New Rules 2
Eye Of The Hurricane
Marinette acordou com uma dor horrível no pescoço. Tinha dormido em cima dos livros. Pelo menos não estava atrasada, já que era sábado e não precisava se preocupar em ir para a aula – ao menos isso.
— Oh droga! – murmurou esfregando o olhos e se espreguiçando em seguida.
Olhou no celular e não havia nenhuma mensagem de bom dia do seu namorado, como normalmente enviava. Estranhou mas deu de ombros, talvez ele tivesse conseguido um descanso merecido e estaria dormindo um pouco mais do que o normal.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!A garota escovou os dentes, lavou o rosto e desceu para tomar o café da manhã.
— Bom dia. – seus pais não responderam, então notou que eles estavam tão concentrados na televisão, que sequer tinham notado a presença da filha. Marinette foi até eles, saber o que tanto prendia sua atenção – O que vocês estão... – parou de falar assim que viu a foto de Gabriel Agreste no noticiário.
— Acontece que a empresa estava financiando um projeto ilegal de armamentos miraculosos. Que tinham por objetivo, conter os poderes especiais dos portadores dos Miraculous. — disse um dos repórteres – Projeto esse que foi vetado pelo prefeito da cidade, André Bourgeois.
— O que a polícia disse sobre isso? — o outro questionou.
— Ainda não foi divulgada nenhuma possível resolução desse caso. Mas estamos aguardando e qualquer informação, traremos logo para você aí de casa. Não perca... — Marinette desligou a televisão, recebendo um olhar de compaixão dos pais.
— Querida, nós... – Sabine começou.
— Eu preciso ver o Adrien. – antes que saísse, seu pai a impediu.
— Devem ter muitos repórteres na frente da casa dele.
— É, e mesmo você sendo a namorada dele, não tem nada a ver com isso. É melhor deixar eles se resolverem primeiro. – a garota respirou fundo, não tinha como explicar para sua mãe que na verdade tinha muito a ver com a situação.
— Tudo bem. Eu vou ficar no meu quarto adiantando a lição, por favor não me incomodem. – mentiu e seus pais assentiram. Tom e Sabine sabiam que ela estava mentindo, mas não imaginavam que era para sair escondida como Ladybug pela janela, e sim porque ela queria ficar sozinha assimilando o acontecimento.
Marinette subiu as escadas e trocou de roupa. Em seguida, olhou seu celular e viu que haviam um monte de mensagem de Alya, Nino e Chloé. Mas nada de Adrien.
— O que aconteceu? – Tikki questionou, notando o agito de sua portadora.
— Precisamos ir até a casa do Adrien. O pai dele estava mesmo envolvido na produção das armas e agora está até no noticiário. – explicou rapidamente.
— Nossa! Isso é horrível!
— Você não imagina o quanto. – lamentou, preocupada – Tikki, spots on!
***
— Eu juro que de todas as pessoas, eu jamais imaginaria que isso viesse de você! – Adrien apontou para Nathalie. – Como pode?
— Você precisa entender o meu lado!
— Acredite, eu estou tentando! – abriu os braços, indignado – Mas sinceramente, eu me sinto como se tivesse um punhal nas minhas costas nesse momento!
— Eu não tinha más intenções. Eu apenas quis protegê-lo!
— Então que não se envolvesse!
— Já, chega Adrien! – Gabriel levantou a mão, sinalizando para que o mais novo parasse.
— Não, pai. – o loiro baixou o tom de voz, porém não parou – Tudo que envolve essa família é um completo desastre. Vai ver, a mamãe não merece voltar pra ver o que tudo isso se tornou depois que ela partiu. – murmurou, alto o suficiente para que o seu pai escutasse.
— O que disse?
— Isso mesmo que o senhor ouviu. Talvez a mamãe não mereça voltar e ver o que a família Agreste se tornou.
— Como assim, “voltar”? Você sabe aonde está a sua mãe?
— Adrien... – Nathalie tentou fazer com que o loiro não continuasse, porém ele já estava cansado de ir levando tudo. Mentiras, atrás de mentiras.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Sei sim. E você também deveria saber, já que foi você quem a colocou lá.
***
Ladybug parou em cima do prédio que ficava em frente à mansão Agreste, e assim como seu pai tinha sugerido, estava cheio de repórteres e fotógrafos na entrada.
Decidiu então que entraria pela janela do quarto de Adrien, que era um ponto cego das câmeras de segurança e também ninguém a veria. Rapidamente se locomoveu com cuidado para não ser vista chegando até lá e entrou pela janela do quarto do namorado.
— Spots off!
— Marinette! – Plagg surgiu. – Tikki!
— Oi Plagg, cadê o Adrien?
— Discutindo com a Nathalie e o pai no escritório do Gabriel. Ele me mandou ficar aqui, mas eu não aguentei e fui até lá espiar. Acho que ele vai falar sobre os Miraculous. – Plagg falava rápido – Ele até me disse que não queria mais ser o Chat Noir! – a azulada arregalou os olhos e saiu correndo para fora do quarto.
