Amor além da razão

Aceito sugestões


Após o almoço, na qual foi servido um prato típico de Maranguape (jerimum), dona Cândida fez um pedido especial a seu Ptolomeu quando estava deitada em sua cama o observando estudar na escrivaninha.

—Ptolozinho, o que acha de darmos uma volta?

—Um passeio?

—É, andar por aí, sabe?

—Não sei se é uma boa ideia, minha querida. O vento pode atrapalhar na leitura do material e muita coisa pode nos distrair dos estudos, além de que…

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Mas não é pra estudarmos, oras!

—Não?

—Claro que não. Você precisa afastar um pouco a cabeça de toda essa informação. Parece até que está em algum doutorado ou pesquiza muito importante. Você já é o melhor aluno da sala.

—Acho que não vai fazer mal darmos uma voltinha por aí.

—Eba! - Dona Cândida exclamou em meio a pulinhos sentada na cama. Logo parou quando viu seu Ptolomeu não tirar a atenção dos livros.

Problema logo resolvido quando ela se levantou da cama e foi em sua direção, fechando o livro e o puxando pelo braço.

Aquele suave toque da pele macia da garota despertou a mesma sensação de instantes atrás quando a mesma o havia perguntado o que é o amor. E se não detalhasse firmemente usando o método científico, não sabia outra forma de descrever o que sentia.

Uma explosão de adrenalina no sangue junto com quantidades absurdas de dopamina e serotonina, o que causava prazer, conforto e dependência.

Desceram as escadas rapidamente, passando direto pela sala:

—Pai, vamos dar um passeio!

—Um passeio? - Perguntou Raimundo para si mesmo. - Esse cabra nunca sai de casa… Vai ser bom pra cabeça dele.

Recordando-se de que seu filho estava acompanhado pela jovem e doce Cândida, pensou qual seria o real motivo do seu repentino interesse por outras atividades.

—É… estudar é bom, mas não é tudo.