Anônima

Capítulo 4 - Ruar


— Entra você!

— Não, você primeiro!

— Eu não vou me meter nisso de novo.

Depois de uma fuga má sucedida, recheada de discussões entre os três amigos, Draco passou o braço sobre os ombros de Hermione e perguntou:

— Por que a gente trouxe ele mesmo?

— Porque ele está triste com o término. — Hermione resmungou.

— E aí vai sair com você? — Ele deu risada. — Não é à toa que a Anônima diz que vocês sempre voltam.

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Pararam em frente à porta e olharam de um para o outro, nenhum deles parecia ter a intenção de ser o primeiro a ir.

— De quem foi MESMO essa ideia estúpida? — Ronald perguntou, enquanto espanava a ferrugem da calça; pular o portão da escola não foi tarefa fácil.

— Eu vi o Harry saindo e não parecia nada bem, vindo atrás da Gina desse jeito — Hermione repetiu outra vez. — Draco falou que elas fugiram logo depois do Simas e do Dino.

— Então, Harry vai ficar arrasado, quando vir minha irmã agarrando o ex, já sei — Ron também repetiu a mesma constatação de antes. — Mas por que ELE está aqui?

— Porque é uma ótima desculpa para sair da escola assim. — Draco falou simplesmente. — E porque, apesar de tudo, são meus amigos também.

A lufada de ar que o Weasley soltou não foi nada discreta, então Hermione o empurrou pela porta do Três Vassouras.

Apesar de não acreditarem em clarividência, lá estava Ginny, agarrada de um modo nada ortodoxo a Dino, apoiados no balcão; enquanto Simas e Astoria conversavam na mesa do lado, bebendo cerveja. Todos muito concentrados no que faziam para reparar nos novos clientes no bar.

— Tem certeza que viu ele saindo? — Ronald perguntou, olhando ao redor, em um insucesso na busca por Harry.

Mas Draco nem o escutou, viu a porta dos fundos entreaberta e saiu naquela direção, de algum modo, tinha certeza que ele estaria lá.

— Caramba! Sei que sempre falei que você era um lixo, mas não achei que acreditasse. — Ele tocou Potter com a ponta do pé. — Vem, vamos lá pra dentro.

— Eu não quero entrar, prefiro o lado de fora. — Estava tão obviamente bêbado, que Malfoy precisou segurar a risada. — O que você tá fazendo aqui?

— Vim te salvar, princeso. — Draco se abaixou, rindo, e o ajudou a levantar.

— Não preciso que me salve — Harry reclamou, sem se afastar.

— É, precisa sim. Vem, vamos dar uma volta, vai te fazer bem.