New Rules 2

No More!


O post sobre os novos trajes teve o maior número de visualizações do meu blog até hoje! – Alya mostrava o celular animada para os amigos.

— Você deve o fato de ter a foto, ao seu namorado maravilhoso.

— Tem razão, obrigada! – depositou um beijo rápido nos lábios de Nino.

— Confesso que gostei dos trajes. Bem que a gente podia ter um upgrade nos nossos também. – disse Chloé. – Mas eu entendo que vai demorar.

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— É, essa questão ainda é bem confusa tanto pra nós, quanto pro Mestre. – Marinette explicou – Mas vamos descobrir com o tempo.

— E só pra avisar, eu tentei procurar algo relacionado às armas, mas não achei. Imagino que se meu pai estiver envolvido, está escondendo isso muito bem.

— Na verdade não temos certeza disso. O envolvimento dele é só uma hipótese.

— Eu também não descobri nada pelo meu pai. Afinal, se ele soubesse algo, provavelmente não poderia falar ou já estaria resolvendo o problema. – Chloé deu de ombros.

— Então voltamos à estaca zero?

— Não necessariamente. Eu posso tentar dar mais uma investigada no meu pai.

— Mas até o momento continuamos sem nada. Embora a nossa prioridade continue sendo limpar a cidade dessa tecnologia. Mesmo ainda não sabendo como.

***

Adrien entrou em casa e estranhou o fato de Gorila não estar ali no hall. Porém a mansão estava silenciosa como sempre. Provavelmente os três estavam na empresa.

A porta do escritório de Gabriel estava entreaberta, então decidiu ir checar. Colocou a cabeça para dentro e notou que haviam papéis espalhados pela mesa e até pelo chão.

— Wow! Parece que um furacão passou por aqui! – Plagg surgiu.

— Tem razão. Meu pai não é de deixar as coisas assim. – sentou-se sobre a cadeira de Gabriel e juntou alguns papéis, lendo do que se tratava. Enquanto isso, Plagg sobrevoava o local, analisando o cômodo

Adrien soltou um longo suspiro, chamando a atenção do kwami, que rapidamente foi em sua direção.

— O que foi?

— Os papéis... São sobre as armas.

— Então seu pai está mesmo envolvido?

— Ao que parece sim. – dizia com a voz baixa. Meio que esperava algo do gênero. Diferente de como ficou quando descobriu que Gabriel era Hawk Moth, agora estava decepcionado, porém não surpreso. – Mas por que está tudo desarrumado? Será que sequestraram o meu pai? – o desespero tomou conta de si e foi direto acessar as câmeras de segurança.

— O que eles estão falando? – o kwami questionou, vendo a filmagem de mais cedo de Nathalie e Gabriel no escritório, porém sem som.

— Pelo jeito, brigando. – o loiro falou sem desviar o olhar. Em seguida, Gabriel saiu do local, seguido por Nathalie. Então Adrien mudou para a câmera do hall de entrada e ele falava algo com Gorila, ignorando a mulher atrás dele. – Posso estar enganado, mas será que meu pai não sabia das armas e a Nathalie sim? Não, não imagino que ela soubesse algo do tipo e não me dissesse. – descartou a ideia. – na filmagem, Gabriel saiu da casa seguido pelos outros dois. Adrien mudou para a câmera da parte externa e viu que eles entraram no carro e saíram. – Wow!

— Pra aonde eles foram?

— Talvez para a empresa. – bufou, desligando o computador e voltando para o escritório. – Quando eu acho que a nossa família não pode ter mais segredos, descubro que ela ainda esconde mais coisas. – parou na frente do quadro da sua mãe.

— Você devia falar com eles.

— Eu vou. Mas antes... – apertou os botões escondidos no quadro de Emilie Agreste, revelando a passagem secreta.

— Está indo ver a sua mãe?

— Não.

***

— É incrível! – Fu exclamou – Vocês realmente criaram uma ligação com os Miraculous que tornou possível essa evolução de poderes antes do previsto. Claro, com o incentivo das armas.

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— Mas ainda assim não dá pra dizer se são permanentes, não é?

— É, ainda é cedo para afirmar. – concordou, servindo uma xícara de chá quente para Marinette.

— Entendo. E com essas evoluções, além de usar os nossos poderes mais de uma vez, o que mais melhora?

— Bem, vocês ficam mais fortes e mais resistentes. Além de, é claro, desbloquear novos poderes. – a garota quase engasgou com o chá. O que fez até Fu dar uma risada.

— Novos poderes?

— É, não necessariamente novos. Ainda são baseados nos seus Miraculous, no caso do seu, a criação. Eu diria, que seria mais uma ampliação.

— E que novos poderes eu tenho? – o velho foi até a sua estante e procurou um dos livros traduzidos por ele há pouco tempo. Em seguida, entregou para Marinette. – É melhor ver você mesma. Mas pode fazer isso em casa, com mais calma. Agora, aproveitando que está aqui, vamos falar sobre a mãe do Adrien.

