Ascensão

Prólogo - A morte da imortal


A sala ainda estava quente.O vapor subia das cinzas do cadáver, formando espirais de fumaça malcheirosa que irritavam os narizes dos presentes. O sangue também estava ali, salpicando o chão e as paredes de pedra antiga. Ali houvera uma chacina e não estamos falando dos humanos que jaziam esquartejados pelos quatro cantos.

—Sua esposa fez isso, irmão. — com um sutil gesto de cabeça o homem indicou a sala, a ira presente em seus olhos passaria despercebida para alguns, mas não certamente para o loiro. — Alguma ideia do que possa ter causado tamanha traição?

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Caius observava em choque o ambiente. A carnificina não o assustava, o que lhe preocupava era a esposa e suas ações bruscas. Notara que nos últimos dias ela estava mais inquieta que o normal, havia algo de errado, mas deuses era ele que buscava auxílio com Athenodora. Nunca o contrário.

— Seu corpo estava diferente nos últimos dias…— Caius parou um momento,completamente imóvel, então virou-se defronte para Aro — Não ameace minha esposa, irmão. Não ficarei apático caso ela seja ferida. É bom que lembre-se disso.

A luz oscilou por um momento, como se estivesse sendo afetada pela tensão eminente, tensão esta que parecia tão densa que poderia ser tocada. Um manto cinza - que certamente pertencia a Renata- podia ser visto na entrada da porta. A sombra de Aro estava pronta para agir. Caius olhou para a sala mais uma vez, então num gesto atípico seu, deixou um suspiro escapar. Tinha que encontrar sua amada, essa era a única certeza que tinha. Seu coração que já não batia a séculos pareceu voltar a vida, doía e ele se perguntava se não era mais prático arrancá-lo do peito. O imortal aprumou-se com sua postura arrogante e deixou a sala, mas pode ouvir sem dificuldade a fala de seu companheiro.

— Corin está morta. Athenodora fez isso.