Vocês...

— Acho que nossos poderes evoluíram de alguma forma. – Ladybug olhou para as próprias mãos.

— Wow! – Chat Noir fazia o mesmo.

— Ok, precisamos ver isso. – tentou se concentrar – Mas antes, vamos pra casa descansar. O dia já foi agitado demais. Amanhã no intervalo da aula podemos conversar melhor sobre as armas. – assentiram – Até mais pessoal.

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— Até.

— Tchau.

Alya, Nino e Chloé foram embora, deixando apenas Marinette e Adrien ali parados.

— Precisamos falar com o Mestre. – disse assim que ficaram sozinhos.

— Não só sobre isso. – se aproximou do namorado, atraindo a atenção dele – Ele disse que tem informações novas sobre a sua mãe. Queria ter dito antes, mas não deu tempo.

— Isso é sério? – assentiu.

— Quer ir agora? Ou prefere descansar um pouco antes?

— Vamos agora. – falou empolgado, fazendo a azulada rir – Quero dizer, se você quiser. Porque se você quiser descansar, não tem problema.

— Não, não. – balançou as mãos – O quanto antes melhor.

***

— Isso é muito interessante, muito mesmo! – Fu disse, analisando a situação – Essa evolução de poderes na verdade é bem comum, mas quando se chega na idade adulta.

— Então não tem nada a ver com as armas? – Marinette questionou, para ter certeza.

— Não, não tem. Claro, pode ser que ao serem usadas em vocês, inconscientemente seus Miraculous perceberam a necessidade dos poderes precisarem ser usados novamente. – explicou – Como já são portadores regulares há um bom tempo, imagino que já tenham criado um tipo de conexão.

— Ou seja, ainda demoraria pra acontecer a mesma coisa com a Rena Rouge, o Carapace e a Queen Bee? – assentiu.

— Mas tomem cuidado com essas evoluções e não contem com elas. – Fu alertou – Pode ser que não sejam definitivas, ou apenas sejam ativadas quando necessário. Como se fossem um mecanismo de emergência.

— Certo, entendemos.

— Agora, sobre a minha mãe... Marinette disse que o senhor tem novas informações.

— Ah, sim. – sorriu, percebendo a empolgação do loiro – Recentemente voltei da China com os Miraculous purificados e restaurados. Quando eu estava fazendo a restauração, encontrei alguns povos nativos contando lendas sobre joias mágicas. Eu sabia perfeitamente o que era, mas eles não tinham ideia. – o casal prestava total atenção – Apenas fiquei assistindo as apresentações como se fosse um turista e algumas informações eram meros mitos, outras verdadeiras. Eles contaram sobre uma das joias carregar uma maldição e quem a usasse acabaria sucumbindo aos deuses. Ignorando a parte fantasiosa, pelo que pude entender eles se referiam ao Miraculous do pavão, que aparentemente foi danificado há séculos. Possivelmente durante a queda da Ordem e desde então têm sido repassado junto com o Miraculous da borboleta como se fosse uma joia amaldiçoada, que com o tempo se perdeu.

— Quer dizer então que o Sr. e a Sra. Agreste provavelmente acabaram comprando como se fosse um souvenir?

— É possível que sim.

— Eu imagino que tenha sido quando foram ao Tibete. – disse Adrien, arrancando um olhar curioso do velho chinês. Então ele explicou rapidamente a sua mais recente descoberta.

— É bem provável que isso tenha acontecido.

— Sua mãe e seu pai devem ter visto as figuras no livro dos Miraculous e descoberto o poder das joias de alguma forma. – Marinette sugeriu – Claro que, inicialmente eles podem ter pretendido usar para o bem. Mas como o da sua mãe estava danificado... Enfim, sabemos do resto. – o loiro assentiu – Eu tinha a teoria de que o Miraculous pudesse ter sido danificado por um Cataclysm. Afinal, é a única coisa que conhecemos capaz de causar algum dano nas joias.

— Não podemos descartar. – Fu disse – Pode ser que tenha sido. Não me lembro muito bem dos acontecimentos naquele dia. Foi um choque muito grande. – lamentou com o olhar distante. Mentiria se dissesse que tentou lembrar de algo ao longo dos anos. Na verdade foi o oposto, quanto mais tempo pudesse permanecer sem lembranças da tragédia traumatizante, melhor seria na sua opinião.

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— Então... – Marinette começou – Se o poder do Chat Noir estragou o Miraculous, o poder da Ladybug não poderia consertar? – Adrien e Fu levantaram o olhar, encarando a azulada – Quero dizer, o Miraculous já foi restaurado, mas a sua mãe ainda não. Se o Miraculous foi mesmo danificado pelo seu poder, a condição dela é meio que um efeito do Cataclysm. E eu posso reverter isso. Ao menos deveria.

— Isso faz muito sentido! – uma chama de esperança se ascendeu no peito do jovem Agreste.

