Caros leitores, vocês que por anos acompanham as aventuras de meu estimado amigo Sherlock Holmes, já estão acostumados com sua habitual falta de tato. Não é que ele seja má pessoa, mas é que em inúmeras ocasiões ele fala exatamente o que pensa e não percebe que isso acaba por ofender ou magoar aos mais sensíveis.

Ao contrário do que muitos dizem, ele tem sim um coração, porém apenas poucas pessoas conseguem presenciar a demonstração de tal fato. Eu mesmo, sendo seu colega e morando durante anos no mesmo apartamento, pude poucas vezes testemunhar isso. Por trás de seu brilhante intelecto e da frieza, que ele próprio faz questão de aparentar, eu posso afirmar sem sombra de dúvidas, que ele é de carne e osso como eu e você e que também sangra, sofre e se magoa. Atrevo-me até a dizer que um dia, ele possa ser capaz amar. Apesar de Holmes não demonstrar com muita frequência, esse seu lado mais sensível acaba por transparecer em alguns casos, como o que relatarei a seguir.

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O referido caso se deu há alguns anos, mas eu ainda não tinha pensado em expô-lo, por medo de que desagradasse meu colega, porém para minha surpresa, ele não fez objeção que eu tornasse público o caso que eu costumo chamar de “A Dama do Coração Partido”.