Nas profundezas do mundo inferior, um vento fétido começou a emanar da entrada do Tártaro.

Uma energia cósmica antiga estava se agitando. Preparando-se para renascer.

O tempo não poderá parar. A voz antiquada e envolvente ecoou do Tártaro. O tempo de ouro impuro irá se esgotar, e a Era de Ouro iremos recomeçar.

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Se houver bruxos, serão meus inimigos.

Se houver meio-sangues, serão meus inimigos.

Se houver servos do Olimpo, serão meus inimigos.

E para isso, eu convocarei meus aliados.

Convocarei o senhor dos relâmpagos das trevas.

Convocarei o senhor das galáxias e das criaturas abissais.

Convocarei a senhora da profecia e da lua.

Convocarei o senhor do ébano, da visão e do sol.

Convocarei o senhor das perfurações, das dimensões, da vida humana, da morte e da arte.

Convocarei a senhora do esquecimento e da memória.

Convocarei o senhor das inundações.

Convocarei a senhora das divindades e da fertilidade.

Convocarei a senhora da luminosidade e da chama.

Convocarei a senhora do julgamento.

Convocarei a senhora das águas fecundas.

E o tempo irá se esgotar para os olimpianos.

Todos aqueles que foram humilhados pelo Olimpo serão recompensados por mim. Todos farão parte do meu reino.

— Meu senhor – disse uma voz. Uma mulher de idade avançada, baixa, atarracada e mal-encarada surgiu na borda do precipício do Tártaro. – Sua serva se apresenta.

A energia ancestral reconheceu a presença, que se ajoelhou, falando para as profundezas.

— Trago alguém que você deve querer ver. Ele retornou para o nosso lado.

Ela bateu palmas. Uma figura de smoking, alta, de cabelo negro e preso num rabo-de-cavalo, com óculos escuros redondos e arranhões no rosto e na pele, se materializou ao lado dela.

O cosmo maligno das profundezas ecoou uma gargalhada satisfeita.