"Sempre há monstros", o velho respondeu. "Assim como sempre há homens que se juntarão a eles e homens que os combaterão."

— Nora Roberts — a Cruz de Morrigan

Eu cresci no meio do sobrenatural, cresci cercada de fantasmas e morte. Cresci tendo que lidar e mentir para as pessoas. Fui ridicularizada por muitas quando me pegavam falando — aparentemente — sozinha. Como poderia explicar a eles que eu na verdade estava conversando com fantasmas? Quem acreditaria? Com o tempo aprendi que não deveria me importar com essas pessoas, porque de um jeito ou de outro, eu acabaria sendo taxada como louca.

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Por isso, não estou surpresa na situação onde me encontro. O sobrenatural não era novidade para mim. Sendo assim, o que Edward era não tinha a menor importância. Ele nunca me machucaria, porque o amor que havia entre nós era algo extremante forte, único, inquebrável e até mesmo atemporal.

Como o amor dos meus pais.

E sabia o que o amor era capaz de fazer. Eu sou fruto de um amor impossível. Deus do céu, minha mãe era uma mediadora e meu pai era um fantasma quando eles se conheceram e graças ao amor que eles sentiam um pelo outro, meu pai voltou — literalmente — a viver.

Então, eu acreditava fielmente que meu futuro com Edward não precisava ser a morte. Pelo menos, não uma morte que Alice previra. Precisava que tudo acabasse bem. Por mim, por Edward e pelas nossas famílias.