Uma canção de Josep Puigdemont
A armadilha
XII
Dentro da biblioteca, Josep virou a cabeça e viu os passos de Carles se aproximando dele.
– Espera, cara!
Josep apertou o passo e agarrou o livro com a chave em forma de cabeça de pássaro.
– Então esse é o livro das cartas… Foi fácil demais…
Foi nessa hora que o braço direito de Josep, o braço com que agarrava o livro das cartas, o braço desproporcional de onde vinha seu sustento, foi arrancado bruscamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Sangue espirrou por toda parte.
Josep agarrou o toco do braço que estava sangrando com as mãos.
Uma luz branca saiu de sua mão.
Estava tentando usar magia de gravidade pra estancar o sangramento e reverter o fluxo de sangue antes que desmaiasse pela perda de sangue, revertendo o fluxo de sangue.
– Mas…
Josep virou a cabeça e olhou o que havia arrancado seu braço.
Um leão enorme estava diante dele.
Já tinha ouvido falar da existência de muitos animais fantásticos com a forma de leão, como grifos, esfinges e quimeras, mas nada como aquele.
Era um leão de pelos dourados, armadura de jade, asas de penas igualmente douradas e um orbe rubi na testa e no peito. O leão devorava o braço de Josep com voracidade até engolir tudo.
– Mas, hein?
Assim que Carles perguntou, uma flecha de prata perfurou o seu ombro, saindo no peito.
– Droga! Tá formigando, tá ardendo! – Gritou.
Carles tentou tirar a flecha, mas quanto mais tirava, mais sangue saía da ferida e mais a dor que a flecha causava aumentava.
Um anjo apareceu, descendo suavemente do teto na frente de Carles. Seus olhos eram violetas, a mesma cor da orbe no seu peito, seu cabelo era prateado e suas vestes eram brancas e chinesas. Havia um arco sem flechas nas mãos. Nem mesmo aljava, aquele estojo para guardar flechas, tinha nas costas.
– Pensaram que ia ser fácil, é? Roubar as cartas da gente assim…
Josep sorria:
– Eu nunca pensei, nem mesmo imaginei que pudesse ser tão fácil, mas vocês dois parecem que não conhece nada da gente…
Carles olhou para o teto.
As duas criaturas mágicas ficaram confusas.
Do teto da biblioteca, havia uma janela por onde saia uma fraca luz lunar. A luz que saía de lá iluminava o pedestal onde estavam as cartas.
Carles sorriu e a janela quebrou-se.
Os pássaros de ar que Carles havia criado antes quando enfrentou os soldados ingleses, quebraram o vidro e saíram voando pela biblioteca, derrubando livros, atacando os gurdiões, fazendo um alvoroço todo.
Depois que os pássaros entraram, as estantes de livros tombaram uma a uma no chão como peças de dominó.
Era como se alguma força estranha estivesse puxando tudo para baixo.
Muitos livros rasgaram com a queda.
– Josep…
– Diga lá, Carles…
– Foi você, né? Essa ideia de derrubar os livros foi de puta merda!
– Eu sei, mas gente ainda tem que escapar…
Então, Josep e Carles esfregaram as mãos e círculos mágicos apareceram embaixo de seus pés.
Josep, como tinha poder de gravidade, de aumentar e diminuir a densidade dos corpos, fez com que seu peso, o peso do livro das cartas e o de Carles diminuísse até ficarem tão leves quanto uma pena.
Carles, aproveitando o gancho, criou uma espécie de redemoinho debaixo dos seus pés e dos pés de Josep.
Os dois e o livro das cartas subiram até a janela quebrada do teto e escaparam.
O leão dourado e o anjo prateado não puderam fazer nada. Confusos por causa dos pássaros invisíveis e da queda das estantes, tentaram atacar as ameaças, mas sem sucesso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Restou aos dois ver os dois ladrões escaparem.
– Droga, Yue, você não acerta uma! – Disse o leão dourado.
– E tá adiantando muito cuspir fogo nessas coisas, né, Kero? – Respondeu o anjo prateado.
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