Peripécias

O melhor abraço


Eijirou gostava de abraços. Era um menino alegre e de coração grande, para ele, quando se gosta de alguém, você deve abraçar para demonstrar seu afeto. Com 4 anos sua quirk manifestou-se, por consequência machucou um colega de escola que chorou muito. Eijirou desculpou-se e fora perdoado, mas os acidentes causados por sua individualidade voltavam a acontecer e, as demais crianças recusavam-se a brincar consigo.

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— Eiijirou não pode chegar perto! — uma menina de sua sala gritou — vai acabar machucando a gente!

— Mas eu... — tentou explicar.

— Ah não, Eijirou, vai brincar 'pra lá! – outro menino o enxotou.

Katsuki que também era seu amigo de escola e vizinho, assistiu a cena desdobrar-se e ver Eijirou chorando sozinho no parquinho o deixou triste.

— Ei — Katsuki chegou perto — quer brincar comigo na gangorra?

— Mas e se... e se eu te machucar? — murmurou o garotinho.

— 'Nah... você vai ficar de um lado e eu do outro — o loiro deu de ombros — se você não quiser...

— Eu quero sim, 'Suki — sorriu limpando as lágrimas.

***

Mais tarde, Masaru buscou Katsuki na escolinha. Passaram a pé pelo centro comercial e garotinho deu um pequeno surto ao ver a fantasia de All Might.

— Pai! Pai! Eu quero! — Katsuki apontou para a vitrine.

— Hm... temos que ver com sua mãe. — O adulto parou de falar ao encarar o filho que tinha os olhos brilhantes.

— Pai, por favor — apertou a mão do mais velho – por favor!

Masaru suspirou em derrota. O filho não era de implorar por algo, era muito orgulhoso. Em seus altos 5 anos, o garoto era mais turrão que muito adolescente.

— Tudo bem! Tudo bem! — sorriu acariciando os cabelos do menino — espero que Mitsuki não reclame...

***

Na manhã seguinte, era feriado, Katsuki levantou-se animado. Pediu a mãe para chamar Eijirou para brincar; vestiu sua fantasia e correu para o quintal gramado.

— Eiji, olha só minha roupa! — Katsuki gritou assim que viu o amigo.

— Uau! — o outro ficou boquiaberto — é muito legal, 'Suki!

— Agora você pode me abraçar sem me machucar — contou a ele — vem!

— Mas e se usar minha quirk sem querer? – questionou a criança receosa.

— Aqui — Katsuki apontou para sua roupa que era totalmente acolchoada — ela é fofinha então não vai machucar — abriu os braços impaciente — você vem ou não?

Eijirou apenas aproximou-se e o envolveu os bracinhos no corpo pequeno do amigo. Eijirou gostava de abraços e Katsuki jamais iria admitir, mas seu melhor amigo tinha o melhor abraço do mundo.

Depois de sua mãe, é claro.