Epilogo

POV BELLA

Senti os dois pequenos corpos encostados a mim levantarem num salto assim que se ouviu o barulho da porta a ser aberta.

- O papá está em casa – ouvi a vozinha de sinos da minha filha.

Passaram seis anos desde o meu casamento com Edward e até hoje a vida não tinha sido nada menos que perfeita.

Na nossa lua-de-mel Edward levou-me para as ilhas gregas e em seguida para Itália. Dois sítios que eu queria visitar desde adolescente.

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Passámos quinze dias em cada um deles, durante os quais aproveitámos para conhecer as culturas, mas acima de tudo aproveitámos para nos descobrirmos um ao outro.

Edward revelava-se um Homem mais maravilhoso a cada dia que passava.

Era um marido excepcional, sempre preocupado comigo e que me tratava como eu nunca antes tinha sido tartada e com tanto amor que eu chegava a ficar emocionada.

Eram pequenos gestos que me deixavam completamente derretida, como preparar um jantar romântico, levar o pequeno almoço, enviar flores quando os dias eram mais cinzentos.

Como amante Edward era certamente de tirar o fôlego, levando-me por caminhos que eu nem sabia que existiam e fazendo-me fazer coisas que eu corava só de imaginar.

E agora… era o pai perfeito.

Sorri ao lembrar o dia em que lhe contei que estava grávida, no dia em que fazíamos 4 meses de casados…

Flashback on

Eu andava pela sala, de um lado para o outro, enquanto esperava para ouvir Edward chegar a casa.

Casa…

Olhei em volta, ainda sem acreditar na surpresa que Edward me fizera.

Nunca, antes do casamento, Edward me dissera onde iríamos viver e, no dia em que chegamos, trouxe-me directamente para a casa dos meus sonhos.

Tinha dois andares, cerca branca, uma varanda que dava a volta à casa e um jardim do mais bonito que eu já vira.

À volta do espaço da piscina um caminho das mais bonitas flores que eu já vira e várias espreguiçadeiras serviam de descanso.

Estaquei de repente ao ouvir o portão da garagem ser aberto.

Alisei o vestido preto que comprara para a ocasião e conferi se tudo estava pronto… mesa posta para dois, velas acesas e uma garrafa de vinho aberta.

Respirei fundo e virei-me no mesmo instante em que a porta se abria e Edward entrava, sempre com a sua maravilhosa aparência.

Tal como acontecia todos os dias, não me contive e corri na sua direcção e atirei-me nos seus braços abertos, que sempre me recebiam e apertavam contra o seu corpo.

Aspirei o seu cheiro, na tentativa de me acalmar e resultou… pelo menos um bocadinho.

- Estava com saudades amor – disse, passando os braços pelo seu pescoço.

- Eu também. Não via a hora de sair – Edward levantou-me nos seus braços para não ter que se baixar e beijou-me apaixonadamente.

Segurei os seus cabelos, retorcendo-os nos meus dedos e correspondi, animada.

Quando nos separámos, encostei a testa na sua, ambos ofegantes.

- Tenho uma surpresa para ti.

- Calculei isso assim que te vi. Estás estonteante – corei como sempre.

Era já rotina. Não havia um dia em que Edward não me fazia corar com os seus elogios, ou com as suas palavras.

- Vem – desenvencilhei-me dos seus braços e peguei uma das suas mãos, puxando-o comigo.

Assim que entrámos na sala de jantar Edward estacou, admirando o ambiente.

- Bella… preparaste isto tudo?

Olhei-o feliz por ver a sua expressão surpresa.

- Claro. Tu mereces.

Com a mão que ainda mantinha agarrada à minha, Edward puxou-me de encontro ao seu peito.

- Agradeço todos os dias por ter encontrado uma mulher maravilhosa como tu. Devo ter feito muito bem noutra vida.

- Então devemos ter feito juntos porque eu tirei a sorte grande contigo.- beijei-o levemente antes de me soltar e ir até à mesa.

Peguei o envelope que ali estava e entreguei-o.

- Isto é para ti.

- Bella, já trocámos os presentes de manhã – ele disse confuso.

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- Eu sei. Mas preferi entregar este agora.

Edward abriu o envelope e os seus olhos brilharam.

- Um cartão de aniversário.

Observei-o a ler o cartão atentamente.

Quando acabou de ler uma ruga de confusão formou-se na sua testa e tentei não sorrir.

- Querida, adorei a mensagem, mas enganaste-te. É um cartão do dia do pai e não de aniversário.

- A sério? – fingi espanto e estiquei a mão, pegando no cartão com uma expressão de preocupação.

Olhei para Edward que me olhava confuso.

