Apesar da sempre presente ameaça de Kevin, as coisas na BAU tomaram rumos inesperados com a volta de Emily e todos de um jeito ou outro esqueceram da ameaça de Kevin.

Ele e Penelope se suportavam, mas ela preferiria passar seu tempo com Derek do que com o ex em uma sala. Sempre que ele vinha, ela pediria a Derek para ficar com ela e o homem viu o quanto Pen parecia com medo do ex.

Eram sete da manhã do primeiro dia de novembro quando algo de errado começou e a tendência apenas pioraria.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Todos em seus postos, Reid, JJ e Emily se falando de novo, a equipe toda pronta e esperando Penelope vir para o caso.

Mas algo aconteceu que os tirou da rotina.

Penelope abriu a porta de seu escritório de tecnológica e clicou na lâmpada. Ela largou a bolsa, a pasta e caiu no chão.

A lâmpada acendeu um fogo e ela só podia fazer algo para alertar a todos. Ela gritou alto.

— Nããoo! – Ela sabia quem tinha sido.

Derek foi o primeiro a vir, correndo no segundo que o grito foi ouvido, a cadeira foi para o chão e ele correu pela sua vida e pela de sua Baby Girl.

Ele colocou a mão na maçaneta, retirando no mesmo segundo. A peça de metal queimava como fogo e ele ouviu a tosse dentro.

Sem hesitar ele chutou a porta.

— JJ, ligue para a emergência. – Ele gritou antes de entrar.

Ele contornou a fumaça e a viu encostada em uma parede, mal acordada.

— Penelope? – Derek gritou. – Penelope!

— Derek, volte... – Ela só conseguiu antes de cair no chão.

Ele correu e a pegou antes que seu corpo batesse contra o piso duro.

A puxando para fora, ele olhou para sua menina, tão machucada e inconsciente.

Reid se apressou em tirar a pressão e o pulso.

— O pulso dela está fraco. – Reid respondeu. – Os paramédicos estão há uma quadra daqui.

— Se eles não chegarem em cinco minutos... – Derek ofegou. – Eu mesmo a levo para o hospital.

— Falando neles... – JJ virou-se para o elevador. – Rossi e Hotch apagaram o fogo na sala de Pen.

— Vamos encontrar vocês no hospital. – Emily manteve uma parte dela longe. – Eu preciso de um minuto.

Ela correu para o banheiro e molhou o rosto, tentando impedir as lágrimas verdadeiras. Ela não podia imaginar Pen em meio uma situação de perigo.

— Ei. – Hotch entrou no banheiro. – Você está bem?

— Eu só queria que Pen fosse poupada desse tipo de coisa. – Emily suspirou. – Quero dizer, já é difícil ela ganhar um tiro no prédio, um lugar que deveria ser seguro, agora Kevin faz isso com o escritório?

— Venha cá. – Hotch a trouxe para seu peito. – Vamos achar quem é o responsável por fazer isso e Penelope vai ficar bem.

— Você não pode prometer isso. – Emily fechou os olhos. – Você me ligou para dizer que Pen estava sob ataque em Paris. Eu me senti traindo minha amiga em não ajudar.

— Você estava escondida. – Hotch a abraçou. – Eu prometi derrubar Doyle e eu não deveria ter sido tão idiota com você.

— Eu te amo, Hotch. – Ela o encarrou. – Mais do que eu poderia dizer de verdade. Eu tive dificuldade com os meus sentimentos.

— Eu também te amo, Emily. – Hotch beijou Emily e sentiu que ela correspondia ao beijo.

— Precisamos ir ao hospital para Pen. – Emily suspirou. – Mas eu te prometo um bom tempo logo.

— Eu vou esperar. – Hotch a beijou e limpou o batom. – Vamos manter isso por um tempo.

Emily concordou e eles saíram do banheiro bem a tempo de ver Penelope ser carregada na ambulância. Ela perdeu de vez e Hotch a abraçou.

Ela tinha pequenas ataduras em seus pulsos e seu rosto precisava de cuidado. As estatuetas felizmente foram poupadas do fogo graças a Hotch e Rossi agindo rápido, mas os computadores estavam completamente perdidos.

