Éons de Sangue
Capítulo 3
Henry havia convocado os caçadores para um concelho. O infectado poderia estar falando a verdade. Mas antes, a garota que havia dado o tiro iria a enfermaria. Não que estivesse ferida, mas precisava ganhar seu troféu. Cada furo em sua orelha representava um vampiro caçado e morto por ela. Todos da casa Dortaam seguiam isso. Até mesmo a mais nova membra, Elizabeth, tinha seus 12 anos de idade e 3 furos na orelha. Ela seguia o caminho do pai e líder da organização... Pai este que por acaso era o único que tinha mais furos que a jovem.
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Falou a enfermeira. Ruby Dortaam, a esposa de Henry e mãe de Elizabeth, era quase mágica: a melhor médica da região, mas era conhecida apenas por enfermeira, por ser uma mulher. Isso fora dos muros da mansão, pois dentro… Quem não a respeitasse corria um grave perigo.
— Mais um furo. — Foi a resposta recebida. — Não sinto que mereço esse, Ruby. Eu quase não matei este hoje.
— Oras, mas por que? Não me diga que estava pensando na situação do coitado de novo…
A enfermeira falou, enquanto se aproximava da menina e marcava em sua orelha onde furaria. Katherine a olhou enquanto ela se afastava para pegar a agulha, com um olhar triste, e comentou:
— É que esse me lembrou James. Os olhos, eram iguais. Mas no final, o matei. Só que ainda continuo pensando no que ele disse…
— Ah, eu ouvi. — ela parou de falar rapidamente enquanto realizava o furo. — Ele realmente acredita que o rei cairia tão fácilmente?
— Eu não sei. Mas que deveríamos verificar, deveríamos.
— É para isso que Henry convocou os outros. E você deveria estar lá, é a melhor de todos.
A jovem riu de sua colega, e com um aceno de cabeça, seguiu em direção a sala de jantar, onde às reuniões aconteciam. Estavam todos os caçadores do grupo sentados na mesa, mais ou menos 15 pessoas, a esperando. Assim que ela se juntou a eles, Henry começou a explicar para os que não estavam presentes o acontecimento com o infectado, e eles começaram a debater sobre o que fariam. A solução encontrada seria ir investigar a fundo em um dos bailes reais, onde o tal vampiro certamente estaria.
Mas seria difícil colocar um dos deles dentro de um baile real com armas e roupas de batalha, e ainda precisariam de um convite para entrar…
— Eu vou. — disse Katherine. — Consigo esconder armas na saia do meu vestido e posso usar roupas mais práticas por baixo deste. E eu tenho James.
James era seu pretendente. Ele morava numa fazenda longe da vila, mas vinha todos os dias se encontrar com a garota. Além disso, era rico, e sempre era convidado para as festas reais.
Todos os caçadores concordaram. Eles sabiam que Kath era boa caçadora e se viraria bem por lá, mas alguns acharam que não seria seguro sozinha. Mesmo assim, todos chegaram a um acordo, e finalmente, um plano estava montado.
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