Lago dos cisnes

Sumiço


Mais um dia passou e Odette virou humana novamente enquanto olhava pro seu lago solitário,não havia praticamente ninguém lá,ela já havia aceitado que havia nascido pra ficar sozinha mas não conseguia parar de pensar em Siegfried,ela tinha que encontra-ló e alerta-ló sobre sua irmã malvada,quando ela resolveu ir atrás dele algo chamou sua atenção,Odette quase desmaiou quando viu o rosto dele.

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—R-Rothbart? - perguntou ela tremendo.

—Olá meu docinho,já faz um bom tempo não? - perguntou o bruxo.

Odette tentou fugir mas Rothbart jogou uma espécie de feitiço nela e ela caiu no chão,em seguida ele soltou uma risada malvada.

—Você é ainda mais fraca e covarde do que eu pensei,que nem sua irmã costumava ser - comentou Rothbart.

—Como assim costumava ser? - perguntou Odette.

—Digamos que eu dei um empurrãozinho pra que ela finalmente mostrasse ser o que sempre foi - respondeu o bruxo.

—O que fez com ela? Porque você a adotou? Quem é minha mãe? Porque me transformou em cisne? - Odette perguntava assustada.

—Calma princesa,uma pergunta de cada vez,sua irmã Odile era tudo que eu precisava,já você eu resolvi descartar,você não servia pra mim - explicou Rothbart.

—O que você fez com a minha mãe biológica seu desgraçado?! E porque me transformou em cisne? - Odette perguntou.

—Sabe você me lembra muito sua mãe,ela também era afrontosa,uma pobre coitada que apodreceu e foi esquecida que nem você será um dia se resolver entrar no meu caminho - Rothbart disse.

—Desfaça a maldição! - gritou Odette.

Rothbart riu.

—Não,não e não,eu ainda preciso do cisne branco e além do mais,acho que você fica melhor assim - comentou Rothbart.

Em seguida o bruxo transformou a moça em cisne novamente mesmo sendo a metade humana do dia dela e foi embora deixando-a arrasada.

Na vila,uma camponesa chamada Maia tentava falar com Luna sobre como alimentar os animais que estavam ficando com fome,mas ela parecia estar no mundo da lua.

—Luna? Luna! - chamou Maia.

—Oi? -Luna perguntou finalmente acordando de seus pensamentos.

—Eu estava perguntando sobre que comida dar pra os animais - disse Maia.

Maia sempre ajuda Luna quando ela precisava,embora não fosse tão próxima dela,ela sempre gostava de dar conselhos pra jovem,ela tinha um cabelo cacheado preto e usava um longo vestido branco,seus olhos eram castanhos.

—Ah,me desculpe,dê capim pra eles,eles comem tudo,não se esqueça de colocar água também - disse Luna suspirando.

—O que há com você? Eu conheço essa cara - falou Maia.

—Não é nada - mentiu Luna.

—Luna,você sabe que pode confiar em mim,eu sempre ouvi você e você sempre seguiu meus conselhos - disse Maia.

Luna suspirou novamente com a cara fechada mas com medo nos lindos olhos azuis que tinha,era extremamente raro ver Luna com medo nos olhos.

—O Phillipe foi infectado ontem...-ela foi explicando.

—AI MEU DEUS! ELE ESTÁ BEM? - gritou Maia.

—Sim,está,não se preocupe,eu fui até a casa de um vidente procurar por um antídoto e não pude deixar de ficar curiosa sobre o meu futuro e o futuro da vila,se eu realmente iria conseguir salvar todos como eu sempre lutei e se eu teria um futuro tranquilo e feliz com o Phillipe...mas ele me disse que eu vou me apaixonar por outra pessoa - contou a arqueira.

—Não brinca! - exclamou Maia colocando as mãos à boca.

—Disse que essa pessoa irá me enlouquecer de todas as formas,que eu me sentirei mais culpada do que nunca por estar apaixonada pela pessoa e que tentarei de todas as formas lutar contra isso mas não irei conseguir - Luna completou.

—O que você vai fazer agora? - Maia perguntou.

—Bem,eu prometi a mim mesma nunca me apaixonar por outra pessoa que não seja o Phillipe,seja homem ou mulher,e garanto que vou cumprir essa promessa até o fim,não importa o que Raif fala,ele não me conhece - Luna disse com firmeza

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—Mas mesmo assim você tem medo - comentou Maia.

—O que? Não! Eu não é medo é só preocupação - Luna explicou.

—Luna,você é a pessoa mais corajosa dessa vila,todos incluindo eu admiram muito sua extrema coragem,mas as vezes até mesmo os mais corajosos tem medo,é normal sentir de vez em quando,não precisa ficar com vergonha - Maia disse.

Luna ficou calada,ela não estava com medo,repetia isso pra si mesma sempre,ela não teria medo algum nunca,seria sempre corajosa e forte como seus pais eram.

—Vamos fazer o seguinte,você e eu deviamos visitar o tal Raif agora mesmo,pedir pra ele explicar melhor sobre isso - sugeriu Maia.

—Sim,vamos fazer isso - concordou a arqueira,talvez só esclarecendo aquilo ela iria conseguir tirar todos aqueles pensamentos e angustias da cabeça.

No castelo sombrio de Tenebris, um homem vestido com uma armadura de aço entrou no enorme quarto luxuoso da rainha por quem tinha tanto tesão assim como todos os outros soldados do castelo.

—Aqui está minha rainha,como sua majestade pediu - ele falou e entregou o frasco que ela havia mandado.

