Uma Canção de Sakura e Tomoyo: Finalmente Juntas
Vamos, garota! Toca essa bola pra frente!
Capítulo 47
Vamos, garota, toca essa bola pra frente!
Bilbao, Euskadi, Espanha
30 de junho de 2016
I
Sakura Kinomoto estava em seu consultório na Universidade de Deutso, arrumando alguns papéis quando recebeu um telefonema de Nakuru.
— O Chi tá estranho, é? — perguntou Sakura, no telefone.
— Sim. Desde aquele dia que ele voltou do jogo do Barça…
— Como assim, Nakuru?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Ele… Não joga mais bola com os irmãos… Ele só quer saber de contar, contar e contar… A gente até tentou dar um tabuleiro de xadrez pra ele, mas… Ele fica mais analisando as jogadas do que jogando com os irmãos! O Iñigo tentou tirar ele dessa, mas tá difícil…
— Ah… — disse Sakura, estupefata. — Ele não tem pai não?
— Claro que tem! Ele até tentou levar o Chi pra jogar bola, mas ele meio que não gosta de usar a camisa do Real Madrid, sabe? Ficar no meio de tanta gente que ele não conhece… A gente já tá preocupado…
— Nakuru, fala pro pai dele que eu vou pegar meu filho aí. Já começa a fazer as malas que eu tô chegando.
— Você vai vir hoje, Sakura?
— Agora mesmo! Ok?
— Certo! Vou fazer as malas então…
— Até daqui a pouco, Nakuru! — disse Sakura, encerrando a ligação. Ela olhava para a tela do aplicativo e se perguntava preocupada o que estava acontecendo. Talvez fosse a distância entre eles. Enquanto pensava, uma rajada de vento soprou das janelas fechadas do consultório.
— Ai, ai, ai, ai! De onde veio esse vento?
Dona Beatriz apareceu na frente dela. Sakura ficou assustada, mas depois pensou nas suas Cartas Sakura que estavam na mão dela e sentiu um pouco de raiva.
— Dona Bea?
— Sakura, quanto tempo, não?
— O que a senhora faz aqui? Aconteceu alguma coisa?
— Você suspeita que pode ter acontecido? — perguntou a mulher.
— Meu filho… Tá agindo estranho, tá se isolando…
— Não sinto nada com o seu filho. Se alguma coisa tivesse acontecido, a gente saberia. — disse Bea, seca e direta. Sakura se sentiu contrariada ouvindo a resposta dela.
— Sei… Você e seus agentes… Sempre vigiando a gente… Sempre…
— Eu entendo a sua frustração, Sakura, mas eu preciso te dar um recado…
— Recado? Que recado?
— Não dependa só das Cartas Sakura. Pode parecer que não, mas… Elas fazem de você mais fraca.
— Mais fraca? Eu dependo delas pra lançar magia! Como não depender delas?
— Me desculpa te falar, mas não posso falar no momento. Nem o ministério sabe que eu tô aqui…
— Não sabe que você está aqui? Que maravilha! Dona Beatriz mijando fora do penico! Quem diria! Vai catar coquinho, vai!
— Eu estou falando sério! — berrou Dona Beatriz, agarrando a mesa do consultório de Sakura. Cristais cresceram em volta da mão dela. Os olhos da maga ficaram brancos com o poder instantâneo que ela liberou. A cardcaptor ficou assustada com o gesto brusco e com o poder monstruoso dela. — Faz um ano que a Ordem não ataca, né?
Sakura se calou.
— É bom você se preparar pra ela, pois ela vai se preparar pra você… Vou indo… — disse a Maga suprema, saíndo na mesma rajada de ar que veio. Sakura ainda estava contrariada.
— Sei… Vou querer saber do meu filho que é mais importante! Você é que se vire pra me proteger! Quem mandou pegar minhas cartas?
II
— Fessora, sabe o que pode ser isso? — perguntou Sakura. Ela e a professora Begoña Oihartzabali andavam pelos corredores da Universidade, sentindo a brisa das montanhas no rosto.
