Miguel

Cézanne


Estava no banco de trás do carro, como sempre gostou de ficar. Seu pai externalizava um solilóquio:

“Filho, sei que ela pensa de forma esquisita… e que a maneira como fala é desrespeitosa... mas... às vezes, temos que resistir a essas coisas. No mundo, nem sempre encontraremos pessoas com visões de mundo boas. Na verdade, isso é raro… E você é raro, filho… não tem que deixar aquela mulher ridícula estragar isso em você. Mostre ao mundo que você tem sentimentos bons… e isso vai valer muito a pena”

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Percebeu que o pai chorava.

“Pai.”

“Diz, meu filho.”

“Está na contramão.”