Derek se sentou ao lado de Penelope na ambulância, rezando que sua menina ficasse bem. Ele não se perdoaria se ele a tivesse deixado sozinha.

Ele estava mantendo uma parte de si mesmo afastada porque sentia um amor grande por Penelope. Ela não poderia morrer agora.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ninguém comentou nada de errado porque a atração entre o chefe de equipe e a agente eram nítidos a tempos.

Derek sentiu toda sua vida apenas morrer quando viu Pen tão machucada. O escritório dela em pedaços retorcidos, seus computadores queimados.

Era uma sorte ela ter backups. Ele não a queria em algum presidio por perder dados. Ou ser demitida.

Ela foi enviada para a unidade de queimados do hospital em Quântico por precaução. Seu rosto e pernas um pouco queimados necessitavam de cuidados específicos.

Penelope foi internada e suas queimaduras tratadas e checadas. Um IV e uma máscara de oxigênio foram as primeiras provisões.

O médico veio até Morgan quase uma hora depois de Penelope ser admitida.

— Penelope Garcia? – O médico viu Morgan se aproximando. – Você é o senhor Morgan, certo?

— Sim. – Ele respirou fundo. – Como ela está?

— No momento, sedada. – Ele viu o medo de Morgan. – Ela foi bastante machucada durante o incêndio, inalou fumaça.

— Mas ela vai ficar bem? – Morgan se preocupou. – Sem sequelas?

— Ela pode ficar com asma para a vida toda. – Ele viu a tristeza em Derek. – Mas as marcas, com o tempo vão sumir. Podemos arrumar um enxerto de pele se ela quiser.

— Obrigado. – Derek suspirou. – Podemos ver ela?

— Claro. – O médico pediu a Derek para seguir. – Seja gentil com ela. Diga a ela o quanto você a ama e peça para ela voltar.

— Certo. – Derek suspirou ao ver Penelope na cama. – Baby Girl.

Seu coração quebrou ao ver ela tão frágil e sozinha ali. Aquela vez que ela foi baleada não foi divertido.

Dessa vez foi pior. Ele pegou a mão dela na sua e chorou por tudo o que estava acontecendo.

— Baby Girl. – Derek começou, não se importando com mais nada. – Deus, eu fui um péssimo amigo para você. Eu te isolei quando Emily morreu e quase nunca falei com você. Eu terminei com a mulher que eu estava. Ela não era você.

Derek chorou na mão dela, tentando encontrar um sentido para tudo isso.

— Baby, eu quero você de volta. – Ele derramou pedaços de seu coração. – Eu juro que vou fazer Kevin pagar por isso, mas por favor volte bem.

Só que não seria tão fácil prender Kevin de qualquer jeito. Ele sabia muito bem como enganar o pessoal. Ele namorou uma agente daquela unidade.

E pior do que tudo: ele tinha um álibi sólido.

Isso frustrou Hotch e Rossi de um jeito que eles não gostaram realmente.

Penelope deveria estar protegida nesse lugar e mesmo assim, ela ainda teria que ver Kevin ser liberado quando acordasse.

Não havia realmente justiça nisso. Ele os olhou nos olhos e mentiu tão perfeitamente quanto treinou. O que mais doeu foi ver que ele tinha dito a verdade, ao menos sobre o álibi.

— Você não acha realmente que ele é inocente nisso, acha Aaron? – Rossi perguntou. – Algo nisso incomoda você.

— Tirando o fato que ele tinha um álibi conveniente em uma muito conveniente? – Hotch suspirou. – Ou por que eu achei que ele tinha respostas certas mesmo quando fomos busca-lo?

— Eu acrescentaria o fato de ele odiar Penelope por causa de um jogo. – Dave olhou para o amigo. – Ele poderia comprar muito mais que um desses itens. Eu sei que existem muitos desses.

— Acho que Kevin sabe que perdeu Garcia e quer reparação. – Hotch suspirou. – Mas esse maldito álibi.

Sim, ambos os homens tinham razão em ter dúvidas.