – Damon estava tentando alcança-la de alguma forma mesmo que magoando.

— E mais a sua família. – Disse amarga e senti-o o gosto ruim do que sentia em sua boca.

— Não há família.

— Não? – Foi ela a duvidar agora e Damon.

— Há a Katherine. – Disse desgostoso e baixo. E ainda que tivesse passado muito tempo, Bella ainda podia se sentir humilhada com aquilo.

— Ótimo. Você continua bem com ela e eu muito bem com o meu filho.

— Você vive de aluguel com o garoto. – Reprovou.

— O que tem isso?

— Com a minha ajuda estariam muito melhor.

— E para isso eu teria que continuar a ser sua amante? – O pedido chegou bem no momento em que ela falou aqui.

— Você é inacreditável! – Assim como Bella ignorou os pedidos sendo postos à sua frente.

— Se acha que o Theo é problema para você, não precisa se aproximar. – Sabia que seria muito bom Theo ter um pai presente, mas não queria que fosse um homem que fizesse isso por peso na consciência.

— Quero conhecê-lo. – Não era o que esperava. – Quero conhecer o Theo.

— Tudo bem. – A sua voz estava estranha, quase robótica pelo susto.

Aquilo não apenas implicava que Damon estava indo contra o seu primeiro pensamento de que ele não quisesse o Theo em sua vida, mas talvez fosse ainda pior. O que a presença dele significaria para todos?

— Tudo bem. – Damon repetiu quase sem fôlego como se também não acreditasse no que havia dito. Tudo explodiu em sentimentos estranhos quando a viu querendo manter distância depois de tudo.

— Para isso não precisamos conversar cara a cara. Falamos por telefone para marcarmos uma data. – Bella abriu a bolsa e tirou algumas notas pondo na mesa.

— O que você está fazendo.

— Pagando o meu café. – Bella levantou e sentiu que estava um pouco zonza, aquelas emoções todas não a fizeram bem.

— Sente-se. – Pediu Damon. – Não terminamos e guarde o seu dinheiro. – Estava tendo o ego dilacerado.

— O que mais quer conversar?

— Bella. – Ele tinha o olhar ansioso e antes que sentisse qualquer reação que se arrepender-se depois, abaixou a vista.

— Até mais Damon. – Mas ele se levantou e sem esperar a abraçou forte.