Beat Again - Quando chama o coração
Capitulo Vinte e Um
— Aqui está. Edward disse entregando uma passagem para Ricardo.
— Que emocionante. Me comprou uma passagem na primeira classe. Ricardo brincou.
— Aproveite. Edward disse em forma de agradecimento.
— Isso é loucura. Acho que ainda não consigo acreditar que não vai voltar comigo para os Estados Unidos. Porque mudou de ideia? Ele perguntou.
Edward colocou a passagem na mesa entre eles.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Não quero acordar no futuro arrependido por não ter tentado. Realmente quero descobrir onde isso vai me levar. Tenho uma nova oportunidade e quero fazer diferente desta vez. Quero fazer tudo certo.
Ricardo sorriu aprovando.
— Agora que estão do mesmo lado, pode aproveitar a chance com Isabella. Edward suspirou e constando a cabeça no sofá.
— Não tenho tempo nem para o trabalho, como vou ter para namorar? Perguntou ciente da luta que travaria em seguida.
— Sempre da para arranjar um tempo. A vida não é só trabalho. Aproveite a oportunidade, viva o que nunca viveu. Aconselhou o amigo. Edward o olhou pensativo. _ Mas se você vai estão tão ocupado assim por que eu estou voltando?
— As coisas vão ficar bem difíceis por aqui. Estabilidade é a última coisa que vamos ter por um tempo.
— Pois é. Você vai ter que enfrentar a Gold Partners agora que está assumindo a dívida da Hermia. Vai ter que enfrentar a diretoria da Hermia para provar que pode reerguer a Empresa e dado os últimos acontecimentos vai levar um tempo até que os trabalhadores da Fábrica confiem que você está realmente do lado deles. Edward o encarou chocado.
— Está querendo me desanimar?
— Não. Apenas citando os fatos. Agora por que mesmo que eu vou voltar aos Estados Unidos? Ricardo perguntou encarando o amigo com um pequeno sorriso. Edward ergueu as mãos pegando a passagem e picando em pedaços.
— Ei. Por que você rasgou? Eu poderia conseguir reembolso dela.
— Você vai dar um jeito. Disse sorrindo de volta. _ Obrigado. Agradeceu aliviado. Não iria pedir para o amigo entrar nesta batalha com ele por que sabia o quão difíceis as coisas poderiam ficar, mas uma parte do peso saiu de seus ombros quando ele decidiu isso. Ricardo era alguém em que poderia confiar plenamente.
— Não por isso. Já estou me acostumando a viver aqui mesmo. Ele sorriu cúmplice para o amigo.
— Flores? Ricardo perguntou surpreso quando viu o buque sobre o sofá.
— É o último dia de folga dela. Quero ver se ela está bem. Respondeu simplesmente. Edward sentia-se animado e com saudade.
Ricardo sorriu sendo interrompido pelo toque do seu celular.
— Alô. Atendeu sorrindo enquanto via Edward entrar no carro com o buquê. Realmente seu amigo estava apaixonado. O sorriso morreu quando ele ouviu o homem do outro lado. _Você tem certeza disso? Perguntou surpreso e ouviu mais uma vez. _Certo. Me mande as informações.
Ricardo desligou correndo para para-lo.
— Edward espera.
— O que foi? Estou saindo Ricardo. Sentia pressa em vê-la.
— Eu encontrei. Revelou.
— Encontrou o que? Perguntou confuso sem fazer ideia do que ele estava falando.
— A família do seu doador. Edward sentiu o coração vacilar.
— Como?
— O nome dele é Edgar Moura. O coração do filho dele foi transplantado em você. Edward piscou processando as informações. Ricardo olhou o celular mais uma vez. _ Acabei de receber o endereço dele.
— Mande para mim. Preciso saber que são. Ricardo acenou já enviando.
— Eu vou com você. Edward acenou concordando. Estava aéreo demais para dirigir.
Eles fizeram o caminho em silêncio e Edward desceu observando a casa assim que o carro estacionou.
— Tem certeza que é aqui? Perguntou ganhando tempo.
— Sim. Edward precisou de alguém segundos para conseguir tocar a campainha.
— Edward. Uma voz o parou. _ O que está fazendo aqui? Ele virou-se percebendo Isabella parada ali a olha-lo. Aproveitando a folga e totalmente recuperada Isabella havia decidido visita-lo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Por que você está aqui? Ele perguntou ignorando sua pergunta. O Sr. Moura o olhou intrigado.
— O que faz em minha casa?
— Sua casa?
— Sim. Minha casa. Por quê?
— O Senhor é Edgar Moura?
— Sim.
— Eu não sabia. Disse simplesmente.
— Boa tarde. Ricardo disse surgindo na conversa.
