Epílogo

Epílogo

|NARRADOR|

Um dia antes das mães desembarcarem em Port Angeles, Emmett e Rosalie tiveram alta pelos seus médicos.

Rose foi a consulta com a doutora Young antes de sair do hospital e contou sobre a gravidez e o receio de compartilhar a notícia com as pessoas.

—Por que o medo?

—Porque não namoro o pai do meu bebê e...

—Ele não quer assumir? – Emily deduziu e Rosalie rapidamente disse que aquele não era um problema – Então ele a pediu para interromper a gravidez? – a doutora voltou a perguntar.

Rosalie negou rapidamente também.

—Ele será um parceiro incrível – Rosalie disse sem dúvidas.

—Então, querida. Se você decidiu amar o bebê e mantê-lo e o pai sente o mesmo. Não deve temer, você é uma mulher adulta e responsável por seus atos. Não será fácil, mas também não pense que será mais difícil do que para qualquer outra mãe no mundo.

Rosalie saiu mais leve da consulta e Emmett reparou aquilo. A esperava do lado de fora e, depois, seguiu para fora do hospital sendo empurrado por Charlie em sua cadeira de rodas, enquanto John empurrava Rosalie.

Em casa, encontraram os irmãos, e os Cullen, com exclusão de Esme.

As boas-vindas foram calorosas e finalmente conseguiram parabenizar Alice e Jasper pelo noivado de melhor forma.

O clima todo era de festa e Emmett se controlava para não contar para todos que, em pouco tempo, teriam uma ampliação daquela junção que ele amava tanto. Almoçaram a comida preparada por Bella, Carlisle e Jasper e depois passaram um fim de tarde bom entre todo mundo.

—Me deixa contar – Emmett disse para Rosalie mais tarde quando ficaram sozinhos na sala.

—Fica quieto, Emm – ela mandou e ele riu beijando o rosto dela.

Sentou longe quando Alice voltou para a sala.

Ela percebia que tinha algo com eles, achava que estavam de namorico, mas aquilo era uma ideia longe na mente dos novos papais.

—Estão cheio dos segredos – Alice comentou sentando com Rosalie no sofá.

—Sabe, um tiro junta as pessoas – Rosalie brincou.

Alice e Emmett ficaram surpresos com a naturalidade que ela tratava o assunto, mas não comentaram nada.

Jasper voltou com sorvete seguido pelo resto do pessoal.

—Eu vou buscar elas em Port Angeles e fim de história. Não vejo a minha esposa desde as férias de julho – Charlie terminou a discussão que tinham um momento antes na cozinha.

—O argumento dele venceu – Edward disse defendendo o sogro e eles bateram o punho.

—É sangue do meu sangue, garoto – Carlisle bufou – Deveria me defender.

Ele deu de ombros. Amava o pai mais do que muitas pessoas, mas a gratidão que sentia por Charlie ultrapassava o amor porque foi graças ao sargento de Clallam que ele podia sentar-se perto da mulher mais incrível que já conhecera.

—Eu não vou contar nada para elas. Que fique claro – Charlie disse comendo sorvete.

—Ué, se vai busca-las, deveria contar tudo logo – John disse rapidamente.

—Não, você quem decidiu guardar segredo, você que lide – Charlie falou.

Rosalie ficou pensativa durante a discussão. Será que a piedade a livraria da bronca?

—Eu conto. Elas não irão brigar comigo – Emmett disse sorrindo – Essa belezinha vai mostrar utilidade – ele falou apontando para o ombro imobilizado e a risada na sala foi geral.

Era um clima leve e, por mais que a consciência de que as coisas poderiam não ser tão simples quando todos estivessem juntos, ninguém quis falar sobre aquilo mais durante aquela noite.

Sim, Charlie e John ainda estavam no meio de uma investigação que poderia ser considerada a mais importante da vida deles. Carlisle estava guardando um segredo importante da vida dos filhos dos dois. Jasper estava para partir para uma aventura que traria muitas consequências e Alice não sonhava o que aquele ano traria a ela. Isabella e Edward, enroscados um no outro, se preparavam para voltar à rotina um do outro com a certeza do amor conjugado. E tinha Emmett e Rosalie, que mais do que todos, teriam inúmeras surpresas e desafios aquele ano, mas também não teriam como os prever.

O que quero dizer com tudo isso, é que, aquele ano foi intenso para os seis, na verdade, para todos como uma família, mas também havia trazido maturidade para os herdeiros da junção Swan-Cullen-Hale. E, juntos, aprenderam jeitos difíceis sobre o que era o amor.

Poderia ser considerado a espera e paciência daqueles que viveram um romance separados, que cresceram dia a dia, que aprenderam que o amor era livre. Mesmo quando a pessoa está junto com você, não haveriam amarras fortes o bastante para prendê-los se quisessem ir, mas, se caso contrário, quisessem ficar, não haveria divergência de caminho forte o bastante para mantê-los longe.

Ou, a força e determinação de seguir um sonho e o apoio no carinho daquele que aceita dividir a jornada com você. Por meios tortuosos, mas firmes. Que por mais que o medo assombrasse o futuro incerto, sabíamos que com aquela pessoa a vida seria mais fácil em um futuro qualquer e estávamos dispostos a correr o risco, só pela consciência interna de que o “final” traria a recompensa querida.

Ainda mais, seria considerado o perdão das falhas e fraquezas e a vontade de crescer para fazer aquele amor valer a pena. O amor conjugado de duas pessoas por uma terceira que representaria todo um passado esquecido e um futuro brilhante e feliz. A confiança em uma pessoa que teria sempre um poder sobre você, e a certeza de que não usaria o poder para controlar-te ou fazer sofrer. Apenas para descobrir juntos as verdades e sonhos de uma vida conjunta.

Juntos, os seis amigos aprenderam e ensinaram um ao outro todas essas formas de amor e, mais que isso, descobriram aquilo sobre os amores que dividiam e sentiam um pelo outro de maneiras tão diferentes e, mesmo assim, tão sinceras. Amavam-se completamente e lutariam contra o céu e inferno para que nada os magoasse.

Agora aguardavam, juntos, o que aconteceria na nova etapa das vidas deles porque, por favor, quantas coisas mais poderiam aprender sobre o amor e essas coisas?