— É melhor você não ir! – Tikki alertou.
— Eu preciso ajudá-lo! – Marinette respondeu e continuou correndo. Quando chegou no hall, notou que a porta do escritório de Gabriel estava aberta e um falatório vinha de dentro do escritório. Sem pensar duas vezes, correu até lá e se deparou com Gabriel Agreste desmaiado, enquanto Gorila o segurava e Nathalie e Adrien estavam ao lado dele.
— Marinette? – o loiro questionou assim que a azulada parou ao lado dele.
— O que houve?
— Eu falei demais.
— Rápido, vou chamar o médico dele!
— Calma, ele vai ficar bem. Foi só um desmaio. – disse Adrien – Me ajuda a colocar ele na poltrona. – Gorila assentiu e ajudou o loiro a carregar o pai.
— O Dr. Pierre já está vindo. – Nathalie informou – Por favor, se certifique que os repórteres o deixem passar. – Gorila assentiu e saiu da sala. – Espero que ele fique bem.
— Ele vai ficar. – Adrien disse frio, fazendo Marinette se questionar sobre o que tinha acontecido antes de ela chegar. Mas ela tinha receio de perguntar em voz alta – Agora, eu acredito que podemos conversar melhor sobre o que você fez.
— Adrien...
— Por que você deixou que a empresa continuasse financiando o projeto de armamento ilegal? Isso não só nos prejudica, como prejudica a carreira do meu pai! – a azulada arregalou os olhos para a mulher, que deu um longo suspiro.
— Primeiro de tudo, eu não tinha más intenções.
— Sério? – indagou de modo irônico – Porque eu acho que...
— Adrien? – Marinette tocou o seu braço, o interrompendo – Deixe-a se explicar. – ele assentiu e os dois voltaram os olhares cheios de expectativas para Nathalie.
— Você já viu o que os Miraculous fizeram com a sua família? Sua mãe está praticamente morta por causa deles, seu pai quase o matou para traze-la de volta e você teve que enfrentá-lo. Tudo por causa dos Miraculous. – o casal baixou o olhar.
— Mas...
— Quando seu pai ainda era Hawk Moth, foi ele que financiou o projeto. Mas depois que ele foi derrotado, eu decidi continuar porque achei que assim vocês parariam de usar essas joias que só destruíram a sua vida e a sua família. As armas não são letais, são apenas para contê-los. – lágrimas se formavam nos olhos dela – Eu só queria o bem da família Agreste, como sempre quis.
— As armas não são letais, mas são ilegais e agora estão sendo usadas por criminosos. – Marinette falou com calma – Se usadas da maneira correta, podem sim nos ferir.
— E-Eu não tinha a intenção, eu...
— E eu entendo que você queria o nosso bem, mas você escolheu o caminho errado, Nathalie. – disse o loiro.
— Me desculpe, Adrien. – baixou a cabeça.
— Tudo bem, mas eu já tomei a minha decisão de qualquer forma.
— O q-que você vai fazer? – Marinette questionou o namorado com um nó na garganta.
— Antes de tudo, precisamos conversar. – ela assentiu – Nathalie, cuide do meu pai enquanto o Dr. Pierre estiver aqui. – a mulher assentiu – Vamos. – segurou a mão da namorada e foi até o quadro de Emilie na parede.
— Aonde vamos?
— Para um lugar aonde teremos privacidade. – a entrada do elevador se abriu, então Adrien entrou e conduziu Marinette para ir junto – Acho que está na hora de você conhecer a minha mãe. – sorriu de leve.
Os dois desceram até aonde estava Emilie Agreste, em completo silêncio. Marinette, porque estava analisando o local completamente admirada, já Adrien, permanecia pensativo sobre a sua decisão.
A porta do elevador se abriu e o casal saiu, porém antes que o Agreste pudesse avançar, Marinette segurou a sua mão, fazendo com que ele olhasse para ela.
— Você acha que é uma boa ideia?
— É claro. Quero que você conheça ela e...
— Não. Não é isso. Você acha que é uma boa ideia tentar trazê-la de volta? – Adrien já tinha se questionado isso antes, contudo, ficou um pouco confuso com a pergunta vindo da namorada, que estava tão empenhada em ajudá-lo. – Mestre Fu encontrou uma possível solução, algo que nunca foi feito antes. Passei a noite estudando as possibilidades e como ele disse, nunca foi feito, então, podem haver efeitos colaterais.
— Que tipo de efeitos?
— Infelizmente não sabemos.
— Ah! – baixou o olhar, refletindo.
Marinette deu um sorriso reconfortante e entrelaçou a sua mão na dele.
— Decidimos depois. Primeiro, quero conhecer a sua mãe. – Adrien sorriu, beijando a mão dela.
— Como quiser, my lady.
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