Modus Operandi: Dias Negros de Ocultgard

Epílogo: Um Pequeno Passo Ao Futuro


É engraçado como as coisas seguem, não é?

Após 513 Guardyhan continuou usando os Valkgards na tentativa de obter a paz, mas Vakeinar se rebelou e obteve independência. Junto de impuros ele aproveitou a derrocada dos Inter-Reinos nas terras escuras e mergulhou o continente no caos, tentando uma revolução no sistema.

Entretanto, após quase uma década de escuridão no momento da derrota, um grupo seleto conhecido como Renegados pós fim a insanidade que o lendário guerreiro provocava. Sebastian Selat, o Draghard, já não mais comandado por Guardyhan, e com memórias parciais conseguiu devolver a sanidade ao companheiro, colocando um fim na sua revolução, conduzindo ambos para seu lar por fim.

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Ao mesmo tempo esse mesmo grupo partiu junto de Alayhin em uma investigação em torno de Imortus, pelos outros nove reinos. Isso faz três anos, desde então nossa comunicação com eles foi nula. Hoje é o dia de investigar eu mesma.

Diário de Hadyle Selat

533 (20 anos depois), Ocultgard, localização desconhecida

Os caminhantes estavam reunidos numa base, em um amplo salão quase vazio, se não fosse pelo arco de pedra branca no centro, com estranhas inscrições nele, o portal com os nove pilares em seu entorno.

— Está realmente certa disso? — indagou Kay agora um homem quase na casa dos quarenta, a sua ainda jovial companheira.

— Faz mais ou menos três anos que Alayhin foi com aquele grupo. — devolveu ela. — Precisamos de respostas… precisamos ir além do que conhecemos.

— Eu sei, mas você não sabe o que vai encontrar do outro lado, pode nunca voltar.

— Sou uma Valkgard lembra? — questionou Hadyle piscando. — Como meu predecessor, tenho a determinação para realizar o impossível, se existe alguém que pode sobreviver, sou eu.

— Mas e se você não voltar? — questionou Kay temeroso.

— Fechem o portal após três anos. — Ela falou solene — Não podemos permitir que eles saibam do nosso mundo, pelo bem de todos.

— Também imagino que queira vê-lo. — sorriu Kay sussurrando, ela devolveu no mesmo:

— Não o reconheci da última vez que nos vimos, ele… perdeu a essência de quem era, é só um amontoado de memórias, amargurado e traumatizado por todos esses anos. Com toda essa crise, não pude conversar com ele.

— Mas e se ele tiver perdido toda a humanidade? E se ele se recusar a te ajudar?

— Nesse caso, eu — Ela fitou a adaga embainhada em seu coldre — Farei o que for melhor para todos.

Em seguida caminhou para o portal vagarosamente. Talvez eu nunca volte talvez nunca mais veja nenhuma dessas pessoas… ou veja meus filhos. Observou o portal agora bruxuleante a sua frente, seus passos iam ficando mais decididos a medida que caminhava. Por outro lado é a minha chance de aprender mais sobre medicina, trazer parte desse conhecimento para cá. Um curto sorriso se fez em seu rosto enquanto atravessava a distorção. Tales vou te trazer de volta.

Midgard, localização desconhecida

Um velho por volta dos sessenta anos passeava por sua mansão, vestido de terno suas passadas eram vagarosas, admirando sua vasta coleção de quadros, estátuas e entre outras coisas de vários séculos e lugares, seja a armadura medieval posta perto da porta, um retrato de Mao Tsé-tung, seu outrora caríssimo companheiro, até um lobo guará imenso, sobre as duas patas traseiras e empalhado na sala, um Naurú.

Nem de longe seu item mais valioso da coleção, e sim a estátua acinzentada em um quarto somente, junto de outras duas. A primeira era de um jovem com o manto dos guardiões, a segunda era de Anazak e a terceira era de Bravell.

Ele se voltou para a primeira e exclamou sorrindo:

— Tenho um trabalho glorioso para você, Alveus. — caminhou até ficar frente a frente com seu sobrinho — E com seu pai morto, o que vai te impedir de matar seu “irmão” para mim?

*****

Tales caminhava letárgico pelas gélidas ruas paulistas, ao menos tentava já que mancava da perna direita, vestia uma capa esburacada de chuva e tentava esconder o olho direito com a mão. Nunca voltou para casa desde seu retorno a terra, ao contrário de seu amigo, procurou tempo e espaço para conciliar seus pensamentos e desejos.

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Mas em vez de voltar definitivamente, foi envolvido por outros problemas, cego por vingança foi se afundando mais e mais, contudo isso não o impediu de criar laços com outras pessoas, outros como ele e até concordou em retornar para casa, mas as situações não lhe foram favoráveis.

Laços se perderam ou foram abalados, e num infeliz acidente ele próprio tinha perdido quase três anos de sua vida. Todos seguiram a vida sem ele, o mundo já não era mais o mesmo. Ele por sua vez cansado de lutar se recostou em uma parede procurando por estrelas no céu, então encontrando uma:

— No fim… uma luz ainda sorri para mim, e é só disso que preciso.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.