Esme's sister

Capítulo 9


Capítulo 9

Outubro de 1921

PDV da autora

Mais três meses se passam e um dia enquanto Esme estava explicando a lição para os alunos diante da lousa sente uma contração inesperada:

— Aiiiiiiiiiiii! – ela arqueia para frente.

O menino – está confirmado que será ele – já começou a ‘chutar’, mas nunca Collin tinha feito um movimento tão repentino e brusco.

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As crianças ficam assustadas ao ver a professora cair no chão. Todos os alunos ficam paralisados e com os olhos arregalados exceto Carolina que corre para o lado da professora:

— Carol, chame a diretora – Esme pede enquanto ainda se recupera do ocorrido e respira lentamente soltando o ar pela boca.

— Não fiquem apavorados queridos – Esme diz para os estudantes atônitos. – Eu vou ficar bem.

As meninas ficam ainda mais amedrontadas porque pode acontecer o mesmo com elas no futuro. Se ter um bebê é assim, não querem.

Carolina sai da sala e logo bate na porta da sala ao lado onde Mary trabalha. ‘toc toc toc’ ‘toc toc toc’ mais batidas antes que a professora venha atender:

— Já estou indo, que pressa!

Quando abre, Mary percebe sua ex-aluna ali com uma expressão no rosto apavorada.

— Carolina, o que foi?

— Tia... tia Anne não está bem.

—Fiquem aqui – a mulher diz para a turma por sobre o ombro – Eu já volto.

— Vamos – pega a mão da menina e vai até a sala ao lado.

Esme conseguiu se levantar e sentar na cadeira. As crianças choram ao ver a professora sentir dor.

— O que está havendo Anne?

— Eu não sei. Preciso ir para o hospital, acho que meu filho não está bem.

— Oh! Por favor, acalmem-se – diz Mary para os alunos.

— Já estava na hora, você deveria ter ficado em casa como eu sugeri – por um momento Esme lembra de seus pais a repreendendo por não ter feito o que eles disseram. E também de seu ex-marido:

Flashback

Esme tem um flash de um momento em que Charles lhe falou que ela não servia nem para ter um filho:

— Você é tão estúpida Esme, não foi capaz de me dar um filho ainda.

— Não é culpa minha, você provavelmente matou alguns antes que eu pudesse saber. Assim como matou um ano passado quando me jogou da escada.

— A culpa é sua, você foi me acordar e não devia. Sabe que eu não gosto que me acorde. Mas agora você vai ver, vamos ter um filho.

Ali mesmo no chão da sala/cozinha ele a violentou. Possivelmente foi nesse dia que ela engravidou. Não quando ela pensava na noite dias mais tarde quando seu ex-marido voltou para casa bêbado mais uma vez e a forçou.

Só por Deus que ela não ficou grávida antes.

Fim do flashback

— Mary, não estava na hora ainda. Pela minha conta ainda falta alguns dias. Não brigue comigo, por favor! – Esme roga.

— Você deve ter contado errado ou a gravidez já estava mais avançada quando você percebeu. Não estou irritada com você minha amiga, vamos fazer o que tem que ser feito agora.

— Obrigada – Esme agradece.

— Ela vai ficar bem, não vai? – pergunta Carolina, ao lado de Esme.

— Fiquem calmos! - a diretora tenta tranquilizar os alunos. – Vai ficar tudo bem.

A última coisa que precisam agora é um tumulto.

— O bebê está nascendo? – questiona Carolina.

— Provavelmente – diz Mary. – Fique aqui enquanto eu vou chamar a zeladora para cuidar dos alunos enquanto estivermos no hospital.

Depois que a diretora sai Carolina se aproxima ainda mais de Esme:

— Mamãe! – a relação delas ficou tão próxima. Carol segura numa das mãos de Esme. – Por favor, não morra, mãe!

A menina não sabe que ninguém pode evitar a morte. Esme sabe que não pode deixar Carolina, ela precisa dela.

Uma lágrima escorre pelo rosto da garotinha e Esme a recolhe.

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— Não chore meu amor, eu vou ficar bem. É apenas seu irmão que está chegando.

Esme tem um lampejo que essas talvez foram as mesmas palavras da mãe de Carolina antes de morrer e deve parecer um déjà vu para a pequena.

Alguns minutos se passam e a diretora volta:

— Posso ir junto tia? - pergunta Carolina para Mary.

— Pode, não vejo nenhum problema. – olha para a amiga. - Consegue andar Anne?

— Sim, consigo – Esme levanta agarrando na cadeira.

— Apoie-se em mim – diz Mary.

Esme abraça a colega colocando um braço em torno de seus ombros e segura a barriga com a outra mão. Mary pega com a outra mão a pequena Carolina.

A menina olha para o rosto de Esme e percebe que a ‘mãe’ está feliz mesmo sofrendo e tenta também ficar alegre quando seus olhares se emcomtram. Carolina coloca a mão sobre o ventre da 'mãe'.

— Vai dar tudo certo, meu amor – Esme sorri para a ‘filha’.

...XXX...

Carine PDV

Milwaukee, Wisconsin

Espero que minha prima esteja bem. Já deve estar próximo o momento do nascimento de meu afilhado/a. Eu pedi e sei que Esme só vai escrever depois que a criança nascer. Nada de mal pode acontecer por um descuido, pois nós fizemos tanto por esse bebê. Queremos que venha ao mundo muito saudável e que tudo corra bem.

Acredito que ela deve ter sido muito bem recebida para aonde foi. Acho que minha prima está no Oeste, pois ser professora era seu sonho desde que era jovem.

…XXX…