— Esperem, vamos com calma. – o Mestre estendeu as mãos. Estava tão atônito quanto o casal, contudo, sabia que precisava controlar a situação de certa forma, assim não se decepcionaram tanto se estivessem alimentando uma falsa esperança. – Serei sincero, há uma possibilidade mínima de isso dar certo. Podemos e vamos tentar. Mas, precisamos ter paciência. Trazer alguém de volta à vida não é tão simples.

— Entendo. – Adrien respirou fundo, controlando a emoção – Desculpe, é que eu apenas não acredito que ao menos temos uma solução, por mais que ela não dê certo. Já é um começo. – Marinette sorriu, acariciando as costas do namorado.

— Imagino como esteja se sentindo, meu jovem. – Fu também sorriu – Mas agora vocês precisam descansar. Ainda hoje irei estudar a possibilidade. Na verdade, me informarei ao longo da semana e assim que tiver alguma novidade, os contatarei.

***

Adrien estava sorridente, embora dissesse para si mesmo para ir com calma. Não queria depositar todas as fichas na possível solução para sua mãe e acabar se frustrando totalmente depois.

Mas era óbvio que estava otimista.

— Eu não entendo como pode ter acontecido, mas espero que não se repita. – assim que entrou em casa, ouviu a voz de Nathalie vindo do escritório do seu pai. Se aproximou da porta entreaberta com cuidado, e notou que ela falava ao telefone – Tudo bem. Já aconteceu de qualquer forma. – suspirou, parecendo estar frustrada – Ao menos eu espero que não tenham deixado rastros.

— Essa espionagem toda tá me deixando com fome. – Plagg murmurou.

— Shh! – Adrien gesticulou para que ele ficasse quieto e empurrou o kwami para dentro da blusa novamente.

— Ficarei no aguardo, até. – desligou. Então Adrien saiu de onde estava e foi na direção das escadas, como se tivesse acabado de chegar – Ah, olá Adrien.

— Oi, Nathalie. O meu pai está em casa? – ela negou.

— Na empresa.

— Posso aproveitar e dar uma olhada no cofre então?

— Acho que sim, ele voltará mais tarde. Agora se me der licença, preciso levar uns papéis para ele. – foi até a saída da casa, porém antes de passar por Adrien, depositou um beijo no topo da cabeça dele – Vou pedir pro Gorila me levar, você vai ficar bem?

— Vou sim, não se preocupe.

Dito isso, Nathalie se despediu e saiu. Adrien então não pensou duas vezes em ir até o escritório do pai procurar informações não apenas sobre o Tibete, mas também sobre o seu possível envolvimento com a fabricação dos armamentos miraculosos.

***

— Não é demais? Nem acredito que subimos de nível! – Marinette exclamou animada, se referindo a evolução dos seus poderes como se fosse uma conquista de videogame.

— É incrível mesmo. – Tikki riu da empolgação dela – Mas lembre-se de ter cuidado. Assim como o Mestre disse, pode ser que ainda seja instável.

— Pode deixar, vou tomar. – sorriu e girou a cadeira – Bem, agora possivelmente temos uma solução para a mãe do Adrien. E eu sei, não vou ter esperanças demais. – disse olhando de canto para a kwami, sabendo que ela diria exatamente isso – Apenas estou recapitulando.

— Tudo bem. – riu novamente.

— No entanto, ainda precisamos resolver sobre as armas. – mordeu o lábio inferior – Se por acaso a tecnologia delas evoluir, elas podem acabar danificando nossos Miraculous?

— Acho pouco provável. Como você disse pro Mestre, até o momento o Cataclysm é a única maneira que conhecemos de causar algum dano nos Miraculous. – disse a kwami, parando na frente de Marinette – Mas elas podem conter vocês, o que não deixa de ser perigoso.

— Sim, ainda mais que não podemos contar completamente com as evoluções.

— Que por enquanto só você e o Chat Noir tiveram.

— É. – concordou e foi até a cama, se atirando por cima dela. – Acho que vou tirar um cochilo. Preciso repor as ener... – foi interrompida pelo toque do aplicativo de crimes em andamento do Ladyblog – É... Quem precisa de descanso mesmo?

— O dever nos chama.

— Estava bom demais pra ser verdade. – suspirou, levantando – Tikki, spots on! – se transformou e estava prestes a sair quando notou que parte das suas luvas agora eram pretas. – Mas o que... – olhou para baixo e notou mais preto predominando o seu traje. Então, rapidamente foi para frente do espelho e conteve um grito assim que viu que seu traje estava diferente. – Nossa! – exclamou depois do choque inicial – Ok, foco Marinette! – balançou a cabeça e saiu pela janela, enviando um alerta para a equipe.

Primeiro focaria em ir até o local do crime, depois surtaria por conta do seu novo traje como Ladybug.