— Olha, Sakura, meu diagnóstico como psicóloga de formação é que não é falta da mãe, vocês se falam todos os dias. Nem tampouco do pai, mas é normal ele não querer vestir a camisa de um time que ele não gosta.
— Mesmo que seja do pai?
— Mesmo que seja dele… Sakura, você tem que falar com ele e perguntar o que aconteceu no jogo pra ele não querer jogar bola mais… De longe é difícil falar uma coisa mais certa…
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Vou passar as férias com ele! Vou pegar ele hoje e então, vou conversar sério com ele!
— Cuidado pra não assustar o menino, viu? Querer e não querer jogar bola é uma decisão dele, mas se isolar demais… Aí já aumenta o alerta…
— Brigada, fessora…
— Você sabe onde vai passar as férias, Sakura? Vai ficar aqui em Euskadi mesmo?
— Eu tava pensando em passar as férias na casa de uma amiga minha, mas ela vai viajar a trabalho agora em julho… Ela foi promovida, sabe…
— Tô vendo… Então, não vai coincidir mais, né?
— Pois é… Por isso, vou ver se eu vou pro sul, pra Sevilha… Tá mais quente, né?
A professora Bengoña sorriu.
— Quando se cansar do calor, volta, tá?
— Claro que sim! A senhora é a minha orientadora… Só vai ser um mês… — disse Sakura, animada. A professora baixou a cabeça e olhou para a grama.
— O que foi?
A professora deu um abraço apertado em Sakura.
— É uma honra, Sakura, ser sua professora…
— Fessora…
Begoña apenas sorriu. Um fio de lágrima escorria de seus olhos e a mestra correu pelos corredores da escola. Quando voltou a abrir os olhos, um brilho vermelho saiu deles.
III
— Estranho… Vou mandar uma mensagem pra professora… — disse Sakura, acessando o whatsapp. Enquanto digitava, ela recebia uma ligação. Era Sonomi.
— Alô, Sonomi-san! Tudo bem com a senhora?
— Oi Sakura, boa tarde! Queria saber como você está…
— Ainda bem que a senhora me perguntou! Acredita que a Dona Bea apareceu aqui?
— Apareceu? Como assim?
Sakura olhou em volta desconfiada, sentindo uma energia estranha ao redor.
— Quando eu chegar em casa, eu falo melhor, mas só sei que eu não senti coisa boa vinda dela…
— Hum… Entendo… Sakura… Em vez de você me ligar, o que acha de vir passar as férias aqui com a gente?
— Passar as férias com vocês? Puxa! — disse Sakura, surpresa. — Mas a Tomoyo não ia viajar?
— Não agora… Só o pessoal que tá mais envolvido com a parte de marketing do clube vai na excursão. Como ela faz parte da parte de projetos e ainda tem muita coisa a definir antes de sair por aí, a diretoria achou melhor que ela ficasse aqui mesmo.
— Bem, se teve essa mudança de planos… Vou passar as minhas férias com vocês então!
— Como você me deixar feliz com essa notícia, Sakura!
— Posso trazer o Chi?
— Claro que pode!
— Tá certo. Vou pegar o trem-bala em Madrid e me encontro com vocês na estação amanhã…
— Você me deixa muito feliz mesmo com essa notícia!
— Eh…
— O que foi?
— Sonomi-san… O Felipe e a Sophia… Eles não vão achar ruim não?
— Ruim? Para com isso, Sakura! Quem tem que achar ruim é eu aqui pela sua falta de consideração! — berrou Sonomi, num tom dramático no telefone.
— Tá bom, tá bom! Eu vou Sonomi, eu vou!
— É isso aí! Vamos, garota, toca essa bola pra frente! — disse Sonomi.
— Hoe?
A ligação tinha terminado. Sakura ficou sem entender aquilo, mas depois, a ficha caiu.
— Não sei porque, mas acho que a Sonomi não gosta que eu fique me limitando por conta do Felipe… Mas eu também não quero atrapalhar nada… — disse Sakura, com as bochechas vermelhas.
Continua…
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