Único

Akaashi estava sentado estudando. Seu celular estava no silencioso para não o atrapalhar e devido a isso ele não viu as várias mensagens e ligações de Bokuto. Concentrado no que estava fazendo, Keiji escuta um som vindo do lado de fora de sua janela. Era uma música, e ele logo reconheceu a melodia e a voz da cantora, o que o surpreendeu foi o grito de alguém cantando junto. Curioso, Akaashi aproximou-se da janela e a abriu. Seu queixo foi ao chão quando viu Bokuto de lado de fora com um rádio acima de sua cabeça e cantando a todos pulmões.

— AND I WILL ALWAYS LOVE YOUUUUU – Bokuto cantava emocionado.

— Oh. Meu. Deus. — Akaashi encarava o namorado incrédulo — Bokuto-san! O que você está fazendo?! — Akaashi tinha as bochechas vermelhas tamanho era seu constrangimento.

— I WILL ALWAYS LOOOOOVE YOU — Bokuto balançava o corpo de um lado para o outro — YOU, MY DARLING YOUUUU — Koutarou era a própria imagem de alguém que cantava de todo seu coração.

— Oh, meu deus! Pare com isso! — Pediu em tom de súplica.

— EU TE AMO AKAASHI! POR FAVOR ME PERDOA! — Koutarou gritou e Akaashi queria enterrar-se em um buraco. Por fim desceu as escadas e foi até o tolo apaixonado que se esgoelava em seu quintal.

— Desliga isso, Bokuto-san! — Akaashi implorou ruborizado — Ai que vergonha!

— Akaashi — Bokuto desligou a música e o segurou pelos ombros – Me perdoe! Eu me esqueci que ontem era nosso aniversário de namoro! Por favor, me perdoe!

Keiji o fitou e suspirou, o abraçou e esperou que a respiração de Koutarou enfim acalmasse. O conhecia bem demais para imaginar o que se passava em sua cabeça numa hora dessas.

— Eu te liguei e mandei mensagens! Você não respondeu... achei que não quisesse mais me ver... Kuroo me disse que eu deveria demonstrar o quanto te amo e te pedir perdão e...

Akaashi o beijou, calando-o. Keiji não estava com raiva, não havia motivo para tal. Era impossível não amar alguém com o coração gentil como o de Bokuto.

— Koutarou — Akaashi colocou suas mãos nas bochechas de Bokuto, fazendo-o não desviar o olhar. — Eu não estou com raiva, estava estudando e não vi suas mensagens, desculpe.

— Ah — Bokuto sorriu — então você ainda me ama?

— Claro que sim! Mas por favor, não faça mais isso! Céus, não sei como encarar os vizinhos agora — Akaashi lamentou-se.

— Oh, Keiji — Koutarou o abraçou cheio de dengo — eu amo tanto você!

— Sim, eu sei — Akaashi riu com as bochechas levemente coradas. Não importa quanto tempo eles estivessem juntos, ouvir um ‘eu te amo’ de Koutarou sempre o deixava daquele jeito.

Era impossível não amar Bokuto.