Ellie ama o Natal

Papai Pool e o Tio Aranha


Ellie adorava o Natal.

Na semana antes da data ela aproveitava as férias decorando a casa com seu pai e seu padrasto.

Ficava pintando as bolinhas vermelhas com a carinha do Homem-Aranha ou Deadpool. A estrelinha que ia em cima da árvore tinha uma bonequinha que parecia consigo. A melhor parte era pendurar todos os enfeites na árvore e pela casa.

Seu pai a pegava no colo e perguntava:

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— Pronta?

Ela vestia seus óculos de piloto, braços estendidos pra frente pronta para voar como o Homem de Ferro e confirmava:

— Pronta.

Wade então dava passos pra trás pra pegar impulso, voltava correndo e a lançava, que ria passando pelas teias, segurando em uma para escorregar por ela, se sentando como num balanço. Peter logo aparecia descendo de cabeça pra baixo e lhe entregando a estrela para ela colocar no topo da grande árvore.

Voltava a se balançar pegando outra teia, fingindo que estava numa performance de circo, enquanto pegava da caixa que o pai segurava as bolinhas.

Tudo terminado, eles podiam brincar de espiões. Ellie dando cambalhotas e tentando imitar os saltos do pai, falando com ele no seu radinho.

— Papai Pool, na escuta? — dizia ela, se escondendo atrás de uma parede do seu quarto, imaginando que seu pai estaria na sala.

— Sim. O pássaro saiu do ninho.

—... mas que pássaro?

Wade riu do outro lado da linha:

— Peter, Ellie. Espiões falam em códigos.

A ideia eram que os dois estavam tentando pegar o Spidermam.

— Aaaah... verdad- Ah! — Se assustou quando o seu “alvo” a puxou pela teia e pegou seu radinho.

— Sua parceira está comigo agora, o que vai fazer Deadpool?

Ellie cobria a boca pra não rir, sendo segurada pelo seu tio Peter em um dos seus braços.

— Muito sexy você tentando bancar o vilão, Petey.

Esse comentário do esposo foi o suficiente para lhe fazer girar os olhos, enquanto sua enteada prosseguia rindo se balançando em seu braço.

— Wade, não sai do personagem.

— Eu sou o Deadpool. Deadpool sempre flerta com o webs, essa é a regra. Não é Ellie? Papai tem sempre que elogiar a mamãe, certo?

— Certo. — confirmou ela se divertindo vendo seu tio bufar.

Ela sabia que seu pai chamava Peter de mamãe só quando era para o irritar.

Logo seu pai apareceu com arma d’água quase espirrando na cara do Peter que se desviou a tempo por um triz.

— Devolve minha princesa! — gritou o Wade.

— Nunca!

E voltaram para seus papéis.

Na véspera era ajudar a cozinhar o jantar. A cozinha acabava numa bagunça com farinha pra todo lado pela guerra que começou, mas pelo menos os biscoitos estavam no forno.

Leite, brownie e biscoitos para o Papai Noel.

Limpar a cozinha com panos nos pés, imaginando estar patinando. Depois ir para sala ver Quebra Nozes.

Wade desligou a tv quando o filme terminou e ela fez bico já sabendo o que viria depois:

— Está na hora de ir para cama, Ellie. — disse Peter com o seu pai concordando num movimento de cabeça olhando para ela.

— Por que não posso ficar acordada até o Papai Noel chegar?

Deadpool brincou com seu nariz.

— Nada disso mocinha. Se tiver acordada ele não vem.

— E você fica sem presente. — Peter completou.

Bufando, ela ajeitou em seu pijama e lá foi subir acompanhada deles. Sentou no colo do seu pai sobre a cama, para ouvir a história que ele contava da Mulan. Deitando a cabeça contra o peito dele, ela ria baixinho enquanto o tio Aranha pintou o nariz de seu pai de vermelho e depois vestiu-o com chifres de rena.

De manhã, Wade fazia suas famosas panquecas que o doce aroma percorria a casa toda. Usava a calça estampada com Homem-Aranha e uma camisa branca qualquer. Desmascarado, que era o comum ao estar em casa. Sua filha e seu parceiro preferiam olhar para seu real rosto.

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— Bom dia, baby boy.

Peter entrou na cozinha e animado pulou ao que rapidamente Deadpool largou o que estava fazendo para pega-lo em seu colo e receber uma serie de beijos de bom dia, que quase lhe fez perder o equilíbrio. Parker o envolvendo com suas longas pernas expostas pois usava um short de dormi. O que cobria ser corpo era aquele moletom vermelho com Deadpool estampado.

Era bom que o natal o deixava com um bom humor ainda melhor e obviamente Wade tirava proveito.

Depois do Peter lhe soltar e se dirigir a mesa do café, não antes de levar um tapa forte e estalado na bunda:

— Ai! Wade!

— É mais forte do que eu.

Ellie veio correndo gritando “bom dia" e indo direto a sala. Puderam ouvir ela dando pulos de alegria e com certeza era pelos presentes embaixo da árvore.

— EU GANHEI!

Voltou pra cozinha correndo.

— Eu ganhei meu arco e flecha! — Sacudia o brinquedo na frente deles.

E foi abraça-los. Primeiro ao tio sentando e ao seu pai que fazia cada vez mais rodadas de panquecas. Afinal ele e principalmente Peter eram um saco sem fundo.

Mas ela não os agradecia pelas as razões “corretas”, afinal ainda era uma criança e não poderia imaginar que em vez do Noel foram eles a lhe comprar os presentes:

— Obrigada pai e tio Peter por me ajudar a falar com Papai Noel.

— De nada Ellie.

— Sim, filha, vá se sentar pra comer agora, guarda seu brinquedo pra depois.

E foi se sentar a mesa para comer as panquecas com a Nutella.

Ela nem precisava saber que formam eles que compram. Ou porquê não podia comer os brownies mágicos da vovó Al — ela sabia nem o que significava eles serem “batizados” — mais tarde no almoço. Só a torta da vovó May era “livre” dessas coisas.

Só que era divertido ter o tio Peter e seu pai em qualquer dia do ano. Era bom ver seu pai feliz daquele jeito também.

Com certeza ela estava certa, o tio Aranha é da família de assistentes do Papai Noel, e como seu papai ficou um adulto bem comportado, Papai Noel ajudou os dois a ficarem juntos. Seu pai sempre foi encantado pelo Homem-Aranha, era um bom presente para fazer ele feliz. Tudo fazia sentido, por isso gostava tanto de passar o Natal com eles.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.