O que você está fazendo? – Adrien questionou, enquanto eu corria de um lado para o outro na cozinha. Estava com pressa para terminar, embora o meu vestido esteja quase pronto, não gosto de fazer as coisas com tempo no limite.

— Doces.

— Pra quê?

— Mamãe vai levar ao abrigo. Amanhã eles vão fazer uma comemoração ao aniversário da fundadora. – expliquei – Vai ser tipo um evento beneficente. Meus pais vão vender coisas da padaria lá, mas esses doces são especiais para os organizadores do abrigo.

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— Legal. – continuei colocando os ingredientes para fazer macarons na tigela. – Quer ajuda? – parei o que estava fazendo e encarei Adrien – O que foi?

— Você? Cozinhando?

— Primeiro você diz que eu não sei costurar, agora que eu não sei cozinhar. Por que você me odeia? – ri do drama no seu tom de voz.

— A primeira fornada já está pronta? – meu irmão apareceu e questionou, vindo até mim. – Ah, oi Agreste. – Adrien apenas acenou para ele.

— Sim, está pronta.

— Vou levar pra embalar então. – Kim pegou a bandeja e saiu. Ele estava ajudando os nossos pais na padaria, fazendo doces e salgados para vender no dia do evento, enquanto eu fiquei encarregada de fazer os macarons para o pessoal da organização.

— Milagre ele não perguntar de eu conseguiria cozinhar para uma família. – comecei a rir. É bem a cara do Kim perguntar isso mesmo. Talvez ele estivesse cheio de coisas para fazer e só por isso não falou nada – Agora será que eu posso te ajudar?

— Pode, mas espera eu dizer o que você precisa fazer antes de tudo. – Adrien pegou um dos aventais cor-de-rosa, o colocou e parou ao meu lado.

— Você acha que está falando com uma criança?

— Pra falar a verdade, sim.

— Ei! Você só me ofende. – me inclinei na sua direção e depositei um beijo na sua bochecha, fazendo ele sorrir – Melhorou.

— Ok, agora vai coando a farinha com calma.

— Sim, senhora.

***

— Tudo pronto e embalado. – esfreguei as mãos uma na outra e sorri, fazendo uma pose depois de ter terminado tudo. – Nem acredito que terminamos tudo com antecedência ainda.

— Pois é. Graças à minha incrível ajuda.

— Ah tá. – concordei em tom irônico, mas o que Adrien tinha dito era verdade. Só não queria dar motivos para ele ficar se vangloriando.

— Vocês vão ir amanhã, certo? – minha mãe questionou e eu olhei para Adrien.

— Eu planejava terminar o vestido.

— Eu te ajudo mais tarde.

— Adrien... – ele veio até mim e passou os braços ao redor do meu corpo.

— Vamos, vai ser bom a gente se divertir um pouco. Podemos chamar a Alya e o Nino.

— Isso. Seria bom chamar os seus amigos, Marinette. – Adrien me encarava com uma cara de gato pidão. O que era muito fofo.

— Tá bom, então.

— Ótimo! – minha mãe sorriu.

— Que bom que vocês vão também. – Kim passou no meio de nós dois, fazendo com que a gente se separasse.

— Ei! – protestei e meu irmão riu, bagunçando o meu cabelo – Eu vou te bater.

— Wow, calma não vale a pena. – meu namorado brincou me segurando, por mais que eu não tivesse saído do lugar.

— Olha quem falando, você bateu no seu primo.

— Ele mereceu.

— Concordo. – Kim e ele fizeram um toque, enquanto eu balançava a cabeça em negação, com sorriso no rosto. Eu amo esses dois idiotas.

***

Eu e Adrien encontramos Alya e Nino na frente do parque, aonde haveriam várias barraquinhas de venda de comidas e etc. Tipo no dia que eu fui no piquenique com Adrien.

— Nathaniel e Marc vão vir também.

— Que legal, finalmente vamos conhecer o misterioso namorado escritor dele.

— Verdade.

— E o Luka também vai vir. – Alya disse cuidando Adrien pelo canto de olho. Meu namorado virou pra nos olhar.

— Já conversamos sobre isso. – falei para o loiro, que assentiu.

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— Eu sei, estou perfeitamente bem. – comecei a rir do jeito que ele tinha dito e segurei o seu braço.

— Eu te amo, sabe disso, não é?

— Talvez.

— Para de bobeira, ou eu te bato.

— My lady, você anda muito agressiva. – sorriu – Mas eu estou brincando, eu sei que você me ama. Eu também te amo.

— Olha que lindos. – Alya disse para Nino – Agora parem com essa besteira e vamos encontrar os nossos amigos.

— Tá bem. – levantamos as mãos em sinal de rendição e seguimos ela.

Não demoramos muito para encontrar Nathaniel e Marc. O nosso amigo apresentou seu – quase que – namorado, que era um amor de pessoa, apesar de ser um pouco tímido, assim como eu.

Luka chegou logo em seguida e cumprimentou todos nós. Adrien pareceu estar bem com isso. E eu esperava que sim, porque eu realmente gosto de Luka como meu amigo e esperava que ele se desse bem com o meu namorado.

— O que vamos fazer primeiro?

— Jogos? – Nino sugeriu.

— Eu quero um ursinho! – fiz uma cara fofinha para Adrien, que apertou a minha bochecha e riu.

— Você sabe que eles são impossíveis de ganhar, não é?

