Era possível distinguir de longe a criatura se movendo sob as águas. O jeito que a cauda se movia em sincronia com as ondas no mar, deixava-me paralisada, há somente alguns metros de distância daquilo.

A respiração ficou presa em minha garganta, dolorosamente. Como se eu tivesse me esquecido como se respirar por um instante, tamanha magnificência da visão a minha frente. Nenhuma notícia ou foto faria jus à sua beleza.

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Era a primeira vez que eu via uma criatura como aquela. De tirar o fôlego. Meu coração batia descompassado, enquanto algo me dizia para seguir a criatura para onde ele quisesse.

Ele escolheu uma pedra e se debruçou sobre ela, parecendo recuperar seu fôlego por um instante. Era nítido que estava cansado. Seu peitoril bronzeado e marcado subia e descia rapidamente, no compasso de sua respiração pesada.

A criatura me olhou, esticando uma das mãos timidamente em minha direção, chamando-me. Minha razão fez com que eu estagnasse no lugar, e enfiasse as mãos no bolso de minha bermuda khaki, como se aquele movimento me impedisse de continuar a andar em direção a ele.

O que quer que ele fosse.

Ele deixou a cabeça pender para o lado, me analisando por tempo demais com seus olhos claros, e sorriu. Meu coração dobrou a passada, e eu me vi tirando os shorts e em seguida a blusa do uniforme, ficando somente com o maiô preto de natação, jogando toda minha razão literalmente por água abaixo.

Nadei em sua direção e quando estava perto o suficiente de seu corpo, senti sua cauda passando por minhas pernas, dando-me sustentação para que eu não afundasse.

— Achei que não fosse me acompanhar. – a criatura sussurrou em meus ouvidos.