- Acho que significa que hoje é o dia em que descobres que vais ser pai.

Calei-me e esperei que as palavras fizessem efeito.

Quando as palavras pareceram ter sentido Edward arregalou os olhos e ficou estático a olhar para mim.

Comecei a ficar preocupada quando o silêncio durou mais que o esperado.

Será que ele não queria ter filhos? Teria a história de Tanya tido alguma influência nas suas opiniões sobre a constituição de uma família?

- Edward… - dei um passo na sua direcção e o meu movimento pareceu despertá-lo. Edward caiu de joelhos à minha frente e esticou a mão, tocando na minha barriga com todo o cuidado do mundo.

Olhei, esperando que ele falasse mas perdi as palavras quando vi que lágrimas corriam livremente pelas suas faces.

- O nosso filho Bella – as suas mãos acariciavam-me quase com reverência – nosso…

Funguei para conter as lágrimas que se formavam ao ver a sua emoção.

- Ou menina… - tentei brincar.

Ele olhou-me e levantou-se, encostando a testa na minha.

- Seria amada na mesma forma, mas é um menino. Tenho a certeza – acariciou a minha face – Quando disseste que querias aprender a fazer-me feliz eu disse que não havia como. Agora sei que me enganei. Neste momento fizeste de mim o homem mais feliz do mundo.

- Edward…

Ficámos os dois, parados e abraçados um ao outro enquanto chorávamos de emoção.

Flashback

E Edward tinha razão.

Eu estava grávida de um menino.

Anthony, que tinha agora 5 anos era a cópia perfeita de Edward. Os cabelos cor de cobre, os olhos verdes e a cara de anjo.

Começava a tentar imitar o pai, passando a mão no cabelo e dando o seu devastador sorriso torto.

Era também muito protector com a irmã que entretanto nascera.

Na segunda gravidez Edward estava ao meu lado quando tive o primeiro enjoo e daí a descobrirmos o que se passava foi um instante, afinal nenhum de nós se protegia.

Marie tinha agora três anos e meio e era a minha cópia.

Com rostinho em formato de coração, olhos e cabelos castanhos era o xodó do pai.

Enquanto que Anthony era mais para a mãe, Marie era toda pai e começou logo na minha barriga. Sempre que Edward abria a boca ela dava pontapés, revirando-se dentro de mim e deixando Edward completamente babado e com lágrimas nos olhos.

Com tão pouca idade manipulava Edward como queria levando-o a fazer tudo por ela. Bastava um biquinho, um olhar ternurento e pronto… ele estava aos seus pés.

Despertei dos meus pensamentos quando Edward entrou na sala com Marie ao colo e Anthony na mão, os dois com o maior sorriso e a disputar a atenção do pai.

Assim que os seus olhos verdes fixaram nos meus, com tanto amor e carinho como sempre, senti os músculos relaxar e sorri-lhe.

Edward pousou Marie no chão ao pé do sofá, dando-lhe um beijo na testa e passou a mão no cabelo do filho bagunçando-o como sabia que ele gostava…para parecer igualzinho aos dele.

Sentou-se ao meu lado no sofá, debruçando-se sobre a minha barriga de oito meses, para me beijar.

- Olá mamã. Como estão? – perguntou passando a mão pela barriga saliente.

O seu tom ternurento enchia-me sempre de alegria.

- Olá papá. Melhor agora que já chegaste.

Edward beijou o topo da minha cabeça e puxou-me, encostando-se na lateral do seu corpo como sabia que era confortável para mim.

Olhei para os nossos filhos que estavam de mãozinha dadas.

- Venham cá os dois. O pai está com saudades.

Mais que depressa os pequenos fizeram o que Edward pediu.

Anthony sentou ao seu lado, sento envolvido pelo braço protector de Edward enquanto Marie se sentava ao seu colo, aninhando-se.

Sorri satisfeita pelo nosso pequeno momento familiar e pousei a mão na barriga, imaginando a confusão que se instalaria nesta casa quando nascessem os gémeos que esperava: Robert e Lizzie.

Olhei para Edward que me devolveu o olhos. Os olhos verdes brilhavam intensamente.

- Eu amo-te – ele disse movimentando os lábios.

- Como eu te amo – respondi da mesma forma, encostando em seguida a cabeça no seu peito forte e relaxando.

A vida não poderia ser melhor.

Com dois filhos maravilhosos, mais dois a caminho e um marido perfeito, não havia nada na nossa histórica que eu alterasse, porque todas as alegrias, todas as tristezas, todos os momentos de desespero e todas as emoções nos trouxeram a este momento.

Edward era e sempre seria o Homem da minha vida e eu sempre ia querê-lo, até ao meu último suspiro.

FIM

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Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.