Não tão doce

P.O.V. Heaven.

Eu voltei para a escola ontem á noite e ainda bem que eu voltei. Parece que Jonathan, o menino que se suicidou era um aluno brilhante, mas estava envolvido com drogas. E encontrei um outro garoto fuçando no armário do falecido.

—O que está fazendo aqui?

Ele pegou um ursinho que tinha um pen-drive dentro.

—A sua mamãe ainda te cobre á noite? Você não deveria mexer no que não é seu.

Tomei o ursinho e o pen-drive dele e me mandei. Deixando aquele humano apavorado e sozinho lá.

Depois do fim de semana... olá Winter.

—O que sabe sobre açúcar?

—Oi, eu estou bem. Como foi o final de semana.

—Desculpe. Oi. Então, o que sabe sobre açúcar?

—Do tipo que se coloca no café?

—Não. O outro tipo.

—Isso não é a minha praia.

Eu sabia disso. O sangue dele é limpo. Não tem traço algum de drogas lícitas ou ilícitas.

—Ora, vamos... supostamente você é a minha Winterpédia pessoal.

—Ok. Sais de banho, sabe?

—Do tipo que se coloca na banheira e deixa o banho cheirando a lavanda?

—Do tipo que te deixa maníaco e homicida.

—Com sais de banho?

—É. Todas as substâncias são legais então...

—Eles tem justificativa diante do tribunal. Isso é popular?

—Está brincando? É um negócio milionário!

—Acha que alunos daqui estão usando?

—Olha em volta, a mesada deles é maior do que a renda de muita gente da classe média. É aqui que começa a moda das drogas.

Credo.

—Então, estamos no ponto zero? Quem diria. Sabe, eu não tenho nada contra ter dinheiro, mas ganhar dinheiro ás custas dos outros, de sua saúde, de seu bem estar... isso é mais do que mal, é vicioso.

E o nome que botaram nesta droga sintética é... açúcar. Porque os humanos tem que ser tão... autocentrados?