—Ótimo - disse ela olhando pro frasco com o sorriso malvado e satisfeito de sempre.

—Bom,vossa majestade me prometeu uma recompensa - insinuou o soldado se aproximando dela.

—Está bem,vou lhe dar 200 do ouro que eu tenho - disse Odile ainda sorrindo.

—Só isso? Que tal eu decidir? Gostaria de uma noite de sexo com vossa majestade - pediu ele.

Odile soltou uma risada sexy e malvada e em seguida virou de costas se afastando dele.

—Meu corpo não é pra qualquer um,Nikolaev - falou ela.

—Eu não sou qualquer um majestade,sou o cara que mais te fará gozar - disse ele se aproximando.

—Saia já daqui,Nikolaev - mandou ela meio sem paciência.

—De jeito nenhum,não até conseguir minha recompensa - ele disse com um sorriso maléfico atrás dela,ela se virou pra ele.

—Ah,você quer sua recompensa? - sussurrou Odile sorrindo enquanto mexia no rosto dele.

—Sim - ele respondeu.

Odile deu um rápido beijo sexy nele e depois se separou,ele olhou pra ela com satisfação,ela pegou uma faca e cortou o pescoço dele,ele caiu no chão tentando fugir e conter o sangue mas não adiantava.

—Aqui está - falou Odile olhando pra ele no chão.

Flashback on

No dia seguinte da tentativa de fuga da menina Odile Rothbart,ela resolveu falar com o jovem que tinha a impedido e falado com ela,apesar de ele ter atrapalhado tudo,ela não estava nem um pouco com raiva dele,não conseguia parar de pensar nas palavras dele,ela sempre achava que não merecia ser feliz e que nunca conseguiria isso,mas as palavras do menino mexeram com ela,por um instante surgiu esperança dentro dela,talvez,apenas talvez ela pudesse ter um pouco de felicidade um dia.

—Posso falar com você? - perguntou ela pro jovem assim que o encontrou,ele abriu um sorriso ao ve-lá.

—Claro! - ele respondeu.

Eles foram andando até a ponte do castelo onde separava duas torres,a noite estava fria e escura mas nenhum dos dois ligava pra isso.

—Peter,eu só queria agradecer pelas coisas que disse,significou muito pra mim mesmo que eu ache que estão erradas no meu caso - Odile falou.

—Bom,acho que eu mereço uma recompensa não? - perguntou ele sorrindo.

Odile riu um pouco.

—Que recompensa? - ela perguntou.

—Saber mais sobre você,pra começar,porque acha que as minhas palavras estavam erradas? - perguntou ele.

—Bom.você disse que não valeria a pena fugir,mas acredite,é o meu maior sonho,sair daqui pra sempre fugindo de toda minha vida de escrava - explicou Odile.

—Vida de escrava? Como assim? Eu achei que ficaria feliz de se casar com o rei - disse Peter confuso.

—Não,de jeito nenhum,eu não o amo,nem o conheço direito,ele é nojento - ela falou com uma risadinha sem graça,Peter riu junto.

—Mas então porque se casou com ele? - perguntou o garoto.

—Meu pai me obrigou,como sempre obriga desde que eu sou criança...ela fala o tempo todo que me ama e que só quer o meu bem,mas eu acho que o que ele quer mesmo é uma escrava pra fazer tudo que ele mandar e usar para os planos dele - explicou Odile séria e triste.

—Sério? O que ele fazia? - perguntou Peter curioso e com raiva do pai da recém rainha de 15 anos.

—Bem,ele sempre me batia e gritava comigo,sempre me falou que o amor torna a pessoa fraca,já me obrigou a matar gente que fez mal pra ele,falou pra eu nunca ter piedade de quem está no meu caminho e pra eu sempre obedecer ele,mas eu não quero nada disso,eu tenho a impressão de que sempre houve uma escuridão dentro de mim que Rothbart faz de tudo pra soltar,mas eu faço de tudo pra evitar - Odile disse.

—Não escute ele,você é incrível,a menina mais bonita e guerreira que eu já conheci,quer dizer...que eu estou conhecendo - disse Peter sem graça e cada vez com mais raiva de Rothbart.

—Bom,obrigada,mas não,não te contei a história toda,eu já tentei fugir uma vez,quando eu era criança,não aguentava mais a vida que tinha e simplesmente enlouqueci,mas não consegui,meu pai descobriu e impediu,ele ficou furioso por eu ter desobedecido ele e me colocou o pior castigo de todos pra lembrar do que irá acontecer comigo da próxima vez que eu não obedecer ele,ele me transformou em um... - Odile iria completar mais parou angustiada.

—Em um o que? - perguntou Peter.

—Quer saber? Acho melhor pararmos por hoje,eu não estou me sentindo bem - falou Odile e saiu correndo.

—Odile! - Peter tentou gritar mais não adiantou

Flashback off

Luna e Maia estavam no meio da floresta,Luna vestia sua capa verde e estava com seu arco e flecha,enquanto Maia não parava de gritar: Senhor Raif!

—Silêncio! Acho que eu já encontrei o local - falou Luna e se aproximou da casa,Luna reconheceu a velha e pequena casa que havia visitado na noite anterior,mas por algum motivo não parecia mais a mesma.

—Vamos entrar - disse a arqueira,Maia entrou tremendo de medo daquela casa enquanto Luna entrava com o arco estendido pronta pra qualquer perigo que aparecesse ali,mas elas apenas encontraram a casa destruída e cheia de sangue.

O vidente havia sumido