Equinócio

Capítulo 13


Renesmee.

No sábado pela manhã decidi que era hora de encarar os meus pais. Eu sabia que eles deviam estar escalando as paredes de tanta preocupação mesmo que Jacob, Charlie e qualquer outra pessoa estivessem lhes dando todos os tipos de informações sobre mim. Minha situação com o Black realmente havia se resolvido... eu deveria no mínimo conversar com Edward e Bella também. Talvez eu houvesse sido um tanto quanto injusta não os deixando contar o seu lado na história, mesmo que eu quisesse muito ouvi-lo. Apenas não me sentia preparada para o tal no momento. A superproteção me sufocava e tudo o que eu quis foi fugir um pouco disso.

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— Não quer tomar café antes de ir, Nessie? – Billy perguntou ao me ver saindo de sua casa com a mochila nas costas.

Neguei com um aceno.

— Estou sem fome, Billy. Obrigada de qualquer forma.

Ele sorriu abertamente.

— Volte quando quiser. Essa casa é sua também.

Sorri em resposta afastando-me com Jake logo atrás de mim. Nós iriamos até o chalé, onde provavelmente meus pais estariam. O Black não ficaria conosco, como foi combinado por nós dois, eu precisava ter aquele momento sozinha com meus pais e além do mais Jacob tinha questões de Alfa para resolver naquele dia e mesmo que estivesse disposto a abrir mão disso para ficar ao meu lado eu não vi necessidade, lhe garantindo que o manteria informado por mensagens.

— Ness? – chamou-me assim que chegamos em frente ao chalé – Tem certeza que vai ficar bem?

— Sim – entrelacei meus dedos com os dele, esticando-me nos próprios pés para beijar seu rosto – Nos vemos ainda hoje?

— Espero que sim.

— Me mande uma mensagem – pedi e ele assentiu – Eu amo você.

Toda a tensão presa em seu rosto foi embora, dando lugar ao enorme sorriso.

— Eu também amo você, anjo. Não se esqueça disso.

Encostei meus lábios nos seus com urgência, sentindo falta de seu toque antecipadamente e quase mudei de ideia pedindo que ele ficasse ao meu lado. Mas não era o certo. Jacob não vivia somente por mim, ele também tinha uma vida e eu não poderia o impedir de vivê-la. Afastei-me antes que a vontade de tê-lo gritasse mais alto e entrei no chalé, o vendo partir entre as árvores sem olhar para trás.

Edward e Bella estavam sentados no sofá, abraçados e com os olhos presos em qualquer programa que passava na televisão. Eles não se viraram para me olhar, mesmo que soubessem que eu os encarava. Franzi o cenho sem entender o que aquilo queria dizer. Estavam tão bravos a ponto de não quererem me ver? Eu imaginei que estivessem totalmente preocupados e por conta disso antecipei minha volta para casa, mas pelo visto eu havia me enganado.

— Mãe? Pai? – os chamei com a voz vacilando em dúvida.

Ela foi a primeira a se virar, sorrindo gentilmente para mim. Edward fez o mesmo e sorriu em seguida. Eu não consegui retribuir. Estava achando tudo aquilo estranho demais.

— Oi, querida – mamãe cumprimentou – Como você está?

Sua pergunta me pegou de surpresa e eu tive que me segurar na parede para não cair. Era um universo paralelo, não?

— Bem – murmurei.

— Não sabíamos que você voltaria hoje então não fizemos nada para você comer, filha. Quer pedir algo?

Encarei Edward e sua voz doce.

Era um sonho... eu estava sonhando.

— Não. Não se preocupe, eu me viro – caminhei até a sala sentando na poltrona para que pudesse vê-los – Alice não viu que eu viria?

Meu pai deu de ombros.

— Não sei, Ness. Se ela viu não comentou.

Mordi o lábio inferior.

— O que está acontecendo? – quis saber.

— Do que você está falando? – ele perguntou ao franzir o cenho.

— Você está lendo a minha mente, sabe do que eu estou falando.

Minha mãe sorriu mas nada disse.

— Você quer conversar agora?

— Sim, pai. Eu quero conversar agora. Quem são vocês e o que fizeram com Edward e Isabella?

Eles riram.

— Estamos lhe dando o tempo que pediu.

— Ok. Mas acho que quero conversar agora – ele assentiu me incentivando a continuar – Achei que estavam furiosos comigo.

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— É sobre isso que quer conversar? – foi a minha vez de dar de ombros – Sua mãe e eu sabemos que deveríamos ter contado e esconder de você foi um erro completo, reconhecemos isso, Renesmee.

Concordei.

— Eu reconheço que deveria tê-los ouvido naquele dia – sussurrei – Mas tudo ainda estava muito bagunçado e eu não sabia como agir.

— Nós perdoamos você por isso – Bella disse, sentando ao meu lado na poltrona e me envolvendo em seu abraço apertado.

— Eu perdoo vocês também. E sei que foi inconsequente sair naquele dia sem que ninguém soubesse onde Leah e eu estávamos.

— Quem nunca fez loucuras na sua idade que atire a primeira pedra – meu pai disse – Você sabe que não deve desculpas somente à nós dois por isso, não sabe?

— Sim. Eu vou à mansão logo depois e ligo para o Vô Charlie também, eu prometo.

Minha mãe suspirou e voltou a sentar ao lado do meu pai.

— Filha, nós conversamos muito com toda a família no dia em que você foi embora e concordamos sobre a superproteção que temos em relação à você. Só quero que entenda que sempre foi e sempre será muito difícil para todos nós, Ness. Quase perdemos você mais de uma vez e não queremos que nada de ruim aconteça. Não foi uma decisão fácil de tomar e nós ainda estamos bastante relutantes com isso pra falar a verdade.

— Do que você está falando, mãe? – perguntei sem entender onde ela estava querendo chegar.

Edward jogou um molho com duas chaves em minha mão.

— Estamos lhe dando um voto de confiança. Por favor, não faça com que nos arrependamos.

Franzi o cenho encarando o metal prata em minha mão.

— O que é isso?

Bella sorriu antes de começar a dizer:

— Alice deu a ideia. Estaríamos dando o espaço humano e mulher que você precisa, então... essas são as chaves do seu apartamento.

Meus olhos quase saltaram para fora de orbita os encarando.

— O quê?

— Fica perto da reserva, é melhor a locomoção para que você chegue à escola. Nos fins de semana queremos você aqui conosco, é claro – Edward disse cautelosamente – Estamos sempre por perto e essa ainda é a sua casa, sempre que quiser deverá ficar conosco. Se algo estiver errado nos ligue e em menos de um minuto estaremos no apartamento e....

— Pai! – o cortei – Superproteção?

Ele riu pelo nariz.

— É difícil.

Sorri abertamente me atirando no colo dos dois que me abraçaram rapidamente.

— Muito obrigada eu estou empolgada e muitooo feliz! – eles riram – Nem acredito que isso está realmente acontecendo. Obrigada por confiarem em mim eu prometo não decepcioná-los.

Edward beijou os meus cabelos.

— O que acha de irmos até a casa de seus avós? Temos uma mudança para fazer.

Assenti rapidamente voltando a abraça-los.

Eu mal podia esperar para contar à Jacob a novidade.