Força da Atracção

Capítulo 19 - Declaração


POV BELLA

- Oh meu deus

Nada mais consegui dizer depois de ouvir o que Edward acabara de falar.

Gravidez psicológica?

- Não consigo imaginar o que vocês estão a passar. O que a Tanya está a sentir.

Os olhos de Edward brilharam de algo que não consegui perceber.

- A Tanya está completamente devastada. Quando não está a dormir chora até perder as forças e adormecer.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- O que vai acontecer agora? Quer dizer… já lhe marcaste alguma consulta?

- Sim. A médica tem um irmão que é psiquiatra e indicou-mo. A Tanya não sabe de nada. Pediu-me para a levar a outro médico porque não acredita no diagnóstico que a médica fez.

- Isso deve ser normal não? Se estivesse no lugar dela acredito que pensaria o mesmo. Quer dizer uma pessoa que acredita ter uma vida a desenvolver-se dentro de si, de repente é confrontada com uma bomba destas. Não me admira nada.

- Sim, é isso mesmo. Aliás a médica já me tinha dito que havia grandes probabilidades que isto acontecesse.

Ia perguntar como seria o tratamento quando outra coisa me veio à cabeça.

Olhei-o atentamente.

- Como é que te sentes Edward?

Ele pensou durante um bom momento.

- Devastado, aliviado, culpado. São tantos sentimentos que não sei explicar.

- Explica-mos.

- Sinto-me devastado por ver o estado da Tanya. Acho que nem a mais insensível pessoa conseguiria ver uma pessoa no sofrimento em que ela está sem se sentir devastada. Com um sentimento de impotência. De não poder resolver nada. Sinto-me Aliviado porque eu nunca me senti completamente animado com a chegada deste bebé. Não me conseguia ver ao lado dela e com um filho nos braços. Depois, quando penso nisso vem o sentimento de culpa, por ter esses sentimentos por um bebé que não tinha culpa. Que era meu filho.

A voz dele fraquejou no final e assustada vi que os seus olhos estavam completamente marejados.

Levantei-me rapidamente, e sem pensar, e ajoelhei-me à sua frente.

- Edward. Hey olha para mim querido.

Calei-me mortificada. Eu nunca o tinha tratado assim.

Edward olhou-me, mostrando-se tão surpreendido como eu própria estava.

Mas além da surpresa, tinha novamente o brilho anterior nos olhos.

Resolvi não me preocupar com isso.

- Por favor não te sintas culpado ou algo assim – quando ele ia abrir a boca para protestar cobri-lhe os lábios com o meu dedo indicador tal como ele tinha feito comigo – não deixa-me falar por favor. Não é porque recebeste a noticia de que vai ser pai que automaticamente ficas preparado para uma responsabilidade dessas. Esse sentimento de alivio também não significa que não serás um óptimo pai. Tenho a certeza, que quando chegar a altura serás um pai perfeito, que deixarás os teus filhos orgulhosos por poderem dizer aos amiguinhos quem é o pai. Por favor Edward não te martirizes por isso. Não te fará bem.

Ficámos um momento e silêncio, apenas olhando nos olhos um do outro.

O meu dedo ainda estava nos lábios de Edward, mas já não era para o calar.

Lentamente acariciei-lhe os lábios, numa tentativa de o ajudar a relaxar.

Eu não sei o que se passava pela cabeça de Edward.

O que o que ele parecia procurar nos meus olhos ao olhar-me de uma forma tão intensa, mas para mim estava fora de questão desviar o olhar.

Certo, não era momento para isso, mas quando Edward me olhava daquela forma eu sentia-me aquecida, segura.

Como se o resto do mundo não existisse e nada me pudesse atingir.

Então, lentamente, Edward foi-se aproximando de mim, que continuava ajoelhada à sua frente, e encostou a testa na minha.

- Bella? Obrigada.

- Não precisas de me agradecer.

- Preciso sim. Mas não apenas por isto?

- Não?

- Não. Quero agradecer claro, pelas palavras. Mas sobretudo por estares aqui. Por me deixares fazer parte da tua vida. Por existires. Por favor não me abandones.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Prendi a respiração.

-Eu não pretendo ir a lado nenhum. Não seria parva a esse ponto.

Uma das mãos de Edward subiu lentamente pelas minhas costas, causando-me arrepios, até chegar à minha bochecha, onde acariciou levemente. Quase sem tocar.

- Bella….

Os meus olhos que ameaçavam fechar abriram imediatamente, fixando-se naquela imensidão de verde.

- Eu não consigo parar de pensar em ti. Mesmo com tudo o que se tem passado nesta ultima semana, tu não me sais da cabeça. O teu sorriso, o teu olhar, a tua voz, o teu cheiro.

Olhei-o sem saber o que dizer.

Deus do Céu.

Será que…?

- Edward…

- Viver sem ti é um pesadelo do qual não posso acordar. Olhar para ti e não poder dizer a verdade… não poder tocar-te. Eu estou a ficar louco.

Os meus olhos encheram-se de lágrimas com as suas palavras.

- Edward eu…

- Não. Não digas nada.

Olhei-o sem entender.

Será que ele não queria dizer aquilo que eu pensava que ele queria dizer?

Porque se não fosse isso qual seria o outro motivo para me impedir de falar?

- não quero que digas nada até eu resolver tudo.

- Mas…

Carinhosamente, Edward segurou-me a cara, com as duas mãos obrigando-me a ouvi-lo.

Como se eu fosse virar-lhe as costas.

- Para poder beijar-te como eu quero fazer desde o momento em que pus os olhos em cima de ti… para poder dizer-te o que sinto por ti com todas as letras…para te ouvir dizer o que sentes por mim…para poder ficar contigo… eu tenho que resolver tudo. Quero ter a consciência limpa no nosso primeiro beijo querida. Não quero que sejas vista como a outra. Nunca te colocaria nessa situação – por essa altura eu já chorava copiosamente – por favor, diz-me só que me esperas.

Sem nem pensar atirei-me nos seus braços, abraçando-o fortemente.

Por mim não o largaria nunca mais.

Ficaria ali, com o rosto enterrado no seu peito, a sentir o seu delicioso cheiro, a sua respiração no meu pescoço que me provocava arrepios, para o resto da minha vida.

Afastei-me ligeiramente para lhe dar a minha resposta.

- Por ti, por nós, eu espero o tempo que for preciso.

Ele puxou-me para o seu colo e de testas encostadas, ambos fechamos os olhos apreciando o momento.

Edward não disse nada.

Nenhum de nós disse.

Não eram precisas palavras para descrever o que sentíamos.

Ambos sabíamos que não seria fácil

Tanya ainda teria que ser tratada.

Muitas coisas teriam que ser resolvidas.

Mas nós também sabíamos que no final, de uma maneira ou de outra, demorasse muito ou pouco tempo, nós ficaríamos juntos.

E por enquanto era o que bastava.

\"\"