Agreste

Capítulo 24 - Alma Mater


O quarto escuro e úmido permanecia fechado durante as noites. Cremilda caminhava para exercer sua rotina de cuidados paliativos, mas naquela manhã o recinto exalava um odor pestilento, diferente das anteriores.

Com o falecimento de dona Odete, a família Basile não encontrava mais necessidade nos serviços da criada. As filhas não eram mais as mesmas meninas que haviam crescido com Cremilda. Convencidas pelo pai, partiriam para a Itália construir uma nova vida, frequentando a mesma alma mater em que ele se graduara. Dispensaram-na, oferecendo-lhe uma quantia vexatória para subsistência. Enquanto Cremilda carregava consigo as memórias e experiências vivenciadas na casa.

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