— Ricardo . Também está aqui.
— Sim. Estava estacionando. Indicou o carro com a mão.
Percebendo a confusão no rosto de Edward tomou a frente da situação.
— Nós viemos resolver uma situação por aqui. Disse tentando dar tempo para Edward reagir. _ Posso pedir um copo de água? Senão for incomodar é claro.
— Não. Vamos entrando. O Sr. Moura disse ao reparar na forma que Isabela olhava para Edward.
Na sala ele serviu um suco enquanto Edward olhava ao redor.
— Onde está sua esposa? Perguntou sem rodeios.
— Ela morreu quando ainda era jovem. O Sr. Mora respondeu com um sorriso triste. Isabella o olhou sabendo que este assunto ainda o entristecia.
— Entendi. Então o Sr. Mora sozinho? Ricardo pigarreou. _ Desculpe. Edward disse em seguida. _ Estou sendo um pouco intrometido. Soube disso por outras pessoas.
— Não tem problema. Todos sabem mesmo. Ele suspirou e Isabella baixou o olhar. _ Eu perdi meu filho em um acidente.
— Acidente? Edward perguntou subitamente interessado.
— Sim. Confirmou.
— Se isto não tivesse acontecido Isabella seria da minha família de verdade.
— De verdade? Edward perguntou olhando para ela que parecia estar envergonhada por ter se tornado o assunto da conversa.
— Você não sabia? Isabella era noiva do meu filho. Edward perdeu uma batida com esta informação.
— Noiva? Ela acenou concordando. _ Seu noivo era aquele... Não terminou.
— Sim. Aquele que discutiu com você na Fábrica e vocês dois acabaram indo parar na delegacia. O Sr. Moura completou o raciocínio de Edward.
— Eu não sabia.
— Ele tinha pavio curto, mas era um homem sem igual. O Sr. Moura murmurou num misto de orgulho e saudade. Os olhos de Edward caíram em uma fotografia onde pai e filho estavam sorrindo. _ É engraçado. Mas você parece muito com o meu filho.
— Eu? Perguntou surpreso.
— Sim. Edward sentiu seu coração acelerar como um louco com aquela revelação. _ Você está bem? O Sr. Moura perguntou e todos os olhares foram para ele.
— Estou bem. Tentou tranquiliza-los, mesmo sentindo seu coração apertar. _ Precisamos ir. Obrigado por nos receber.
— Não foi nada. O Sr. Moura falou ainda preocupado. _ Tem certeza que está bem?
— Sim. Só preciso descansar.
— Já que estão aqui, Isabella pode ir com vocês? O Sr. Moura pediu. _ Está escurecendo e não é bom uma moça andar sozinha por aí.
— Sr. Moura. Isabela pediu envergonhada.
— Ele está certo. Vamos. Te deixamos em casa. Eles se despediram e entraram no carro.
— Não é melhor ir ver o medico?
— Estou bem... Murmurou.
— Posso ligar para ele. Ricardo insistiu.
— Ricardo. Ele foi firme no tom fazendo Isabella olha-lo e Ricardo soltar a respiração. _ Estou mesmo bem. Não se preocupe. Ricardo acenou se concentrando na estrada. Isabella baixou o olhar sem saber o que dizer e percebeu ali um lindo buque de flores.
— O que é isso? Um presente? Usou aquilo para quebrar a tensão que se instalaram no carro.
— Na verdade.... Ricardo começou.
— Não é nada. Edward interrompeu a explicação dele. Ricardo o olhou de relance.
Edward encostou a cabeça no encosto do banco e puxou o ar com força. Com os olhos fechados, recordou-se da sensação de quando avistou a casa e decidiu compra-la. Da surpresa de Isabella ao vê-lo ali para só então descobrir que aquela casa era especial para ela. Da forma como se sentiu ao ver o Sr. Moura naquela reunião.
— Isso está me deixando louco. Edward murmurou. Eles haviam deixado Isabella em casa e agora só restavam os dois no carro.
— O que?
— Isso tudo é tão absurdo. Como este coração foi chegar a mim? Perguntou em confusão. Ricardo também estava surpreso com esta ligação.
— Eu não sei. É muita coincidência. Edward esbravejou. _ Eu disse para você não procurar os dados do doador.
— Preciso pensar Ricardo. A Isabella , ela...
— O que tem ela?
— Não tenho certeza se está emoções me pertencem. Será que a amo mesmo? Perguntou angustiado. Pensei que meus gostos tivessem mudado com o tempo mais este coração... eu não sei.
— O que vai fazer? Ricardo perguntou novamente.
— Eu preciso manter uma relação profissional entre nós dois. Só assim vou poder analisar as coisas racionalmente e descobri se gosto dela por mim mesmo ou se é só este coração batendo por ela.
