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Emaranhado nos cobertores, pela manhã, não era difícil esbarrar no corpo de Erik. Costumava deixar a cadeira do lado da cama - detestava incomodá-lo para pedir sustentação, mas quando dormiam juntos, Charles acabava por esquecer daquele detalhe.
Seus olhos voltaram a vagar pelo homem ao seu lado. Por quanto tempo esperaram por isso? Um suspiro apaixonado escapou dos lábios do ex-professor, e suas mãos ameaçaram tocar a pele do alemão. Quem poderia culpá-lo? Depois de tantos anos, dando a sua vida por outros, ele estava, enfim, vivendo. Ele não percebeu quando Erik acordou, quando se deu conta, ele já estava o olhando curioso. Charles sorriu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Bom dia. - As mãos de Erik o trouxeram pra mais perto, segurando-o pela sua cintura. Charles suspirou. Os lábios de Erik se encostaram lentamente pela extensão do seu pescoço. Seus dedos exploraram o cabelo do alemão, que levantou os olhos em sua direção no momento seguinte em que arrancou um arfar baixo do namorado com uma chupada leve em sua pele. - Quer que eu faça um café pra você?
O viu assentir, e expulsou o cobertor do meio das pernas. A primeira coisa que fez quando levantou, foi pegar roupas para Charles. Agachou-se na frente da cama, começando a vesti-lo. O olhar dele parava na janela.
—Ei. - Erik subia a sua calça. Charles, enquanto isso, tentava fechar o suéter. - Tá tudo bem?
Em um acenar de cabeça e um comprimir de lábios, Charles concordou. Mas Erik tinha o dom de perceber quando algo estava estranho. Assim que fechou o zíper de sua calça, suas mãos firmaram no seu quadril, e de uma vez, ele levantou o corpo do homem. Charles não tinha percebido que era para aquele propósito, mas lá estava ele, beijando e sendo beijado por Erik. Apoiado contra o peito do mesmo, tocando a região com as mãos curiosas que estavam com saudades de senti-lo daquela maneira. O beijo estava quase o fazendo esquecer do foco anterior, quando o alemão o acordou do transe, o sentando sobre a janela. O telepata levantou uma sobrancelha, mas sorriu de canto enquanto virava a cabeça para olhar pela mesma.
A cabeça de Erik se aconchegou no seu ombro. Charles sorriu. Seus dedos tornaram a acolher os fios de seu cabelo, e ele suspirou antes de começar a finalmente falar.
— Eu finalmente me sinto em casa de verdade. - Seu olhar correu pela visão que a janela os proporcionava, sendo desviado para o alemão logo em seguida. - Você, Erik. Você é a minha casa.
Ao ouvir as suas palavras, ele sorriu. Suas mãos esfregando lenta e carinhosamente as costas do parceiro. Olhando para o seu rosto como se sua intenção fosse tornar a memorizar cada um dos traços daquele rosto por qual era completamente apaixonado. Memorizar cada detalhe naqueles anos esquecidos.
— Eu nunca achei que eu poderia me sentir tão completo como eu me sinto com você. - Erik juntou os seus lábios com os do telepata, em um selo demorado. As mãos agitadas do parceiro logo foram se apoiar no seu pescoço. Erik sorriu, o levantando pelas coxas.
Agora, era a hora de cumprir o seu dever como um bom namorado. E ir à cozinha preparar o café da manhã era o primeiro passo.
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