Agathe
Bonjour
Eu observo, como sempre observo os humanos. Coisas tão frágeis, pequenas.
“Ela pode fazer essa troca?”, a morta pergunta.
“Pode, se desejar”.
“Mas não se vive duas vezes”, retruca.
“Nunca. Há diferença entre estar vivo e viver”, falo. Gosto da morta. Ela ecoa com esperança. “Estar vivo é uma falca”.
“Eu posso vê-la? Tocá-la?”.
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Ela ainda morreu faz pouco tempo. Ainda lembra o gosto da vida, o toque do amor. Ela toma a mim como sua inimiga, que irá retirar dela quem ela ama. Tola. Isso fará o tempo.
“Depois?”
“Depois: nada”
“Deixa-me passar”.
Obedeço.
Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.
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