Evidências

Capítulo 8


"Nós poderíamos estar todos explodidos em pedaços

Porque o tempo é uma bomba-relógio

Nós podemos estar mortos amanhã

Mas o nosso amor vai continuar

Quando os seus dias estão contados

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E você está olhando nos meus olhos

Não é o fim, pois a energia nunca morre"

The Script - The Energy Never Dies

Pov Sakura...

Descobri bem depressa que, como eu, Sasuke é um amante do terror. Porque, convenhamos, qualquer um que tenha assistido Nosferatu, pra mim, é muito foda.

Mesmo sabendo que era contra as regras ficar no prédio masculino depois das nove da noite, eu simplesmente não conseguia me forçar a ir embora. E também eu nunca fui de seguir regras, pra falar a verdade. Por isso já era mais de meia-noite e eu ainda estava lá.

A conversa com Sasuke fluía como água, entre filmes, séries e games. Tínhamos muito em comum, e não era forçado. Às vezes até completávamos a frase um do outro, e acabamos rindo por isso. Entre uma ou outra risada, eu reparei que ambos nós dois passávamos bem longe do tema: família. E eu agradecia internamente por isso.

Era tão doloroso, que provavelmente eu fugiria do assunto, e sairia correndo dali.

— Sabe uma coisa engraçada? — Sasuke comentou, enquanto colocava nosso terceiro filme de terror (Sexta-feira 13), o qual eu duvidava que fôssemos realmente assistir, já que conversamos durante os outros dois.

— O que? — cruzei as pernas sobre a cama dele (já que estávamos assistindo pelo notebook do Uchiha).

— Eu terminei com minha última namorada por causa de um filme — ele disse.

— Tá zoando — eu ri, o fazendo rir também.

— É sério - o moreno tirou o cabelo do rosto. — Ela era muito chata — confessou —, e eu estava com os ingressos da pré-estreia do Guerra Civil (Cap. América; Marvel), então ela disse: Ou você sai comigo, ou pode esquecer que tem namorada — ele me olhou.

— E o que você disse? — perguntei.

— Eu disse: Que namorada? — nós dois começamos a rir. — Sério mesmo, ela queria sempre tentar mandar em mim. Achava que era minha dona, vê se pode, só porque o pai dela é sócio do meu e ambos faziam muito gosto do nosso namoro.

— Então você não gostava dela? — mordi o lábio inferior.

— Gostei nos primeiros dois meses — Sasuke olhou pro nada. — Mas depois começou a ficar cansativo. Eu tava tentando agradar o meu pai, mas sentia que ia explodir a qualquer momento.

— Nossa, que barra — tirei a franja do rosto.

— Mas e você, Sakura — ele voltou a me olhar. - Tem namorado?

— Não — eu ri. — Fiquei com um cara de outra cidade, no campeonato do ano passado. Mas namorar mesmo, eu nunca namorei. Acho que não tenho estrutura pra isso, no momento — dei de ombros. — Ou talvez, como diz a Ino, eu ainda não tenha encontrado minha tampa da panela.

Nós rimos mais com isso.

— Tampa da panela? — Sasuke segurava a barriga. — Nossa, como isso é brega.

— Né — deitei minha cabeça no colchão, olhando pro teto. — Eu queria poder gostar de alguém, assim como o Naruto-kun e a Hina-chan.

— E o que te impede? — Ele se deitou ao meu lado, me olhando.

— Não sei — dei de ombros. — Talvez seja o negócio da tampa da panela mesmo — soltei uma risada nasal, e Sasuke negou com a cabeça.

[...]

Eram quase uma e meia da manhã, quando finalmente me esgueirei de volta pro meu dormitório. E também não seria estranho eu dizer que Sasuke praticamente me obrigou a vestir o seu casaco pra não sentir frio.

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Ao entrar, vi que Ino dormia tranquilamente e Tenten ainda não tinha voltado. Não deu tempo de pensar em nada quando me deitei na minha cama, e logo estava dormindo, sentindo o cheiro amadeirado que emanava do casaco do Uchiha.