— Ah sim! – sorriu empolgada – O senhor achou algo?

— Não exatamente. – o sorriso dela se desfez. E em sua cabeça, ouvia a voz de Tikki avisando para ter calma com esse assunto – Mas encontrei alguns fragmentos de informações. Acredito que possamos fazer um rito de restauração de portador, como fizemos com Gabriel Agreste, só que aliado aos seus poderes de cura.

— Hum! No caso estaríamos curando Emilie Agreste e fazendo-a voltar para como estava antes de usar o Miraculous? – questionou, pegando a linha de raciocínio.

— Isso.

— Quer dizer que ela não se lembraria de nada da sua vida antes dos Miraculous?

— Tecnicamente, ela não deveria se lembrar apenas das coisas relacionadas aos Miraculous. Porém, o que eu estou sugerindo nunca foi feito. Então não sabemos os efeitos colaterais que podem vir a acontecer. – lamentou.

Marinette mordeu o lábio inferior, pensando nas palavras do Mestre. Será que valia a pena? Infelizmente – ou até felizmente, pensando de modo egoísta – não cabia à ela decidir, e sim a Adrien.

— Vou falar com o Adrien.

— Certo. Faça isso.

***

Adrien fitou o seu anel e deu um longo suspiro. Tinha dito para si mesmo que não choraria com a nova descoberta sobre o envolvimento do seu pai com as armas. Mas não podia negar que doía.

Plagg o encarou com tristeza no olhar. Aquele garoto era bom demais para passar por aquilo. Não merecia.

— No que você está pensando? – Adrien ergueu a cabeça, porém seu olhar foi desviado para a vista da enorme janela redonda do antigo covil de Hawk Moth.

— Em tudo. – respirou fundo – Vou ser sincero com você, nunca pensei tanto em desistir de ser o Chat Noir, como estou pensando agora. – Plagg arregalou os olhos e se aproximou do seu portador, que finalmente olhou para ele – Mas eu não vou desistir, ao menos até resolver esse novo problema.

Os pensamentos do Adrien de alguns dias atrás vieram à tona em sua mente. Aquele mesmo Adrien que só queria ser ele mesmo em tempo integral e dar total atenção para a sua família. Pois de alguma forma, ele sentia que o motivo de tantas coisas perturbadoras envolvendo a família Agreste tinham acontecido pela falta de atenção à ela.

Parado ali, no mesmo lugar que seu pai ficava ao akumatizar as pessoas como Hawk Moth, pode entender um pouco a motivação do homem. Claro que, não justificava o modo como fez o que fez, contudo, entendia pelo que ele tinha feito.

Ser um vilão como Gabriel e esconder tantos segredos, não era fácil. Mas ser um herói como Adrien e ter que lidar com a consequência desses segredos, era mais difícil ainda.

Na equipe, quem sempre tomou as rédeas da situação foi Marinette. Na sua vida, foi o seu pai. Mas agora era diferente. Adrien precisaria tomar as rédeas. E se achava que sua vida era complicada tendo que conciliar a rotina como super-herói com a vida tumultuada e controlada pelo pai, agora que tudo estava nas suas mãos, ela parecia ainda mais complexa.

— E depois disso? – Plagg questionou com receio.

— Depois disso... – respirou fundo, dando uma pausa e virando de costas para a janela – Chat Noir nunca mais.

***

— O que você está estudando? – Sabine questionou, notando que sua filha estava concentrada lendo um livro e fazendo anotações – Amanhã é sábado.

— Hã... História. – fechou o livro com pressa e girou a cadeira, encarando a mãe que tinha trazido suas roupas recém lavadas – Estou adiantando a lição.

— Que bom. – sorriu – Só não esqueça de descansar. Estudos são importantes, mas não é saudável em excesso.

— Claro, mãe. Não se preocupe com isso. – retribuiu o sorriso, em seguida Sabine saiu do quarto. – Falando nisso, acho que tenho mesmo lição de história. – suspirou e girou a cadeira novamente, ficando de frente para a escrivaninha.

— Então podia adiantar de verdade. – Tikki sugeriu.

— Não, agora preciso me concentrar nos livros que o Mestre me deu pra ler.

— São sobre os poderes? – a kwami questionou, pois não ouviu a conversa de Fu e Marinette por motivos de segurança. Também não poderia saber muito sobre os conteúdos dos livros pelo mesmo motivo.

— Sim. E sobre a possível solução para trazer a mãe do Adrien de volta. – assim que disse isso, parou de ler e encarou um pouco específico – Mestre Fu disse que isso pode ter algumas consequências. Me pergunto se vale a pena.

— Você precisa conversar com o Adrien.

— É, vou fazer isso.