— Não está exagerando? Ricardo perguntou.
— Não se lembra sobre o que o medico disse? Preciso fazer isso Ricardo. Tenho que descobrir a origem dos meus sentimentos.
Ricardo acenou em silencio. Não sabia o que pensar ou falar a respeito.
Edward chegou cedo na Empresa no dia seguinte.
— Inacreditável. O que pretende Edward? Ficou tocado quando percebeu que o negócio da família ia por água abaixo? Provocou.
— O que você quer aqui? Ele perguntou direto. Ele mal havia colocado os pés na Empresa e ela já estava ali.
— O Presidente não está nada feliz. Você o fez perder um bom dinheiro quando desistiu de fechar a Hermia.
— Diga a ele que pode gastar. Afinal já ganhei muito dinheiro para ele.
— Sabe o que está enfrentando agora? Simplesmente a maior empresa financeira do país. E sozinho. Com a Gold Partners contra você, está Empresa afundado em dívidas, realmente acredita que pode reerguê-la? Não pensei que fosse tão ingênuo assim.
— Vamos descobrir Irina. Até vencer os títulos, a Gold Partners não pode tomar a Hérmia. Vamos conversar se este momento chegar.
— Quando... Você quer dizer.
— Como eu disse vamos descobrir. Agora se me da licença, eu tenho muito trabalho me esperando, como você sabe. E saiu deixando-a indignada no corredor.
Com um sorriso no rosto Isabella organizava a sala da Presidência. Estava tudo pronto para Edward assumir a Presidência oficialmente.
Pequenas mudanças foram feitas na sala de modo a extinguir lembranças indesejadas. E havia ficado muito bom. Isabella avaliou. Por fim, ela colocou a placa que dizia. Edward Cullen- Presidente.
— Ele está chegando. Rosalie avisou animada.
— Vamos. Disse dando uma última olhada para se certificar de que tudo estava no lugar.
Alice já estava lá e elas se posicionaram para recepciona-lo com boas vindas. Edward sorriu ao perceber a recepção.
— Bom dia.
— Bom dia Sr. Cullen. Cumprimentam.
— Sua sala já está pronta. Rosalie se adiantou.
— Obrigado Rosalie. Espero poder contar com o apoio e a lealdade de todas vocês. Elas acenaram concordando e Isabella sorriu prendendo a atenção de Edward.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Precisa de alguma coisa? Ela perguntou constrangida com a atenção.
Ricardo discretamente tocou em seu ombro.
— Sim. Murmurou voltando a se concentrar. _ Preciso que entrem em contato com os possíveis clientes da Hermia. Agende as reuniões que puderem e me avisem do progresso. Eu vou revisar o projeto que você me entregou. Preciso de uma reunião com os diretores para amanhã. Precisamos alinhar nossa ações daqui para a frente. Marque também uma reunião para a semana que vem com os gerentes da Fábrica Central. Eu quero me aproximar deles e saber a real condição da Fabrica. E peça uma pesquisa na área de qualidade. Precisamos saber como está a aceitação dos nossos produtos.
— Está bem. Isabella assentiu anotando tudo em sua agenda.
— Mais alguma coisa? Ela perguntou feliz por perceber que Edward estava realmente sem dedicando a reerguer a Empresa. Edward sentiu o coração disparar percebendo o quão linda ela era.
— Um chá talvez, se não for incomodar.
— Não. Já vou providenciar. Ela disse ainda sorrindo e Edward não pode evitar de sorrir também.
— Qual é o problema? Não disse que ia se manter distante para avaliar seus sentimentos por ela? Ricardo perguntou quando estavam dentro da nova sala de Edward.
— Eu sei o que disse. Mas ela agora sorri para mim. Constatou como se aquilo explicasse tudo.
— Você está encrencado meu amigo. Ricardo sorriu indo para sua própria sala.
Isabella, Alice e Rosalie recolhiam as pastas na sala de reuniões conversando animadamente quando a porta foi aberta bruscamente e Jacob passou por ela.
— Me deem licença. Mandou.
— O que? Rosalie perguntou quando o silêncio reinou.
— Preciso falar com a Isabella. A sós. Saiam.
— Por que está fazendo isso?
— Os outros não me importam. Só você. Ele murmurou baixo.
— O que você quer?
— Conversar. Tenho uma reserva hoje no restaurante aqui perto. Me ceda uma hora de seu tempo hoje e eu te deixo em paz. Isabella bufou pronta para negar. _ Nós dois sabemos muito bem que se eu quiser posso solicitar uma hora com você. Mas não queremos isso não é? Ele disse deixando claro quem mandava mais ali dentro.
— Está bem. Vamos. Concordou a contra gosto.
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