Capítulo VI - Arrume um Gato

Ela respirou fundo e tentou ter paciência consigo mesma afinal, ela sabia que pensar como um demônio não seria fácil. Passou a ignorar os pensamentos sobre todas as almas que se cansariam de implorar nos portões do céu e passariam a assombrar os mais diversos lugares e colocou sua cabeça no lugar, o que deveriam fazer pelos "estagiários" que ficaram naquela maldita sala de espera?

Eles não tinham punição ou perdão, então, o inferno podia dar para eles uma função.

"Faça-os trabalhar. Não é trabalho forçado se eles fazerem por vontade própria após ouvirem do Diabo que, um dia talvez, possam receber um belo salário apelidado de 'anistia'... Não seria a primeira mentira de Lúcifer e alguém tem que trazer o café."

O Diabo sorriu satisfeito enquanto Eva olhava os arredores por cima dos ombros do mesmo.

"E, sei lá, arrume um gato. Eles precisam de uma distração urgentemente."