Nem tudo é um conto de Fadas
Irmãos
Sai do salão principal e fui atrás do Hugo. Encontrei ele na escadaria indo em direção ao salão comunal da Grifinoria junto com os outros.
— Hugo.
Ele parou e se virou pra mim então subi até onde ele estava.
— Podemos conversar?
— Nós todos? – Rox perguntou.
— No momento eu precisava ter uma conversa entre irmãos com o Hugo. Mas depois conversaremos. Juntos com o Al e a Lilyan.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eles assentiram e saíram.
— Quer conversar aqui mesmo? – Hugo perguntou.
— Vamos para a torre de Astronomia.
Ele assentiu e fomos até lá sem falar nada. Quando chegamos ele se sentou encostado em uma parede e ficou me observando.
— Desde quando você sabe?
— Que você está com o Malfoy? – eu assenti e ele continuou – desde o dia do jogo em que você tentou bater no Scamander e ele interferiu. Ali eu soube que vocês estavam juntos.
— Não estávamos juntos ali.
— Não?
— Não. Eu tinha rompido com ele um pouco antes.
— Por que?
Eu não sabia o que responder simplesmente não sabia.
— Rose você pode confiar em mim. Pode me contar o que quiser.
— Eu estava com medo Hugo.
— Medo do que?
— Das consequências desse relacionamento.
— Como assim.
— Medo do nosso pai, Hugo. Do que ele vai dizer e fazer quando descobrir que eu estou com um Malfoy. Medo de todo mundo virar as costas pra mim.
— Eu jamais faria isso Rose.
Me sentei ao seu lado e fiquei fitando as mãos.
— Eu achei que todo mundo julgaria ele por ser filho do senhor Malfoy.
— Rose pouco me importa de quem ele e filho e o que o pai dele fez no passado. O que me importa e se minha irmã está ou não feliz com ele. Se vocês estiverem felizes eu estarei do lado de vocês.
— Mesmo quando nosso pai me expulsar de casa?
— Ele não fará isso Rose.
— Não tenho tanta certeza assim Hugo. Até hoje ele não aceita direito minha amizade com a Lyra. Como será quando ele souber que eu estou namorando com o irmão dela?
— Nosso pai e cabeça dura Rose. Mas isso não quer dizer que você deve deixar de ficar com quem você gosta só porque ele será contra.
— Ele vai me deserdar Hugo.
— Ele pode até tentar. Mas nossa mãe jamais permitirá.
— E se ela não aceitar também.
— Eu duvido que nossa mãe não te apoie. Ela te ama e sempre te apoiou a respeito da amizade com a Lyra. Ela jamais seria contra o relacionamento de vocês.
— Eu tenho medo Hugo.
Ele riu.
— Essa e a primeira vez na vida que vejo Rose Granger Weasley assumir que tem medo.
— E se você contar pra alguém eu nego.
Nos rimos e ele me abraçou de lado.
— Eu estarei do seu lado. E te apoiarei seja qual for sua decisão.
— Obrigada Hugo.
— Agora me explica uma coisa. Você disse que o dia do jogo vocês não estavam mais juntos. Foi por isso que me pediu a bebida e depois desapareceu.
— Foi. Eu precisava pensar no que fazer.
— E aí decidiu dar uma chance para seu coração.
Eu assenti.
— Fico feliz que você tenha resolvido lutar por sua felicidade.
— Mesmo assim não consigo deixar de pensar no que nosso pai dirá quando descobrir. Tenho certeza que ele me expulsará de casa.
— Sempre tem a casa da vovó. E tenho certeza que ela te receberia de braços abertos e muitas comidas.
Nós rimos.
— Agora vamos – ele se levantou – sei que você não jantou e já começo a sentir seu mau humor. – ele riu.
— Vamos.
Fomos caminhando em direção ao salão principal.
— Em relação aos outros – eu perguntei depois de um tempo.
— Eles também apoiam você.
Eu ri.
— Na verdade minha pergunta era em relação ao Al e a Lyra e Lilyan e o Anthony.
Ele riu.
— Não temos nada contra a eles também. Só ficamos chateados por vocês acharem que devem nos esconder as coisas.
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— Espero mesmo.
Chegamos ao salão principal e os outros ainda estavam lá. O Al continuava comendo enquanto os outros conversavam.
— Tudo certo? – Scorp perguntou quando me sentei.
— Tudo certo cunhado – Hugo riu.
— Fico feliz cunhado.
— Se eles sabem – Anthony falou olhando a Lilyan – não tem mais porque namorarmos escondidos.
— Claro que tem Anthony.
— Uê por que?
— Alguém pode contar ao meu pai.
— Quem contaria Lilyan?
— Não sei, mas pode chegar aos ouvidos dele. E aí estamos ferrados.
— Se chegar – Hugo se meteu – nós falamos que é mentira. Em quem o tio Harry vai acreditar em um fofoqueiro ou nos filhos e sobrinhos.
— Vocês mentiriam por nós? – Anthony perguntou surpreso.
— Sim. Até porque mais cedo ou mais tarde precisaremos de uma ajuda de vocês para uma batalha nossa.
— Tenho certeza que a de vocês será bem mais fácil que a nossa – Scorpius respondeu.
— Sempre soube que era observador Malfoy. Só não imaginava que era tanto assim – ele riu – mas pode ter certeza não será tão fácil assim nossos pais aceitarem.
— Do que vocês estão falando? – eu perguntei confusa.
— Você é gay? – Al perguntou.
— Não Al. Não sou gay.
—Então que batalha é essa? – Lyra perguntou curiosa.
— Sério vocês são muito desligados por não ter percebido ainda – Scorp revirou o olho – o Hugo está com a Roxanne.
— Como assim está com a Roxanne? – Al perguntou surpreso.
— Você e a Rox estão namorando? – eu perguntei surpreso.
Ele confirmou.
— Por que não me contou.
— Bom você não me contou dele. Então achei melhor não contar sobre ela.
— Mas eu te contei agora.
— É, mas agora estávamos falando de você e não de mim. Então achei melhor não falar agora.
— Tem mais alguma coisa que precisamos saber? – eu perguntei o encarando.
— Bom o Fred e a Dom estão meio enrolados também.
— Sério ninguém nessa família se envolve com alguém que não de tanto problema? – Al perguntou rindo.
— Acho que é mal de família mesmo. – eu ri.
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