— Por favor, meu amor! – juntei as mãos e ele abriu a boca em choque.

— “Meu amor”? – colocou a mão sobre o peito, como se as duas palavras tivessem tocado o seu coração e eu assenti rindo. Adrien respirou fundo e fez uma pose heroica – Pois bem, eu lutarei para conseguir um ursinho para você, querida.

— Eu ajudo. Sempre quis ver os donos das barraquinhas quebrarem a cara quando alguém ganha. – Nathaniel disse e puxou Marc. Os três foram correndo e Alya foi atrás filmando, o que foi muito engraçado.

— Aquele jogo de atirar é pra três pessoas, vamos? – Nino sugeriu e eu e Luka concordamos indo atrás dele.

Nino pagou a primeira rodada, que foi um desastre. Depois foi a minha vez de pagar e estávamos melhorando e por fim Luka pagou a última, que já tínhamos ido bem melhor. Ganhamos algumas fichas para gastar em outros jogos.

— Cadê o Adrien e os outros?

— Devem estar brigando pelo seu ursinho ainda. – Nino deu de ombros e eu ri. – Vamos procurá-los.

Nós três saímos lado a lado e enquanto eu andava na multidão, sem querer bati meu ombro em alguém.

— Ai! Olha por onde anda! – era Chloé – Ah, são vocês!

— Chloé? O que você faz aqui? – era estranho ver a loira em um evento desse tipo.

— Fui na padaria dos seus pais comprar macarons, mas tinha uma placa dizendo que eles estavam vendendo aqui. Então estou procurando.

— Eu sei aonde eles estão, quer que eu te leve até lá?

— Pode ser. – ela deu de ombros.

— Eu já volto. – Nino e Luka assentiram e voltaram a procurar Adrien e os outros, enquanto eu ia caminhando ao lado da loira. – Com todo respeito, mas não imaginei que você fosse comprar os macarons pessoalmente.

— Ás vezes eu vou. Quando estou entediada. – Chloé tinha apenas uma amiga, provavelmente por conta do seu comportamento meio excêntrico, por isso essa frase me deixou pensativa. Talvez ela estivesse se sentindo sozinha e por isso tinha saído e vindo até aqui. Talvez não fossem bem macarons que ela procurava.

— Você... Quer jogar? – parei e apontei para uma das barraquinhas.

— Quê?

— Tipo, jogar comigo?

— E por que eu faria isso? – a loira fez careta. Talvez não tenha sido uma boa ideia mesmo.

— Esquece. – balancei as mãos e voltei a caminhar.

— Dupain-Cheng, espera! – ela chamou e eu parei novamente – Podemos... Jogar. – percebi que ela relutou em dizer aquilo. Sorri e fui na direção do jogo de argolas.

— Duas chances por favor. – gastei duas das fichas que ganhei no jogo anterior e o moço entregou cinco argolas para mim e cinco para Chloé – Obrigada.

— Se acertar três ou mais ganha um urso. – ele instruiu.

— O que eu faço com isso? – Chloé as segurou com uma expressão confusa, parecendo nunca ter visto algo do tipo na vida.

— Você tem que jogar e tentar acertar a boca da garra. – ela pareceu ainda não ter entendido – Vou mostrar. – joguei duas, a primeira errei e a segunda acertei.

— Entendi. Eu acho. – ela jogou a primeira e acertou.

— Boa! Parabéns

— Eu sou incrível! – comemorou, me fazendo rir. Ainda era Chloé no final das contas.

Não conseguimos nada nas duas primeiras chances, porém eu comprei mais duas e por incrível que pareça, eu consegui ganhar um ursinho. Chloé não ficou satisfeita em não ter ganhado e tentou mais três vezes até que conseguiu – eu a ajudei um pouco depois que eu ganhei, embora o maior mérito tinha sido dela.

Eu e Chloé nos divertimos muito enquanto jogávamos, eram risadas para o todo lado e xingamentos engraçados quando não conseguíamos. Quem diria que um dia nós duas nos encontraríamos naquela situação. Foi completamente inesperado, mas eu com certeza adorei.

A verdade é que nunca chegamos a nos odiar, ou coisa do tipo. Chloé apenas não interagia comigo ou com os meus outros amigos – exceto com Adrien, mas na infância –, pois ela sempre se achou melhor do que todos por ser filha do prefeito da cidade. Apenas com Sabrina, que era praticamente a sua assistente. Porém, depois de um tempo, acredito que a amizade com Sabrina esteja mudando ela aos poucos. Agora Chloé era legal – do jeito dela, mas ainda assim legal.

Eu meio que estava feliz por essa mudança, afinal, no fundo ela era uma boa pessoa.

— Não acredito que conseguimos, normalmente é muito difícil.

— Pois é. – ela disse. – Acho que formamos uma boa dupla. – olhei para ela, que parecia ter notado o que disse depois – Q-Quer dizer... Hum...

— Eu também acho. – sorrimos uma para a outra. – Ah, e não falta muito para que eu termine o seu vestido, caso queira saber. Posso te enviar uma foto de como está ficando.

— Ótimo.

— Quer que eu te leve até os meus pais agora?

— Pode ser.

Saímos caminhando lado a lado, enquanto eu fitava ela pelo canto de olho. Chloé sorria discretamente, parecendo estar verdadeiramente contente, o que me deixou muito contente também.