Deep End

Surpresa desagradável


P.O.V. Eleonor.

Nunca pensei que veria meu filho outra vez.

—Você quer que eu te dê um momento?

—Não.

—Henry...

—Eu não quero ouvir. Podia ter me escolhido, mas foi egoísta. O nome da minha mãe era Julia e ela morreu! Está enterrada no cemitério de Los Angeles.

Sim, ele estava com raiva e eu já esperava isso.

—Eleonor?

Me virei.

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—Olá Maxi.

—Você está viva! Mais ou menos.

P.O.V. Doutor Fitzroy.

Não pode ser. Estou ficando louco. Fui até lá e ela estava falando com o Henry.

—Eleonore?

—Olá Maxi.

—Você está viva! Mais ou menos. Todo este tempo, o vampiro que te atacou não te matou.

—Me atacou? E quem te disse que fui atacada?

—Eu.

—Certo. Você estava lá. Minhas memórias humanas estão ficando cada vez mais borradas. Mas, eu não fui atacada filho. Eu fui transformada. Elizabeth não me atacou, ela me transformou.

Ela estava mais linda do que nunca. Os cabelos loiros tão sedosos, a pele pálida sem nenhuma imperfeição, seus olhos antes azuis, agora eram vermelhos. E ao seu lado estava uma mulher, mulata, cabelo afro. Ela também era vampira.

—Eu sempre estive lá, mesmo que você não soubesse filho. Sei que Julia te criou, vocês gostavam de ir ao parquinho brincar, você adorava ficar sentado no balanço. Eu gostava de entrar pela janela do seu quarto e ver você dormir.

—Acha que isso vai fazer eu perdoar você por me abandonar?! Eu te odeio sua vadia!

Henry virou a mão na cara dela e eu ouvi um barulho de osso estalando.

—Ai a minha mão!

O povo envolta tudo olhando.

—Cacete isso dói.

O Doutor Cullen veio com uma maleta na mão.

—Venha comigo rapaz.

Havia uma sala cheia de equipamentos médicos. O Doutor tirou uma radiografia da mão do meu filho e enfaixou-a.

—Foi só um entorse, vai ficar bem.

—Socando a cara duma vampira? É, ele é mesmo meu parente. Se virasse vampiro seria um recém-nascido durão que nem a Bella.

—Aquela vampira era...

—Sua mãe. É, a gente sabe.

Certo, vampiros tem audição sobrenatural.

—Você está bem Henry?

—Com a mão quebrada, mas vou sobreviver.

—Sinto muito.

—Não. Eu sinto muito que arruinei seu aniversário.

—Bem que você queria, mas a festa só tá começando. Agora temos uma múmia.

Henry riu.

—Cara, vocês são feitos de que?

—Nossa pele é dura como um diamante.

—Diamante é usado pra cortar vidro!

—Eu sei.

—Posso prescrever um remédio para dor.

—Que nada vovô. Eu vou enfiar champanhe nele que a dor passa. Vem Henry.

—Obrigado Doutor e sinto muito pelo barraco.

—Eu não sou ninguém para me meter. Assuntos de família são sagrados.

P.O.V. Henry.

Cara, só ela. Descubro que minha mãe tá viva, que virou uma vampira, que é lésbica e me abandonou. Viro a mão na cara dela, quebro minha mão, estrago sua festa de aniversário e ela me diz que tudo bem. Só a Hope Volturi.

—Não precisa ficar se não quiser, ou falar com ela. Se quiser ir embora eu vou entender.

—Você a convidou sabendo que eu viria e que ela era minha mãe?

—Sim. Ela é uma vampira e para melhor ou pior sou a Tribrida, sou uma Cullen e uma Volturi. Meus aniversários não são só meus, eles são políticos.

Eu entendo. Deve ser uma droga.

—A gente se acostuma.

—Ei, sai da minha cabeça!

—Eu não estava, mas sou boa com expressões faciais.

Depois que o Doutor me enfaixou nós voltamos para a festa e eu decidi não deixar essa mulher estragar mais nenhum dia da minha vida. Sofri por ela por anos, por sua ausência, por pensar que estava morta. Mas, não mais.

—Me daria a honra desta dança?

—Claro.

—Oh, e feliz aniversário.

Disse estendendo o embrulho pra ela.

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—Obrigado. Oh, você não precisava.

—Claro que eu precisava.

Estávamos dançando e bebendo champanhe.

P.O.V. Eleonore.

Fazia muito tempo desde que fiquei tão perto do meu menino e vê-lo dançando e bebendo champanhe. Foi reconfortante.

P.O.V. Doutor Fitzroy.

Estou com meu ego ferido por descobrir que minha primeira falecida esposa não está assim tão falecida e me trocou por uma mulher? Com certeza. Mas, ela pôde fazer isso com o Henry? Abandoná-lo? Ele é o filho dela!