Miguel

Portinari


Os alunos esperavam ansiosos pela chegada do professor, e as inquietudes começaram; não tardou e o lugar começou a se assemelhar a um cavalo ensandecido, derrubando o cavaleiro, a xerga e a sela. Porém, o equino não permaneceu indomado; chega um homem alto, o cabelo curto, a pele escura, um anel reluzindo em seu dedo e respingos de tinta na camiseta, e uma atmosfera de silenciosa curiosidade toma a sala. Com a face inexpressiva, sem sequer vislumbrar seus alunos, coloca o seu nome em letras sinuosas e claras:

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Prof. Miguel.

Num canto da sala, uma figura familiar lhe sorriu.